CONHECENDO O EVANGELISMO NO NOVO TESTAMENTO
1. O Propósito de Deus – Ele tem chamado do mundo
um povo para si, enviando-o novamente ao mundo, para fazer discípulos de todas
as nações. (Mt 25.19; Jo 20.21; At 15.14;)
2. A Autoridade da Bíblia – Como inerrante e
infalível Palavra de Deus, afirmamos o poder das Escrituras Sagradas para
efetuar o propósito de Deus na salvação do homem. (Rm 1.16; 2 Tm 3.16)
3. A Universalidade de Cristo – Afirmamos que só
existe um salvador e um só Evangelho, embora haja uma variedade de maneiras de
se realizar a obra de evangelização do mundo. (Jo 4.42; At 4.12)
4. A Natureza da Evangelização – Evangelização em
si é a proclamação do Cristo bíblico e histórico como Salvador e Senhor, com o
propósito de persuadir os homens, para que por intermédio Dele se reconciliem
com Deus. (At 20.47; 2 Co 5.11, 20)
5. A Responsabilidade Social Cristã – “A fé sem
obras é morta”, embora a reconciliação do homem com o homem, não signifique a
reconciliação deste com Deus, nem ação social, evangelização, afirmamos que
ambos são parcelas do nosso dever cristão. (Gn 1.26-27; Lc 6.27,35; Tg 2.14-26)
6. A Igreja e a Evangelização – A Igreja ocupa o
ponto central do propósito divino, ela é o instrumento para difusão do
evangelho. A evangelização mundial requer que a Igreja toda, leve a todo o
mundo, o Evangelho Integral em trabalho mútuo de cooperação (Jo 17.21-23; At
1.8; Gl 6.14; Fp 1.27)
7. A Urgência Missionária – Com mais de dois terços
da humanidade, ainda não eficientemente evangelizada, como Igreja, sentimo-nos
envergonhados da nossa negligência para com tanta gente. Sendo cada geração
responsável pela sua geração, esta é a hora da Igreja orar fervorosamente, e
lançarem programas visando à evangelização total do mundo. (Jo 4.9; Rm 9.1-3;
10.11-16)
8. As Culturas e a Evangelização – A evangelização
mundial requer o desenvolvimento de estratégias e metodologias novas e
criativas, e a cultura de um povo em parte é boa e em outra parte má, devido à
Queda, por isso deve sempre ser julgada e provada pelas Escrituras, para que
possa ser redimida e transformada para a glória de Deus. ( Mc 7.8,9,13; Rm
2.9-11; 2 Co 4.5)
9. A Educação e a Liderança – Reconhecemos a grande
necessidade de melhorar a educação teológica, especialmente em se tratando de
líderes de igrejas, existindo em todo povo enorme necessidade de ensino e
treinamento para seus pastores e aos leigos nativos. (At 14.21 – 24; Tt 1.5,9)
10. O Conflito Espiritual – Cremos que estamos
envolvidos em guerra constante contra os principados e potestades do mal, que
buscam destruir a Igreja e malograr sua tarefa de evangelizar o mundo, semeiam
falsas doutrinas e mundanismo em nosso meio. O momento demanda vigilância e
discernimento. (Jo 17.15; Ef 6.10-20; 2 Co 4.3)
11. Liberdade e Perseguição – A liberdade de praticar
e propagar o cristianismo de acordo com a vontade de Deus é um direito nosso,
conforme a Declaração Universal dos Direitos Humanos, mas não nos esquecemos de
que Jesus nos advertiu de que a perseguição é inevitável, mas nem por isso
devemos nos intimidar. ( Mt 5.10-12; At 4.16.21)
12. O Poder do Espírito Santo – A evangelização
mundial só se concretizará com uma Igreja cheia do Espírito Santo, sendo Ele
quem convence o homem do pecado. O Espírito Santo tem um profundo interesse
missionário. (Jo 7.37-39; At 1.8; 1 Co 2.4,5)
13. O Retorno de Cristo – A promessa da segunda
vinda de Cristo representa um incentivo a missões. Cremos que o período
intermediário entre sua ascensão e o seu segundo retorno deve ser usado para o
cumprimento da nossa missão como Povo de Deus, a obra missionária não poderá
parar enquanto Ele não vier. (Mc 13.10; 2 Pe 3.13; Ap 7.9)
Síntese do Pacto de Lausanne
1- LEITURAS IMPORTANTES:
Lc. 4:14-21 Sinais e prodígios e Milagres, pregação
aos pobres de espírito onde quer que se encontrem (nós, hoje estamos pregando o
evangelho fácil e comodista dentro de quatro paredes, mas Jesus nos ensinou a
levar o evangelho onde quer que exista uma prostituta, um bêbado, um viciado,
enfim aonde houver trevas que eu leve a luz).
