500 anos de evangelização
No ensaio intitulado Anchieta e
Nóbrega na reunião da CNBB, publicado na revista Veja (15 de março de 2000),
Roberto Pompeu de Toledo diz que evangelizar “é querer impor sua verdade ao
outro, é convidar o outro a adotar todo um novo sistema de crenças e valores, a
destruir aquele no qual se formou, com os resultados desestabilizadores que se
conhecem em sua estrutura emocional e na vida social”.
Embora seja uma verdade histórica no
período em que a evangelização esteve intimamente atrelada à colonização, a
definição do editor especial de Veja é profana, própria de jornalistas,
sociólogos e historiadores que desconhecem por completo o significado original
da palavra evangelização. O termo deriva do substantivo grego euangelion, que
significa “boas novas”, e do verbo euangelizonai, que quer dizer “anunciar,
proclamar ou trazer boas novas”.
Evangelizar, explica Cannon May
Warren, da Abadia de Westminster,
é apresentar Jesus Cristo no poder do
Espírito Santo, de tal maneira que os homens possam conhecê-lo como Salvador e
servi-lo como Senhor, na comunhão da igreja e na vocação da vida comum.
A pregação do Evangelho, completa o
pastor presbiteriano Leighton Ford, “é endereçada a qualquer pessoa que não
tenha aceitado Jesus Cristo como Senhor e Salvador; pode ser um muçulmano, um
católico romano ou até um empolgado batista do sul dos Estados Unidos”. O
ex-presidente da Convenção Batista da Argentina, Samuel Libert, confirma:
“Evangelismo é comunicar as ações redentoras de Deus para o homem”.
Nas páginas a seguir, Ultimato mostra
como era difícil a evangelização do Brasil nos primórdios (A janela brasileira)
e tenta explicar por que os evangélicos gastaram 350 anos para se juntar aos
católicos na evangelização do país (A demora protestante). Por fim, apresentamos
uma cronologia da evangelização do Brasil, que começa com a primeira missa e
vai até o início da Renovação Carismática Católica e da Igreja Universal do
Reino de Deus (Cronologia da evangelização).
Para confirmar a participação dos
holandeses no massacre de 16 de julho de 1645, Ultimato publica também o artigo
Lágrimas de Cunhaú, escrito por uma das maiores autoridades na história da
ocupação holandesa, o missionário holandês Frans Leonard Schalkwijk.
fonte ultimato.com
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