A BIBLIA
É A PALAVRA DE DEUS
Salmos 119.1-12.
1 - Bem-aventurados os que trilham caminhos
retos e andam na lei do SENHOR.
2 - Bem-aventurados os que guardam os seus
testemunhos e o buscam de todo o coração.
3 - E não praticam iniquidade, mas andam em
seus caminhos.
4 - Tu ordenaste os teus mandamentos, para que
diligentemente os observássemos.
5 - Tomara que os meus caminhos sejam
dirigidos de maneira a poder eu observar os teus estatutos.
6 - Então, não ficaria confundido, atentando
eu para todos os teus mandamentos.
7 - Louvar-te-ei com retidão de coração,
quando tiver aprendido os teus justos juízos.
8 - Observarei os teus estatutos; não me
desampares totalmente.
9 - Como purificará o jovem o seu caminho?
Observando-o conforme a tua palavra.
10 - De todo o meu coração te busquei; não me
deixes desviar dos teus mandamentos.
11 - Escondi a tua palavra no meu coração, para
eu não pecar contra ti.
12 - Bendito és tu, ó SENHOR! Ensina-me os teus
estatutos.
.
Bíblia: É a inspirada e inerrante Palavra de Deus.
O
Diabo tem feito de tudo para difamar a Bíblia; e uma de suas principais
estratégias tem sido a disseminação do falso ensino de que as Escrituras não é
a Palavra de Deus, mas apenas a contêm. Nesta lição, estudaremos alguns
assuntos relacionados à transmissão, formação e inspiração divinas da Bíblia.
I. A TRANSMISSÃO DA BÍBLIA
Como
a Bíblia chegou até nós, na forma em que a conhecemos? Essa é a pergunta que
não se cala entre crentes e descrentes. Em qualquer lugar do mundo é possível
acessar a Bíblia na forma de livro. Ela á foi traduzida para mais de 1.600
idiomas e dialetos. Porém, há mais de 4.000 povos que ainda não podem ler as
Escrituras em sua própria íngua. Eis aí um enorme desafio Dara a igreja do
Senhor Jesus.
1. A transmissão oral. Nos
tempos mais remotos, conforme registros do Antigo Testamento, o Senhor
comunicava-se com o homem verbalmente. Tanto é que lá no Éden, ele fora
advertido pessoalmente pelo Eterno que não comesse do fruto da "árvore da
ciência do bem e do mal" (Gn 2.17). Todavia, ordem divina não foi
cumprida, acarretando o drástico fim da comunhão entre Deus e sua principal
criatura.
a) No período antediluviano. Antes
do Dilúvio, a Palavra de Deus fora transmitida oralmente por 1.656 anos,
aproximadamente. Esse período envolve os capítulos 1 a 5 de Gênesis, isto é, de
Adão ao dilúvio. Época em que Deus criou os céus e a terra, o homem e os demais
seres vivos; nesse período, deu-se o crescimento e o desenvolvimento do ser
humano, e a corrupção geral do gênero humano, que culminou com o juízo divino
sobre a humanidade.
b) Do dilúvio a Abraão. Esse
período compreende 1.427 anos, e envolve os capítulos 6 a 11 de Gênesis. Nesta
época, Deus alertara Noé acerca do dilúvio, salvando a vida de oito pessoas: o
patriarca, sua esposa, os três filhos (Sem, Cão e Jafé), e suas três noras. Se
fizermos uma leitura cuidadosa das Escrituras verificaremos que Abraão
transmitiu a Palavra de Deus oralmente a Isaque, e que essa mesma tradição
perdurou até os dias de Moisés. Este, bem informado sobre os fatos transmitidos
por seus pais, teve plena condição de ser o primeiro escritor humano da Bíblia
Sagrada. "Então disse o Senhor a Moisés: Escreve isto para memória num
livro e relata-o aos ouvidos de Josué..." (Êx 17.14).
c) A Palavra de Deus transmitida por
nove homens. Desde o dia em que Deus falara a Adão (Gn 1.28),
até a época em que ordenara a Moisés escrever sua Mensagem (Êx 17.14), nove
homens receberam o encargo da transmissão oral: Adão (930 anos) falou a Lameque
(777 anos); este, a Noé (950 anos); este, a Abraão (175 anos); este, a Isaque
(180 anos); este a Jacó (147 anos); este a Coate (133 anos); este a Anrão (137
anos); e este a Moisés (120 anos). A despeito da longevidade desses patriarcas,
foi o próprio Deus que, milagrosamente, assegurou a fidelidade da transmissão
de sua Palavra.