Jo. 20.1 O primeiro Evangelista foi uma mulher,
Maria Madalena. As mulheres precisam e devem ter maiores oportunidades na obra
de Deus, o Espírito Santo não tem sexo, havia diaconisas na igreja que começou
em Atos dos apóstolos, na época de maior machismo judeu; e agora? As mulheres
podem entrar nas casas e ajudar na lavagem das vasilhas ou das roupas e até
mesmo no feitio do almoço ou na confecção de um bolo; enquanto pregam o
evangelho.
2- DEFINIÇÃO DE EVANGELISMO:
É
a arte de compartilhar a Salvação que recebemos e também o seu autor Jesus
Cristo, com outra (S) Pessoa (S), através de comunicação direta e indireta.
3- DOIS TIPOS DE EVANGELISMO:
1.
Evangelismo Pessoal: (Ex. Jesus e a samaritana, quebrando as barreiras
do preconceito racial; Filipe e Eunuco, sinônimo de obreiro preparado para
explicar a palavra de DEUS aos necessitados).
2.
Evangelismo em massa: (Ex. Jesus e o sermão do monte, com as normas da
nova religião; Paulo no Areópago, ensinando que filosofia não traz paz à alma e
que só devemos adorar a um DEUS.)
4- ALGUMAS DÚVIDAS RESPONDIDAS ANTES DE INICIAR:
·
II Coríntios 5:14,15 (Por que evangelizar?)
·
II Timóteo 2:2-15 (O que é preciso para evangelizar?)
·
Atos 20:24 (Com o que se preocupar?)
·
Atos 18:9,10 (O que Temer? Tem 366 vezes a frase não temas na Bíblia.)
· Lucas 19:10 (A quem Evangelizar?)
·
João 15:16 (Quem deve evangelizar?)
·
Lucas 10:1 (Precisa de Grupos com muita gente?)
·
Atos 16:13,14 (Quem vai fazer as pessoas se interessarem?)
· Provérbios 11:30 (Qual a
verdadeira sabedoria?)
·
Mateus 20:19 (Basta ganhar as almas?)
·
Marcos 16:15 (Não fazer acepção de pessoas ou de lugares)
·
Atos 20:20 (De casa em casa)
· Mateus 10:16 (Como se
comportar?)
5- VISITAS:
O
horário de visitas é muito importante, não devendo as visitas ser de improviso.
O horário sendo pré determinado traz algumas vantagens como:
- Disponibilidade
de tempo dos evangelizados.
- Os problemas
já estarão separados e prontos para serem lançados na conversa entre as duas
partes.
- Dificuldades
bíblicas já estarão anotadas e separadas.
- Interferências
externas já anuladas previamente.
6- LIVROS A SEREM USADOS NO EVANGELISMO:
Principalmente Bíblias: Evangélica e Católica Apostólica Romana (de
Preferência Editora Ave-Maria)
Livro Seitas e Heresias (Autor: Raimundo F. Oliveira – CPAD)
Algumas referências e passagens bíblicas importantes que deverão ser
guardadas na memória e no coração para serem usadas na hora certa:
- Mateus 10:32 e
Mateus 11:28
- João 3:16 e
João 5:24
- Romanos 3:23,
Romanos 6:23 e Romanos 10:8,9
- I Timóteo 2:5
7- OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:
· Em
Antioquia houve um verdadeiro avivamento: Havia, profetas, evangelistas,
pastores, doutores ou mestres e depois enviaram missionários (Apóstolos). At
13.1-4; Ef 4.11-15;
· Também se manifestavam as operações do
Espírito Santo 1 Co 12.8-12;
· Em
Samaria o povo se convertia porque via e ouvia os sinais que Filipe fazia At
8.5-21
Bíblia de Estudos Pentecostal.
Mais
subsídios
O EVANGELISMO PRÁTICO:
1) O QUE É EVANGELISMO?
Evangelismo, vem da palavra evangelho, cujas raízes são: a palavra grega
“evangelio”, que significa boas novas; e evangelizo que significa trazer ou
anunciar boas novas. A palavra evangelho torna-se mais significativa quando
estudamos o verbo hebraico “bisar”, que significa “anunciar”, contra, publicar,
este verbo é aplicado em Is. 4.27; Sl. 40.9 e 10; Is. 68.11 e 12; que proclama
a vitória universal de Jeová sobre o mundo. É proclamar o evangelho de Jeová
sobre o mundo. É proclamar o evangelho de Jeová ao povo.
- Evangelismo é
a tarefa de testemunhar de cristo aos perdidos.
- Evangelismo é
a tarefa de levar homens a Cristo.
- Evangelismo é
alistar vidas ao serviços de Cristo.
- Evangelismo é
obedecer e proclamar as boas novas.
