CONSERVANDO
A DOUTRINA PENTECOSTAL
2 Timóteo 4.1-4; 2 Pedro 2.1-3.
2 Timóteo 4
1 - Conjuro-te, pois, diante de Deus e do
Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no
seu Reino,
2 - que pregues a palavra, instes a tempo e
fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e
doutrina.
3 - Porque virá tempo em que não sofrerão a sã
doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme
as suas próprias concupiscências;
4 - e desviarão os ouvidos da verdade,
voltando às fábulas.
2 Pedro 2
1 - E também houve entre o povo falsos
profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão
encobertamente heresias de perdição e negarão o Senhor que os resgatou,
trazendo sobre si mesmos repentina perdição.
2 - E muitos seguirão as suas dissoluções,
pelos quais será blasfemado o caminho da verdade;
3 - e, por avareza, farão de vós negócio com
palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença,
e a sua perdição não dormita.
Como manter a pureza da doutrina
pentecostal? O que fazer para evitar que a Igreja seja vitimada pelos falsos
mestres e doutores? Na lição de hoje, veremos por que a Igreja, a guardiã da sã
doutrina, deve manter-se sempre alerta, a fim de não ser enganada por ensinos
que, apesar de sua aparente piedade, procuram destruir a pureza dos santos,
arrastando-os à heresia e, finalmente, à apostasia.
I. FALSOS DOUTORES E PROFETAS
1. Uma avalanche de heresias. Lamentavelmente,
na atualidade, algumas igrejas pentecostais têm sido invadidas por uma
avalanche de heresias e apostasias (1 Tm 4.1). Não podemos fechar os olhos aos
absurdos que, sorrateiramente, têm entrado nas igrejas e chegado aos púlpitos,
por intermédio de falsos mestres e pregadores que, literalmente, blasfemam o
caminho da verdade com inovações doutrinárias, em nome de uma espiritualidade
que não acha base na Bíblia (2 Tm 4.3). Dentre elas podemos mencionar o culto
aos anjos, o uso de amuletos que “estimulam a fé”, o triunfalismo, etc (Cl
2.18).
2. Falsos mestres e falsos profetas. Orientado
peio Espírito Santo, o apóstolo Pedro advertiu a igreja a respeito dos falsos
mestres e líderes, que disseminam o engano entre o povo de Deus; homens
presunçosos, que com os seus ensinos fraudulentos, acabam por corromper a sã
doutrina. Esses pseudopregadores e mestres levam muitas pessoas a seguir suas
dissoluções, “introduzindo encobertamente heresias de perdição” (2 Pe 2.1).
Estes, a fim de agradar as pessoas e delas tirar vantagem, adulteram a Palavra,
levando os crentes a pecar (2 Tm 4.3).
3. A falta do estudo bíblico no meio
pentecostal. Se quisermos preservar a sã doutrina, precisamos
voltar a priorizar o estudo da Palavra de Deus (2 Tm 3.15-17). Atualmente,
muitos já não querem estudar, de modo sistemático, a Bíblia. O Senhor sempre
desejou que o seu povo fosse instruído na Palavra (Js 1.8; Sl 1.2), pois ela é
a luz que dissipa o engano e as trevas (Sl 119.105). Você tem se dedicado ao
estudo sistemático da Palavra de Deus?
O ouvinte da pregação deve ser também
um estudante da Bíblia, averiguando na Palavra a veracidade daquilo que ouve
(At 17.11). Siga o exemplo do salmista: “Oh! Quanto amo a tua lei! É a minha
meditação em todo o dia!” (119.97).
A Palavra de Deus nos torna sábios
para a salvação (2 Tm 3.15), santifica-nos (Jo 17.17), e leva-nos a conhecer
mais profundamente ao Senhor (Os 6.3).
II. A SUTILEZA DE SATANÁS NO FIM DOS TEMPOS
1. Os ardis de Satanás. Satanás
é astuto e usa de sutilezas para enganar e macular a Igreja do Senhor. Os
falsos mestres e profetas utilizam vários disfarces para semear suas heresias
(2 Ts 2.15). Dissimuladamente, escondem suas reais intenções e apresentam-se
como ovelhas; interiormente, porém, são lobos predadores. O Senhor Jesus
adverte-nos quanto a estes: “Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm
até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores” (Mt
7.15). Oremos e vigiemos (Mt 26.41a) para não virmos a cair nas muitas ciladas
do Diabo.
2. Palavras persuasivas. Paulo
adverte os crentes de Colossos a que não sejam enganados pelos falsos mestres
(Cl 2.4). Eles empregavam palavras bonitas e raciocínio capcioso, a fim de
enganar e seduzir os salvos. Tomemos cuidado para não sermos presas desses
mestres do engano, dando ouvidos a espíritos enganadores (1 Tm 4.1).