2. A transmissão escrita da Bíblia. Os
chamados "livros canônicos" da Bíblia foram reunidos ao longo de 1600
anos; e isso se deu de forma especial e impressionantemente harmônica. Só a
predominância da vontade de Deus sobre a mente humana pode explicar como cerca
de 40 escritores puderam escrever os livros da Bíblia a partir de condições e
circunstâncias tão diversas.
a) Deus, o único autor da Bíblia. A
despeito de Deus ser o único autor da Bíblia e de ter inspirado a todos os
demais escritores, Ele mesmo se incumbiu dos primeiros registros das
Escrituras: "E deu a Moisés (quando acabou de falar com ele no monte
Sinai) as duas tábuas do Testemunho, tábuas de pedra, escritas pelo dedo de
Deus" (Êx 31.18; 32.16; Dt 4.13; 10.4). Trata-se, aqui, do Decálogo, um
resumo eloquente e poderoso de toda ética bíblica.
b) Moisés, o primeiro escritor. Deus
ordenou a Moisés que escrevesse num livro as orientações a seu sucessor, Josué:
"Então disse o Senhor a Moisés: Escreve isto para memória num livro e
relata-o aos ouvidos de Josué..." (Êx 17.14). Moisés tornou-se, desta
forma, o primeiro escritor humano das Sagradas Escrituras. A Bíblia afirma que
ele "escreveu todas as palavras do Senhor" (Êx 24.4); e que também,
por ordem divina, guardou o livro da Lei "ao lado da arca do concerto do
Senhor" (Dt 31.26).
II. A COMPOSIÇÃO DOS LIVROS DA BÍBLIA
1. A biblioteca divina. A
Bíblia é constituída de 66 livros, e foi escrita em um período de 1600 anos.
Durante esse tempo, Deus usou cerca de 40 homens para escrever, reunir e
preservar o Sagrado Livro. Nela encontramos histórias, poesias, biografias,
normas, orações, profecias e outros relevantes temas e diversos gêneros
literários. Em todos os livros, Cristo é o tema central da Bíblia.
2. O cânon bíblico. A
palavra "cânon", antigamente, referia-se a uma haste usada para medir
(Ez 40.3). Mais tarde, passou a significar regra, norma, ou padrão de medida
(Gl 6.16; Fp 3.16). Aplicada à Bíblia, "cânon" é o conjunto de livros
inspirados por Deus que transmitem a vontade do Eterno para sua Igreja,
regulamentando a vida e a conduta de fé dos cristãos. O cânon do Antigo
Testamento foi plenamente concluído em 1.046 anos, aproximadamente; e o do
Novo, por volta do ano 100 d.C.
III. INSPIRAÇÃO E REVELAÇÃO DA BÍBLIA
1. A inspiração da Bíblia. Compreende-se
por "inspiração" a influência e a ação divina exercidas sobre os
escritores da Bíblia (2 Tm 3.16; 1 Pe 1.19-21). Os homens santos escreveram a
Palavra de Deus valendo-se do próprio estilo, vocabulário e cultura, sem
prescindirem da direção sobrenatural do Espírito Santo.
2. A inspiração verbal e plenária. Por
inspiração verbal entende-se que os escritores sagrados atuaram sob a direção
incondicional do Espírito Santo. Eles escreveram exatamente o que o Senhor
desejava que fosse escrito. Portanto, a inspiração verbal das Escrituras não é
uma mera teoria, mas a natureza própria da Bíblia (2 Sm 23.2; 1 Co 2.13; Hb
3.7).
A
inspiração plenária indica que o conteúdo, o ensino, e a doutrina das
Escrituras, foram completamente inspirados por Deus. Não há na Bíblia qualquer
parte que não seja inspirada e autorizada por Deus: "Toda a Escritura é
divinamente inspirada" (2 Tm 3.16 - ARA).