2) OBJETIVOS DO EVANGELISMO:
a)
Anunciar a Cristo (Jo. 1.36)
b) Levar
homens a Cristo (Jo. 1.41)
c)
Alistar vida para o serviço de Cristo (At. 11.25,26)
d)
Proporcionar o crescimento da igreja (At. 2.47;5.14;9.31)
Para atingirmos os objetivos para esta década no
Brasil a igreja precisa cerca 20% ao ano:
- Hoje ela esta
crescendo 5% ao ano.
- Uma igreja de
100 membros está crescendo 5 membros ao ano.
- Precisa
crescer pelo menos com 20 membros ao ano.
- Uma igreja de
500 membros precisa batizar 100.
- Uma igreja de
1000 membros precisa batizar 200 e assim por diante.
COMO DEVE SER FEITO O EVANGELISMO?
Com profundo amor
Com paciência e persistência
Ouvindo a pessoa evangelizada
Usando linguagem que as pessoas compreendam
Fazendo perguntas sábias sobre a salvação
Não fugindo do assunto da salvação
Ex.: Cristo e a Samaritana – Os Judeus não lidavam
com os Samaritanos.
Evitando assuntos polêmicos e discussões
Evitando ficar irritado
Mostrando o plano da salvação de modo simples
Procurando responder todas as perguntas com apoio
bíblico
Reconhecendo que só ovelhas geram ovelhas.
MÉTODOS DE EVANGELISMO:
1º Em massa
Cristo e os
Apóstolos sempre gostaram desse método.
Evangelismo em massa é alcançar muitas pessoas ao
mesmo tempo.
Ex.: Cruzadas, Culto nos templos, Cultos nas praças
e etc...
2º Evangelismo Pessoal
Cristo e os Apóstolos sempre usaram método de
Evangelismo em massa, mas nunca desprezaram o evangelismo pessoal. Ex.: A
Samaritana, Zaqueu, Nicodemos, o Eunuco de Candace, a Mulher Adúltera, A
Sirofinicia e etc...
Evangelismo pessoal é uma pessoa ganhando outra
pessoa. Discípulo. Ex.: Filipe e Natanael (Jo 1.43-46)
DISTRIBUIÇÃO DE FOLHETOS: PONTOS A SEREM CONSIDERADOS :
1- Conhecer o folheto e sua mensagem
2- Entregá-lo com atitudes de interesse
3- Não insistir para que alguém o tome
4- Manter-se calmo e vigilante
5- Não discutir nunca
6- Se alguém jogar o folheto fora, torne-o ajudá-lo
7- Oferecer o folheto com um sorriso sincero e com
as seguintes palavras: Boa Tarde, Quero oferecer-te: a) Uma mensagem
importante, b) Algo de importância para sua vida, c) Um recado de Deus, d) Um
folheto que explica o caminho da eterna salvação.
8- Dar o folheto carimbado
9- Conhecer como guiar uma alma a Cristo
PASSAGENS QUE O EVANGELISMO DEVE CONHECER BEM E
ONDE ENCONTRA-LAS
1- Os Dez Mandamentos Ex 20; Dt 5.
2- O sermão da Montanha Mt 5.6,7
3- A grande comissão Mt 28
4- O plano de salvação Jo 3.16; Jo 5.24; Rm 8; Is.
53.4,5; At 2.8,9,10,11.
5- Convicção de Salvação I Co 1.18 e 21
ESTRATÉGIA DE EVANGELISMO
1- Nos
lares, At. 5.42
2- Nos
hospitais, Mt 25.43
3- Nas
prisões, Mt 25.43
4- Nas
filas de ônibus
5- No
púlpito
6- Nos
bares
7- Nos
restaurantes
8- Nos
consultórios
9- Nos
colégios e universidades, At 19.9
10- Nos conjuntos residenciais – Folhetos...
11- Nas filas do INSS e similares
12- Nos cemitérios- Dia de finados
13- Nas feiras livres
14- Nas Exposições
15- Nas Estádios e Similares – Folhetos específicos
16- Ao ar livre, At 16.13
17- Através do Telefone
18- Através de postais
19- Através de jantares
20- Através de um testemunho santo
21- Através do Rádio, Sl 19.1,3; Jr. 22.29; Sl 26.7
22- Através da Televisão, Mt 10.27
23- Através das caixas postais
24- Através de cruzadas Evangelísticas, At 8.5,6
25- Com Folhetos (oração)
26- Com jornais, Is 52.7; Am 4.5; Sl. 26.7; 68.11;
Mc 1.45; 7.36; 13.10
27- Com cartões de oração
28- Com bíblias e Novos Testamentos
29- Com CD's e DVD's
30- Com Filmes
31- Com adesivos
32- Através da escola (Um aluno ganhando outros
alunos)
33- Na beira de rios , nas praias, At 16.13-15
O EVANGELISMO E AS ELITES:
O nosso propósito é mostrar o interesse de Jesus
Cristo na evangelização das Elites `a luz da Bíblia. Temos conhecimento que as
elites não são as camadas mais fáceis de serem atingidas Mt 19.23. Mas também
reconhecemos que estas camadas necessitam de serem atingidas, pois o evangelho
destina-se a toda a criatura neste mundo (Mc 16.15)
O QUE SIGNIFICA EVANGELHO:
I – O evangelho é o poder de Deus para salvação de
todo aquele que crê, Rm 1.16
II – O Evangelho é a mensagem de fé que pregamos,
Rm 10.8
III – O Evangelho é a palavra da cruz, loucura para
os que perecem, mas para os que são salvos, poder de Deus, I Co 1.18.