3. “Ninguém vós faça presa sua”. Satanás
lança mão de todos os meios possíveis para induzir ao erro o povo de Deus. Como
igreja do Senhor, estejamos devidamente preparados, alicerçados na Palavra de
Deus, para detectar e combater suas muitas sutilezas. A Bíblia adverte-nos:
“Tende cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e
vãs sutilezas [...]” (Cl 2.8). Um dos maiores desafios da igreja nestes últimos
dias é lutar contra os ardis e enganos do Inimigo.
III. A IGREJA É A GUARDIÃ DA SÃ DOUTRINA
1. A sã doutrina. A
igreja deve preservar a sã doutrina, mas só conseguirá tal intento mediante o
estudo sistemático e ortodoxo da Palavra de Deus (Tt 2.1). Ainda que alguns na
atualidade não dêem a devida importância à doutrina bíblica, sabemos da sua
necessidade face aos perigos espirituais que rondam a Igreja do Senhor nesta
era pós-moderna.
O Senhor adverte-nos, em sua Palavra,
de que nos últimos tempos haveria grande rebeldia e apostasia: “Mas o Espírito
expressamente diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando
ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios” (1 Tm 4.1).
Se a igreja não estiver atenta à voz
do Espírito Santo e comprometida com o ensino bíblico ortodoxo, muitos crentes
deixarão de amar a verdade, desviando-se da fé genuína em Cristo. Segundo a
Palavra de Deus, nestes dias que antecedem a manifestação do Anticristo, haverá
um tempo de grande apostasia (2 Ts 2.3,4). Redobremos a vigilância!
2. Examinemos tudo. Paulo
exortou a igreja de Tessalônica: “Examinai tudo. Retende o bem” (1 Ts 5.21).
Toda e qualquer manifestação espiritual precisa ser examinada e avaliada
segundo a Palavra de Deus. Vivemos tempos difíceis, de muita heresia e engano.
Como discernir o verdadeiro do falso? Podemos identificar a fonte da mensagem,
dos milagres, visões ou revelações, de duas maneiras: mediante o conteúdo
doutrinário (Hb 5.14), ou mediante a revelação do Espírito Santo — o dom de
discernimento (At 5.1-5). O crente não pode deixar-se levar pelos sinais e
manifestações sobrenaturais, sem antes ter a certeza de que a sua origem é
divina (1 Jo 4.1-3).
3. Sólido mantimento. O
crente deve desejar o crescimento espiritual e o alimento sólido (Hb 5.14), a
fim de discernir bem todas as coisas (1 Co 2.15). Você está crescendo em sua
vida espiritual? São cem anos de Assembleia de Deus no Brasil; somos uma igreja
adulta, onde já não há espaço para meninices. O crente espiritual tem “fome” da
Palavra de Deus e deseja buscar o leite puro, sem falsificações: “Desejai
afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não
falsificado, para que, por ele, vades crescendo” (1 Pe 2.2). Muitos estão
sofrendo física e espiritualmente por não estar se alimentando corretamente.
A igreja deve estar alicerçada nas
Escrituras Sagradas para combater, com vigor e eficácia, as forças do mal, que
se levantam contra o Evangelho de Cristo. Toda e qualquer atividade espiritual
deve ser examinada à luz da Palavra de Deus. A igreja deve primar pela
ortodoxia bíblica, não permitindo que os modismos, baseados em experiências
pessoais, sejam colocados acima dos princípios das Sagradas Escrituras.
“Apostatando
da Fé.
‘Mas o Espírito expressamente diz
que, nos últimos tempos, apostarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores
e a doutrinas de demônios’ (1 Tm 4.1). Paulo escreveu ao jovem Timóteo, há
quase dois mil anos, alertando quanto aos perigos da apostasia.
Apostasia — gr. apostasia — quer dizer ‘desvio’, ‘afastamento’, ‘abandono’;
no texto bíblico, sempre significa abandono ou desvio da fé em Jesus. Segundo a
Bíblia de Estudo Pentecostal, a apostasia na igreja será de dois tipos —
‘apostasia teológica’ e ‘apostasia moral’. Na primeira, observamos os desvios
doutrinários. Na segunda, são manifestos comportamentos contrários à santidade
requerida por Deus em sua Palavra (cf. Hb 12.14; 1 Pe 1.15,16). Muitas igrejas
permitirão quase tudo, para terem muitos membros, dinheiro, sucesso e prestigio
(cf. 1 Tm 4.1).
‘O evangelho da cruz, com o desafio
de sofrer por Cristo (Fp 1.29), de renunciar todo pecado (Rm 8.1 3), de
sacrificar-se pelo reino de Deus e de renunciar a si mesmo será algo raro’ (Mt
24.12; 2 Tm 3.1-5; 4.3). É uma característica dos tempos pós-modernos em termos
religiosos. Há muitas igrejas e seitas no mundo.
Entretanto, em relação à Igreja de
Jesus, há muitos desvios nos últimos tempos. Certamente, em toda a história da
Igreja, nunca houve tanta apostasia quanto no século passado e no início do
presente século 21” (RENOVATO, E. Perigos
da Pós modernidade. 1.ed., RJ: CPAD, 2007, pp.16-7).
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