A
BIBLIA E A IGREJA
Salmos 119.41-50.
41 - Venham também sobre mim as tuas
misericórdias! ó SENHOR, e a tua salvação segundo a tua palavra.
42 - Assim, terei que responder ao que me
afronta, pois confio na tua palavra.
43 - E de minha boca não tires nunca de todo a
palavra de verdade, pois me atenho aos teus juízos.
44 - Assim, observarei de contínuo a tua lei,
para sempre e eternamente.
45 - E andarei em liberdade, pois busquei os
teus preceitos.
46 - Também falarei dos teus testemunhos
perante os reis e não me envergonharei.
47 - E alegrar-me-ei em teus mandamentos, que
eu amo.
48 - Também levantarei as minhas mãos para os
teus mandamentos, que amo, e meditarei nos teus estatutos.
49 - Lembra-te da palavra dada ao teu servo, na
qual me fizeste esperar.
50 - Isto é a minha consolação na minha
angústia, porque ai tua palavra me vivificou.
Palavra Chave
Submissão: Obediência irrestrita e incondicional.
Diariamente,
surgem novas igrejas em todo o mundo. Todavia, a maior parte delas não se
submete aos preceitos das Sagradas Escrituras. A igreja que modifica, deturpa
ou não valoriza a Bíblia, não pode ser considerada autêntica Noiva do Cordeiro.
A verdadeira Igreja de Cristo é serva da Palavra.
I. A IGREJA E A SUBMISSÃO À PALAVRA
A
Igreja tanto é visível como invisível. Enquanto a visível é local, e se
caracteriza como organização, a invisível é universal e orgânica. Vejamos:
1. No sentido espiritual. Espiritualmente,
a Igreja é um organismo que tem Cristo como a Cabeça, (Cl 1.18) e os crentes
como o Corpo (Ef 1.22,23). Esta Igreja é composta de todos os que possuem seus
nomes "inscritos nos céus" (Hb 12.22,23). Isto é, de todos os salvos
em Cristo Jesus. Todas as igrejas locais pertencem à Igreja universal. Todavia,
nem todos os que fazem parte de uma igreja local são de fato membros da igreja
universal (1 Jo 2.19).
2. No sentido organizacional. A
igreja, como organização, é formada por crentes em Jesus que se reúnem numa
determinada congregação a fim de adorar e servir a Deus. Ali, tanto há
"trigo" quanto "joio", ou seja, há crentes fiéis e infiéis
(Mt 13.24-30). Como numa organização qualquer, a igreja local necessita de uma
liderança humana; assim como de atividades administrativas, estatutos e normas.
Entretanto, tal estrutura jamais poderá suplantar ou sobrepor-se aos preceitos
da Palavra de Deus.
Embora
a igreja local seja uma organização juridicamente estabelecida, não deixa de
ser também um organismo espiritual que, sob a direção de um ministro de Deus,
deve servir ao Senhor e obedecer a sua Santa Palavra.
II. A IGREJA E A FIDELIDADE À PALAVRA
1. O respeito à integridade da
Palavra. Alguns teólogos modernistas dizem que a Bíblia
precisa ser revisada, e que alguns de seus textos não fazem mais sentido para os
dias pós-modernos. Trata-se de uma desvelada ação diabólica contra a Palavra de
Deus. Algumas igrejas, infelizmente, têm sucumbido aos apelos desses
"reformistas", deturpando a sã doutrina (1 Tm 1.10; 2 Tm 4.3),
falsificando a Palavra (2 Co 4.2), e seguindo os ensinos de Balaão. Para piorar
ainda mais, essas igrejas, à semelhança de Tiatira, acabam tolerando a
imoralidade (Ap 2.14,15,20-22). Porém, a autêntica Noiva de Cristo mantém-se
fiel às Escrituras (Jo 14.15,21,23; Tt 1.9), pois, é "a igreja do Deus
vivo, a coluna e firmeza da verdade" (1 Tm 3.15). A mensagem bíblica não
precisa ser revista, e sim, obedecida com submissão e santidade.