IV – O Evangelho é a notícia do perdão de Deus
oferecido aos pecadores. As boas novas de grande alegria para todo o povo, Lc
2.10.
A QUEM SE DESTINA O EVANGELHO
A todo o mundo (Jo 3.16)
A todos os homens (I Tm 2.4; Tt 2.11)
Deus não faz acepção de pessoas (Rm 2.11)
QUEM SÃO AS ELITES
Elite Política
Elite Intelectual
Elite Social
AS ELITES NO PLANO DA SALVAÇÃO
Existe nas escrituras sobejas provas e evidências
de que Deus se interessa por salvar as Elites.
Ex.:
José de Arimatéia Mt 27.57 (Senador)
Nicodemos Jo 3.1-21 (Príncipe)
Manaém At 13.1 (Filho
adotivo de Herodes)
COMO ALCANÇAR AS ELITES
O exemplo do Eunuco de Candace, At 8.27 (1º ministro da rainha da Etiópia)
O exemplo do Capitão Cornélio At 10 (centurião da
coorte italiana)
O exemplo de Públio At 28.7 (governador da ilha de
Malta)
IDÉIAS E SUGESTÕES
Refeições nos lares;
Jantares em hotéis e restaurantes;
Literaturas especializadas;
Correspondências específicas com argumentos
inteligentes e bem-bolados;
Programas de televisão e rádio.
AS ELITES:
AJUDE-NOS
A ALCANÇARMOS
Curso Prático de Evangelismo - Parte 2
INTEGRAÇÃO OU DISCIPULADO
A integração das pessoas que aceitam é muito
importante
Nós enfrentamos ultimamente uma grande dificuldade na área
Evangelística. É que se fazem grandes concentrações fora e dentro do templo.
Tais como:
Congresso de Mocidade
Congresso de Senhoras
Congresso de Círculo de Oração
Cruzadas Evangelística etc...
Gastam-se fortunas com cantores, pregadores, som.
Agrega-se grandes coletividades, mas no fim do conclave,
soteriologicamente falando o saldo é negativo.
Mas não se converteu grande número?
Que houve? Onde estão eles?
É
aí que vejo a necessidade da integração.
DEFININDO A INTEGRAÇÃO
Integração é tornar inteiro, completar, incorporar-se, discipular Mt 28;
19.20; At 20.20.
Uma igreja sem integração é como uma mãe que dá a luz e abandona seu
filho, na calçada, lixeira ... porta alheia.
Uma igreja por menor que seja tem normalmente 144 cultos públicos por
ano.
Ganha no mínimo 192 almas por ano mas só batizamos de 10 a 15 das 192.
Que está havendo? Por um saldo tão negativo? Falta de integração.
QUE É INTEGRAÇÃO?
É
tudo que se faz para ajudar o Neófito (Novo convertido) a adaptar-se a nova fé.
A INTEGRAÇÃO E O RECÉM-NASCIDO
1
– DORES E GEMIDOS
Toda mulher quando está dando a luz, normalmente sente dores de parto.
Ela grita, geme, até chora.
Que lição tiramos daqui? Que o mesmo deve suceder no seio da igreja Gl
4.19.
Infelizmente na hora que o pregador está fazendo o apelo, não está havendo
por parte da igreja, as dores de parto.
Anteriormente era assim:
O
orador fazendo o apelo e a igreja gemendo de dores de parto, ou seja orando em
espírito.
Gemiam e até choravam. Hoje há...
2
– A COOPERAÇÃO NO NASCIMENTO DO BEBÊ
Nos hospitais as enfermeiras auxiliam os médicos no parto.
Isto nos fala que na hora do apelo o pregador carece de auxiliares de
alguém que vá ao pecador e carinhosamente faça-lhe o convite do novo nascimento,
estendendo-lhe a mão amiga.
3
– O RECÉM-NASCIDO E AS DIFICULDADES
Um recém-nascido trás consigo uma série de dificuldades, a saber:
a) De locomoção
Não sabe andar, para sua locomoção, só correndo.
Que lição tiramos daqui? Que o novo convertido não
sabe andar no caminho celeste; carece de alguém que vá busca-lo para outros
cultos.
b) Para Alimentar-se
Para Alimentar o recém-nascido a Mãe o carrega até
o colo e coloca a mama em sua boca.
