A
IMPORTANNCIA DE LER A BIBLIA
1 Timóteo 4.12-15.
12 - Ninguém despreze a tua
mocidade; mas sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, na caridade, no
espírito, na fé, na pureza.
13 - Persiste em ler, exortar e
ensinar, até que eu vá.
14 - Não desprezes o dom que há
em ti, o qual te foi dado por profecia, com a imposição das mãos do
presbitério.
15 - Medita estas coias; ocupa-te
nelas, para que o teu aproveitamento seja manifesto a todos.
I. ATITUDE ESPIRITUAL AO LER A BÍBLIA
A leitura da Bíblia não é um ato
mecânico. Ela exige de quem dela se aproxima uma atitude de amor e dedicação a
Deus. Por esse motivo, devemos procurá-la com:
1. Sede de conhecer o seu autor. No
Salmo 42.1,2 Davi expressa todo o seu amor e sede para com Deus e a sua
Palavra. Tem você sede de Deus? Busca a sua Palavra todos os dias? Ou já se
acostumou a uma vida espiritual seca e sem vida?
2. Amor à Palavra de Deus. Por
que tinha Davi tantos êxitos em sua vida? Ele não somente buscava a Palavra,
como demonstrava por ela um grande e aprofundado amor: “Quanto amo a tua lei!”
(Sl 119.97a).
3. Dedicação à Palavra de Deus. “Persiste
em ler, exortar e ensinar, até que eu vá” (1 Tm 4.13). Tem você persistido na
leitura?
II. COMO ESTUDAR A PALAVRA DE DEUS
Já que sabemos da importância da
leitura da Bíblia Sagrada e de que forma devemos aproximar-nos dela, vejamos
neste tópico como devemos estudá-la.
1. Ler a Bíblia todos os dias. “É
a minha meditação, em todo o dia!” (Sl 119.97b). Seja disciplinado na leitura
da Palavra de Deus. Leia-a todos os dias. Se você ler o equivalente a três
capítulos por dia, conseguirá ler a Bíblia uma vez por ano.
Adquira Bíblias de Estudo que sejam
realmente conservadoras e ortodoxas. Além disso, tenha sempre em mãos as
principais versões da Bíblia em português, tendo o cuidado, é claro, de
averiguar a procedência das traduções.
2. Ler a Bíblia, conhecendo o seu
real significado. Esta é a regra áurea de interpretação das Sagradas
Escrituras: A Bíblia interpreta-se a si mesma. Procure adquirir livros de
autores comprometidos com a sã doutrina, e que sejam mestres na interpretação
da Bíblia. Uma das preocupações de Esdras, conforme já vimos, era explicar o
real significado do Santo Livro. Ler Neemias 8.8.
3. Ler a Bíblia, conhecendo suas
doutrinas. Precisamos conhecer as doutrinas fundamentais da fé
cristã. Caso contrário, jamais nos firmaremos nos caminhos do Senhor. O
Evangelho de Lucas foi escrito e dedicado a um nobre, a fim de que este se
inteirasse das revelações concernentes ao Cristo de Deus (Lc 1.1-4).
III. MONTANDO UMA BIBLIOTECA
Em 2 Tm 4.13, demonstra o apóstolo
que o obreiro, além de se dedicar à leitura da Palavra de Deus, que tem de ser
a nossa prioridade máxima, deve cultivar os seus conhecimentos nas diversas
áreas do saber humano.
1. O aprendizado da língua materna. Você
consegue falar e escrever corretamente o seu idioma. O salmista era um profundo
conhecedor do idioma pátrio (Sl 45.1).
2. O aprendizado de outros idiomas. O
aprendizado de outros idiomas nos abre novos horizontes culturais e
ministeriais conforme demonstra a biografia de Paulo, que dominava tanto o
grego como o hebraico (At 21.37-40). Certamente, ele conhecia também o latim,
tendo em vista o seu ministério em Roma.
3. A importância da cultura geral. A
cultura geral ajuda-nos a entender o mundo e principalmente a sociedade na qual
vivemos. Por isso, é imprescindível que tenhamos sólidas noções de diversas
disciplinas (At 7.22).
“Hermenêutica
Material.
A hermenêutica como disciplina
teológica continua árdua e espinhosa. Todos os docentes e alunos que se prestam
a essa íngreme e escarpa trilha precisam a todo tempo de auxílios exegéticos
dos mais substanciais, e que perfilem sobre a moderna e clássica literatura
auxiliar à interpretação bíblica. Na falta de saber qual é o caminho, percorrer
por trilhas seguras ainda continua sendo a melhor forma de se seguir à frente.
Portanto, a biblioteca do ensinador cristão deve conter:
1. Chaves e Concordâncias Bíblicas —
Chama-se concordância porque as passagens bíblicas que contém a mesma palavra
ou idéia são ‘concordantes entre si’, e porque a concordância ajuda a
encontrá-las, e mesmo já as aduz reunidas [.,.] Os principais objetivos das
concordâncias bíblicas são: localizar passagens e auxiliar o leitor da Bíblia
no estudo de assuntos ou tópicos bíblicos [...] Há dois tipos de concordâncias:
as verbais — relacionam palavras (verbum), são chamadas também de Chaves Bíblicas; e as
concordâncias reais — estas ao contrário de apenas palavras arrolam também
idéias, são em sentido estrito, listas de idéias ou assuntos que remetem aos
textos bíblicos.
2. Dicionários e Enciclopédias -
Não devemos confundir dicionários com concordâncias, e estas com enciclopédias
ou vice-versa [...] Os dicionários bíblicos não se propõem, como as
concordâncias, a reproduzir os textos, e sim, oferecer a cada assunto uma
exposição mais ampla. As enciclopédias bíblicas, não se propõem a verificar o
significado dos termos, ainda que muitos se achem nela, mas abranger todos os
ramos do conhecimento bíblico e teológico.
3. Versões Bíblicas -
São diversas traduções da Bíblia existentes no Brasil — muitas baseadas na
tradução de João Ferreira de Almeida [...].
4. Comentários Bíblicos –
São classificados de acordo com o seu planejamento: sermonário; exegéticos;
devocionais.
5. Títulos Históricos-culturais —
São livros que auxiliam o estudante no conhecimento da cultura, história,
antropologia e sociologia do mundo bíblico [...]” (BENTHO, E. C. Hermenêutica fácil e descomplicada. 3.ed.,
RJ: CPAD, 2005, p.93-121.)
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