2. A igreja deve pregar a verdade. A
Igreja deve manifestar toda a verdade da Palavra de Deus: "Pelo que, tendo
este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;
antes, rejeitamos as coisas que, por vergonha, se ocultam, não andando com
astúcia nem falsificando a palavra de. Deus; e assim nos recomendamos à
consciência de todo homem, na presença de Deus, pela manifestação da
verdade" (2 Co 4.1,2). Os obreiros, principalmente os pastores, têm grande
responsabilidade diante de Deus e de sua amada igreja. O púlpito jamais deve
ser utilizado como palanque político, mas, sim, como Tribuna da Verdade do
evangelho. Todo líder deve conduzir seu rebanho em completa obediência à
Palavra da Verdade.
III. A IGREJA E A SANTIDADE DA
PALAVRA
1. A Palavra de Deus é santa. "Porque
se lembrou da sua santa palavra e de Abraão, seu servo" (Sl 105.42). Todo
cristão sabe que ser santo é ser separado, consagrado ou dedicado a Deus. A
Palavra do Senhor não é apenas portadora de uma santidade qualquer, mas da
santidade do próprio Deus. Ela é a vontade santa de Deus revelada aos homens.
2. Respeito ao Livro Sagrado. Muitos
cristãos não valorizam a Bíblia como deveriam. Já vi um pastor colocá-la no
chão, só porque se sentia incomodado de tê-la em suas mãos durante o culto. Um
juiz jamais colocaria a Constituição do seu país em qualquer lugar, pois ela
representa a lei maior da nação. A Bíblia não é apenas um livro, é a Lei de
Deus para sua Igreja. Portanto, devemos amá-la e respeitá-la como Livro Sagrado
e Palavra de Deus.
3. A Bíblia é o Livro do povo santo. Há
muitos povos no mundo. E nenhum dentre eles, no sentido pleno da palavra, pode
ser chamado "povo de Deus". Mas, no meio dos povos e nações, há um
povo separado por Deus para ser "a geração eleita, o sacerdócio real, a
nação santa, o povo adquirido" (1 Pe 2.9). A Bíblia é o Livro de Deus para
esse povo santo, formado por gente de todas as nações.
IV. A IGREJA E A PROCLAMAÇÃO DA
PALAVRA
Após
dois mil anos, a Grande Comissão ainda é uma tarefa inacabada. Milhões de
pessoas não conhecem a Jesus e muitas nações não foram alcançadas pela pregação
do Evangelho. Quem lhes falará do amor de Cristo? Na Índia, há pessoas que
adoram a ratos; na África, os que veneram árvores, pedras, rios e outros
elementos da natureza; no Brasil e na América Latina, há uma enorme quantidade
de ídolos. A missão precípua da igreja é a proclamação da Palavra de Deus (Mt
28.19,20). Jesus, em seu último contato com os discípulos, ordenou-lhes
taxativamente que pregassem o evangelho (Mc 16.16).
"Poder para a Missão
Para
o cristão realmente entender o que ele realmente é, faz-se indispensável a
afirmação de que a missão da reconciliação, revestida pelo poder do Espírito
Santo, fornece a essência de nossa identidade: Somos um povo vocacionado e
revestido do poder do alto (At 1.8) para sermos cooperadores de Cristo na sua
missão redentora. A partir daí, o que significa ser um pentecostal está pelo
menos parcialmente incorporado à avaliação da natureza e do resultado do
batismo no Espírito Santo conforme registrado em Atos 2. Os pentecostais têm
afirmado historicamente que esse dom, prometido a todos os crentes, é o poder
para a missão. Os pentecostais recebem esse nome, disse o missiólogo
pentecostal Melvin Hodges, porque acreditam que o Espírito Santo virá aos
crentes nos tempos atuais assim como veio aos discípulos no Dia de
Pentecostes".
(HORTON, S. M. Teologia Sistemática: uma
perspectiva pentecostal. RJ:
CPAD, 1996, p.586-7.)
A Igreja não é constituída por
cimento, tijolos e ferros, mas por aqueles que experimentaram o novo nascimento
e amam a Jesus de todo o coração. O valor da Igreja não é resultado de sua
arquitetura, de suas obras sociais ou da quantidade de filiais que possui, mas
do precioso sangue de Cristo. Igreja, portanto, não foi edificada por Cristo
para construir escolas, fundar hospitais ou assumir cargos políticos, por mais
dignas que sejam tais realizações, mas para cumprir com o mandato de "ir
por todo o mundo e pregar o evangelho a toda criatura" (Mc 16.15).
Nenhum comentário:
Postar um comentário