Isto fala-nos da ajuda que o neófito carece para
alimentar-se espiritualmente.
Ajude o neófito a encontrar os livros capítulos e
versículos da Bíblia. Explique a ele o que isto ou aquilo quer dizer.
4 – O RECÉM-NASCIDO EM FASE DE DESENVOLVIMENTO
a) Alimentação
adequada
Um recém-nascido não pode alimentar-se com o mesmo
alimento de uma criança adolescente, mocidade, adulto.
1º - Nestogênio
2º - Lactogênio
3º - Ninho Instantâneo
4º - Ninho Integral
5º - Verduras e etc...
Que lição tiramos daqui?
Não podemos alimentar o novo convertido com comida
forte.
Ex: Não fale diretamente ao neófito sobre dízimos,
ofertas, vestes, cabelos, suas jóias, seus quadros... Etc.
b) Cuidando da saúde
do recém-nascido
Todo recém-nascido carece de cuidados especiais,
semelhantemente o neófito.
Como cuidar da saúde espiritual do neófito?
1
– Não o deixe descalço Ef. 6.15
2
– Não o deixe com roupas espirituais sujas Ec 9.8
3
– Não o deixe com fome Mt 14.16.
c) Ajuda para andar
Todo recém-nascido em estado de crescimento mostra
interesse e esforço para andar.
Ex.: Ele vai se arrastando, engatiando. É o anelo
de andar. Mas só começa andar mesmo quando alguém lhe ajuda neste particular.
Geralmente é assim. Pega-se nas duas mãos,
coloca-se a criança em pé e vai ensinando os passos... Daqui, acolá solta a
criança, e assim vai...
Na integração evangelística também é assim; devemos
soltar o novo convertido de vez em quando, mas nunca perdê-lo de vista.
É você chegar na casa dele e dizer: irmão fulano
vou chegar na igreja um pouco mais tarde e não vai dar para te pegar hoje. Mas
vá à frente, e voltaremos juntos, amém? Isto é só uma estratégia para ver se há
esforço no neófito de querer andar na fé.
Se ao chegar na igreja você notar sua falta, nem
assista o culto, corra até a casa dele e veja o que está acontecendo.
d) O BEBÊ E AS
PRIMEIRAS PALAVRAS
Geralmente toda criança começa a falar com alguém
lhe ensinando.
Normalmente as primeiras palavras são:
Papai e mamãe.
Ensine o neófito a falar do amor do pai que é Jesus
Cristo.
e) DESPERTANDO A
VOCAÇÃO
Toda criança em fase de desenvolvimento deixa
escapar sua vocação.
O novo convertido em fase de crescimento
espiritual, também deixa escapar sua vocação ou talento, entregue por Deus para
o bom andamento da obra.
Cantor (a), pregador (a), Pastor, Evangelista,
Presbíteros, Diáconos(isas), Auxiliares
do círculo de oração, Maestros
(inas), Músicos, ... etc.
Ajude o neófito a descobrir sua vocação. Como
ajudar?
Dando-lhe oportunidade para desenvolver o talento,
se cantor, cantando, se pregador, pregando.
f) A INTEGRAÇÃO É BÍBLICA? SIM
Natanael Jo 1.45,51
Os judeus At 15.13
Paulo faz a integração dos Efésios Mt 19.1,7
Paulo faz a integração de Onésimo Fm 8.17
Felipe faz a integração do Eunuco At 8.34,38
g) QUE COOPERA PARA A NÃO
PERMANÊNCIA DO NEÓFITO?
Falta de atenção
Falta de amor
Falta de carinho
Discórdia
Falta de alimentação
Nicodemos (oculto)
Zaqueu (pequeno)
Bartimeu (cego)
Samaritana (inimizade)
h) COMO DEVE SER FEITA
A INTEGRAÇÃO
a)
Com preparo Bíblico Rm 12.7
b)
Com dedicação e amor
c)
Com visitação rápida e objetiva.
i) GRUPOS DE INTEGRAÇÃO
O grupo visitará o neófito logo no outro dia, após
a sua conversão.
No primeiro ou segundo expediente obs.: não em
horário que possa incomodá-lo.
Um dos componentes do grupo ficará na incumbência
de ir buscar o neófito no dia do culto, cuidará dele até o batismo nas águas.
j) QUANDO E COMO
COMEÇAR A INTEGRAÇÃO
a)
Já, hoje, agora.
b)
Colocando em prática tudo o
que aprendeu.
c)
Lembrando-se que só ovelhas geram ovelhas. O Que você é?
Curso Prático de Evangelismo - Parte 3
SOBRE EVANGELISMO PESSOAL
APOSTILA 001
“MOTIVOS E AUTORIZAÇÃO"
O Senhor Jesus é o motivo supremo e também é a
Autoridade que nos manda pescar homens para Ele. Ele é o Mestre por excelência,
e o exemplo na arte de fazê-lo.