3. Traduções Bíblicas. As
fontes originais dos escritos bíblicos, os chamados autógrafos ou manuscritos
foram inspirados por Deus. Porém, as inúmeras cópias deles extraídas, bem como
as traduções ou versões, muitas vezes modificadas pelos copistas ou tradutores,
nem sempre são consideradas escritos inspirados. Somente as traduções ou
versões comprovadamente fiéis aos originais, acham-se dignas dessa reputação.
4. A revelação bíblica. Por
"revelação", entende-se o agir de Deus pelo qual Ele dá a conhecer ao
escritor sagrado coisas ignoradas, isto é, o que este, por si só, não poderia
saber. Ver Dn 12.8; 1 Pe 1.10,11. A inspiração nem sempre implica revelação.
Toda a Bíblia foi inspirada por Deus, mas nem toda ela foi dada por revelação.
Lucas, por exemplo, foi inspirado a examinar trabalhos já conhecidos e escrever
o Evangelho que traz o seu nome (Lc 1.1-14). O mesmo se deu com Moisés, que foi
inspirado a registrar o que presenciara, como relata o Pentateuco.
CONCLUSÃO
A
Bíblia é a fonte mais fidedigna sobre a origem da vida e do homem; bem como do
desenvolvimento da humanidade a partir da criação, passando pela Queda e
Redenção, até o final de todas as coisas, na consumação dos séculos.
Conforme
o estudo em apreço, a Bíblia é a Palavra de Deus. Ainda que os ateístas ou
materialistas, invistam de forma grosseira contra o Santo Livro, este permanece
inabalável em seu conteúdo, revelado e inspirado por Deus.
“O vocábulo ‘Bíblia’
Este
vocábulo não se acha no texto das Sagradas Escrituras. Consta apenas na capa.
Donde, pois, nos vem? Vem do grego, a língua original do Novo Testamento. É
derivado do nome que os gregos davam à folha de papiro preparada para a escrita
- biblos. Um rolo de papiro de tamanho pequeno era chamado biblion e vários destes eram uma bíblia. Portanto,
literalmente, a palavra bíblia quer dizer 'coleção de livros pequenos'. Com a
invenção do papel, desapareceram os rolos, e a palavra biblos deu origem a livro,
como se vê em biblioteca, bibliografia, bibliófio, etc. É consenso geral entre
os doutos no assunto que o nome Bíblia foi primeiramente aplicado às Sagradas
Escrituras por João Crisóstomo, patriarca de Constantinopla, no Século IV.
E
porque as Escrituras formam uma unidade perfeita, a palavra Bíblia, sendo um
plural, como acabamos de ver, passou a ser singular, significando o LIVRO, isto
é, o Livro dos livros; Livro por excelência. Como Livro divino, a definição
canônica da Bíblia é 'A revelação de Deus à humanidade'".
(GILBERTO, A. A Bíblia Através dos
Séculos. RJ: CPAD, 1987, p.18)
A Bíblia tem sido banida, queimada,
escarnecida e ridicularizada. Eruditos têm zombado dela como se fosse uma
tolice. Reis tem estigmatizado as Escrituras como algo ilegal. Milhares de
vezes a cova tem sido aberta e a canção fúnebre começa, mas, de alguma forma, a
Bíblia nunca fica enterrada. Ela não só tem sobrevivido, mas também florescido.
Trata-se do livro mais popular de toda a história. É o best-seller mundial há
anos!
Não há explicação para isso na terra.
O que talvez seja a única explicação. A resposta?
A durabilidade da Bíblia não se
encontra na terra; ela vem do céu. Para os milhões de pessoas que têm praticado
seus ensinamentos e confiado em suas promessas existe apenas uma resposta - a
Bíblia é o livro divino, a voz de Deus.
O propósito da Bíblia é proclamar o
plano de Deus para a salvação dos seus filhos.
Essa é razão por que esse Livro tem
permanecido durante séculos. Ele é o mapa que nos leva ao maior tesouro de
Deus, a vida eterna.
(LUCADO, M. Promessas Inspiradoras de Deus. RJ: CPAD, 2005, p. 53.)
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