Ele promete êxito na tarefa, se cumprimos a
condição de O seguirmos.(Mt. 4:19.) Deve ficar claro, também, que o êxito na
incumbência de evangelizar não significa exatamente que se converta toda pessoa
a quem se fale.
Isto não aconteceu nem com o Senhor Jesus, quando
esteve corporalmente entre nós na terra (Mt. 19:16-22).
O mesmo pode se dizer dos Apóstolos (At.17:5, 32;
At. 19:9, são exemplos de momentos em que a Palavra levada pelos Apóstolos não
foi aceita pelos seus ouvintes).
Porém, cada ser humano que ouve a Palavra de Deus,
que é evangelizado, há de sentir-se responsável pela sua reação, não perante a
quem lhe prega o evangelho, mas diante de Deus (IICo. 5:17-21).
Testificar aos homens, apresentando-lhes as
verdades do Evangelho ou Boas Novas a cerca de Jesus Cristo, nosso Senhor e
Salvador, é obrigação séria e responsabilidade de cada cristão.
POR QUÊ EVANGELIZAR?
1 - PARA A GLÓRIA DE DEUS (ICo. 10:31)
Como em todas as coisas que fazemos em nossas
vidas.
2 - PELA GRATIDÃO A DEUS - Por Sua Graça ao
salvar-nos , e o reconhecimento por suas bênçãos.
3 - O AMOR A DEUS - O nosso amor a Deus.
Então, recapitulando... são três os motivos que nos
constituem a força que nos impulsiona a evangelizar:
A GLÓRIA DE DEUS, A GRATIDÃO A DEUS e O AMOR A
DEUS.
Há também motivos que são secundários em relação a
estes.
MOTIVOS SECUNDÁRIOS:
o amor às almas,
o amor de Deus à humanidade,
a condição do homem no pecado
a alegria de quem prega
a alegria dos anjos ao ver uma alma arrependida
a necessidade de mudar o destino eterno do homem.
Porém, a razão maior para evangelizar, deve ser a
GLÓRIA DE DEUS, embora não devamos negar os outros motivos como legítimos e
poderosos. Todos têm seu lugar.
MOTIVOS INDIGNOS
HÁ UM LADO NEGATIVO - o evangelizar por impulsos,
diferentes dos que levam à GLÓRIA DE DEUS.
O negativo
acontece quando em realidade o que nos move a falar é o orgulho e o desejo de
ganhar uma glória pessoal.
Pode ser natural que o cristão queira ser
reconhecido como um ganhador de almas.
Porém, de uma forma sobre natural ele pode vencer
esta inclinação vaidosa e trabalhar unicamente para a GLÓRIA DE DEUS - pois
esse é o motivo central da evangelização.
ERROS QUE DEVEMOS EVITAR
Um engano que se pode cometer, na evangelização é:
falar a uma pessoa acerca da sua relação para com o Senhor Jesus e o perigo da
sua perdição, e se não se consegue convencê-la, utilizar esforços humanos até
afastá-la definitivamente, em vez de ganhá-la.
É um erro também a tentação de ficar satisfeito com
uma concordância superficial em vez de conseguir-se uma decisão genuína.
É fatal confundir um aparente convencimento humano
com uma convicção de uma conversão operada pelo Espírito Santo.
O OBREIRO É SERVO E EMBAIXADOR
Nós somos servos e sacerdotes, embaixadores
pessoais do Reino de Deus... mas estes títulos de honra têm a ver especialmente
com nossa relação com Deus... não com os homens.
Em Apocalipse 3:20, e IICoríntios 4:5, nosso Senhor
é apresentado fora da porta do coração de cada pessoa incrédula, batendo e
solicitando entrada.
O próprio homem tem que resolver se abre a porta e
Lhe dá entrada, ou não. O Senhor Jesus não força a porta, nem nada pede
mediante violência. Simplesmente explica qual é a conseqüência da recusa ou
aceitação - mais nada.
Somos nós que levamos as informações acerca de
Jesus Cristo para a alma perdida. Em II Co.4:5, está escrito que não pregamos a
nós mesmos, mas a Jesus Cristo como Senhor.
Que espécie de testemunho se dá acerca de Jesus?
Louvamos a ele devidamente? Ou estamos
descrevendo-O, apenas, como fez o servo, na parábola de Mateus 25:24?
André disse a Pedro estas simples palavras:
"Achamos o Messias", que foram suficientes para levá-lo a Cristo.
Felipe fez semelhante com Natanael, dando apenas um pouco mais de explicações
acerca de Jesus e convidou-o a vir ver por si mesmo, e ele o fez - Jo.1:45-46.
Mas no Velho Testamento temos um exemplo de como
alguém pode dar um mau testemunho a respeito do Senhor!
O Rei Ezequias não testemunhou a respeito dos
prodígios de Deus, quando os mensageiros de Babilônia foram a Jerusalém com o
propósito de saber como era possível que uma Nação tão pequena tivesse obtido
êxito sobre o grande exército dos Assírios.
Por seu orgulho, Ezequias eclipsou o amor de Deus
ao invés de dar a Glória que Lhe era devida, ele limitou-se a mostrar a casa do
seu tesouro. A prata, o ouro, as especiarias... por orgulho pessoal.
Ezequias glorificou-se a si mesmo em vez de render
suas homenagens ao seu Senhor... por isso Ezequias foi severamente castigado.
(IICr.32:31; IIReis. 20: 12-19).
A VONTADE DIVINA
O Nome do
Pai não é glorificado no coração do incrédulo, nem ali Deus reina, fazendo Sua
vontade... mas quando uma pessoa se arrepende e confia em Jesus, as coisas logo
mudam.
Então aquele que era incrédulo passa a reconhecer
Deus como Pai. O seu coração torna-se o trono em que Cristo reina; e o
convertido passa a fazer a vontade divina, ao invés da sua própria vontade.
Nessa mudança consiste a verdadeira conversão.
O AMOR DIVINO
Deus nos criou, Ele desejou que as Suas criaturas
estivessem com Ele na comunhão eterna. Ele nos ama com amor eterno. Ele não
quer que nós pereçamos, mas que todos sejamos salvos (IPe. 3:9b)
Mas devemos saber que ninguém será salvo por sua
própria vontade (Jo.5:6,40) Cada ser humano tem que resolver por si mesmo.
O Pai não quer que ninguém esteja no céu sem ter o
prazer de estar com Ele, nem admitirá ninguém que não aceite a Jesus Cristo
como Seu Filho.
Esta é a razão porque desejamos agradar ao coração
de Deus, é a razão que temos para nos ocuparmos em buscar os perdidos.
Se meditarmos nisto, ao falar aos homens acerca do
Evangelho, o amor de Deus encherá os nossos corações, brilhará em nossos olhos,
e afetará até o timbre de nossas vozes (IICO. 5:11) diz assim: "conhecendo
o temor do Senhor, persuadimos aos homens"
E o vs 14 diz: "Pois o amor de Cristo nos
constrange" Assim, que a GLÓRIA DE DEUS seja o nosso motivo supremo na
grande tarefa de evangelizar os nossos semelhantes.
Há ocasiões em que o Espírito Santo nos move a
apresentar ao incrédulo o seu dever de glorificar o seu Criador, como base na
sua aceitação de Cristo.
Especialmente quando se fala aos jovens, esta
verdade os atrai, porque lhes oferece uma razão de ser, uma meta na vida, e um
ideal que se põe em ordem com os interesses e conflitos de sua existência.
MOTIVOS QUE NOS CONSTRANGEM
O AMOR ÀS ALMAS
Em Rm. 5:5, temos que "o amor de Deus é
derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi outorgado".
Então, sendo que Deus amou o mundo de tal maneira
que deu o seu Filho unigênito, para salvar-nos da perdição e dar-nos a vida
eterna, segue-se que este amor em nós também se manifestará em querer que todas
as almas sejam salvas.
DEVEMOS DESEJAR A SALVAÇÃO DE TODO SER HUMANO
Este amor, que é de Deus em nós, compele-nos a
pensar em todas as pessoas que encontramos. Em como está a sua relação com
Jesus Cristo.
Isso até mesmo antes de considerarmos se esta ou
aquela pessoa é digna de nossa amizade, se vai ser útil e proveitoso conhecê-lo,
nada disto. Basta que seja um ser humano, que precisa de DEUS, para que
desejemos levá-lo a Cristo.
MEIOS QUE DEUS USA
Nem todo membro de igreja procura oportunidade para
testificar do amor de Deus. Existem até os que procuram esconder que são crentes
em Cristo, apesar do que fiz a Bíblia: (Mc 8:38 e Mt. 10:32 2 33).
Mas quando o cristão evangeliza constrangido pelo
Espírito Santo nele, é prova de que ele está seguindo a Cristo. Em raras
ocasiões Deus usa pessoas não convertidas para citar alguma verdade bíblica.
A
NECESSIDADE DAS ALMAS
Todas as pessoas precisam conhecer a Deus. E nós ,
que O conhecemos, devemos suprir essa necessidade.
VÁRIAS NECESSIDADES DOS HOMENS
1 - Está perdido e necessita de um Guia;
2 - está enfermo e necessita de um médico;
3 - está escravizado, necessita de um Redentor;
4 - está moribundo e necessita de um Salvador;
5 - está espiritualmente morto, necessita de Vida
Nova.
A lista pode ser aumentada indefinidamente porque o
homem natural ignora as verdades espirituais e necessita de luz, iluminação;
tem fome e sede de uma satisfação que não encontra.
O homem natural, até que se dê conta de sua
condição espiritual, e suas conseqüências, dificilmente busca a Salvação. O
nosso dever é ensinar-lhes que o pecado pode propiciar prazeres ao corpo, mas
não pode dar gozo à alma, e que Jesus é a única resposta para a alma.
A CHAMADA DE DEUS
A OBEDIENCIA É IMPERATIVA
É fácil perder o ânimo e achar que já fizemos a
nossa parte e cumprimos a nossa obrigação. Pra quê continuar agüentando os
insultos dos incrédulos? Porém o Espírito Santo está sempre a mostrar os frutos
do nosso trabalho e nos fazendo pensar em nossa obrigação de cumprir o dever de
evangelizar.
A AUTORIZAÇÃO QUE TEMOS PARA EVANGELIZAR
Todo cristão conta com a autorização divina para
evangelizar. Tem as suas ordens por escrito (Mc. 16:15; Mt. 4:19; At. 1:8; Lc
24:45).
Os apóstolos levaram muito a sério a sua comissão e
testificaram apesar de toda a oposição (At. 2-4). Pedro disse a seus juízes
como justificação para ter continuado sua pregação contra as ordens deles:
"Julgai se é justo diante de Deus ouvir-vos antes a vós outros do que a
Deus; pois nós não podemos deixar de falar das coisas que vimos e
ouvimos."
QUEM É AUTORIZADO A EVANGELIZAR
Os que reconheceram a Jesus como Messias, Filho de
Deus e seguiram-nO , por causa dos seus ensinamentos, estes foram os enviados a
pregar (Mc. 5:18; Lc10:1-12).
ORDENS GERAIS E PARTICULARES
Temos, portanto, autorização plena e clara, escrita
na Palavra de Deus, a Autoridade superma em todo o universo. Também
reconhecemos que Ele é o Deus Vivo, que ainda se comunica com os seus filhos
que vivem neste mundo.
Podemos fazer uma alegoria entre a Bíblia e o
Manual Militar. O cidadão que se alista no exército, é enviado ao quartel, onde
veste o uniforme militar, e em seguida ensinam-lhe as regras elementares do
exército.
Aprende como saudar os oficiais, como responder à
ordem de "Atenção" como apresentar armas, o modo de marchar, de
montar guarda, etc.
Mas, por exemplo, do Manual não constam as ordens
do dia., em que se diga que o Cabo Pedro Gonçalves com o soldado Carlos
Pereira, montarão guarda à porta do Palácio do Governo, desde a meia-noite de
quinta-feira, 25 de abril, até as quatro da madrugada de sexta-feira.
Esses detalhes não se escrevem no Manual Geral, mas
dia após dia constam do quadro de avisos individuais, no quartel. Esta prática
militar é uma ilustração, embora imperfeita , do que sucede com o cristão.
Ao aceitar e confessar Cristo, como seu Senhor e
Salvador pessoal, a pessoa constitui-se membro do exército do Senhor Jesus.
Deve, portanto, aprender as ordens gerais para cada soldado espiritual,
conforme estão escritas no Novo Testamento.
Uma delas é a comissão de falar em nome de Cristo
às almas perdidas, rogando-lhes que se reconciliem com Deus (IICo. 5:17-20).
ORDENS ESPECIAIS
Há regras que todo cristão no exército de Deus deve
observar e acatar sempre. Deus reconhece a cada um de seus soldados não só pelo
nome, mas também os seus pensamentos mais íntimos e até as intenções do seu
coração.
Sabe chamá-lo, pelo nome e indicar-lhe o que deseja
que ele faça. (At. 5:20; 6:11). Nem sempre o Senhor fala de forma dramática,
como fez com Paulo no caminho de Damasco, ou em sonhos como aconteceu com José.
Geralmente Ele fala mediante a Sua voz suave na
alma do seu filho e outras vezes através das circunstâncias. O mais comum, é
que o crente sinta em seu espírito um santo impulso para dizer algo a certa
pessoa, descobrindo que, se obedece, o Espírito Santo lhe dá as palavras
adequadas.
UMA ILUSTRAÇÃO
Um Mestre de doutrina cristã ia andando por uma rua
e à sua frente iam quatro homens lado a lado, de maneira que obstruíam
completamente a calçada.
O Mestra ouviu então o mais alto e forte dos quatro
falar palavras blasfemas contra Deus. O mestre era homem franzino e de estatura
mediana, mas antes de poder refletir, e obedecendo a um impulso interior,
adiantou-se e colocou a mão sobre o ombro do homenzarrão e disse:
“Homem, quem lhe deu o direito de usar o nome do
meu Pai com tão pouco respeito?" o blasfemo se deteve, e inclinando-se
fitou os olhos em seu interlocutor e disse:
“Não sei quem é o senhor, mas esta manhã, a minha
esposa, que é uma boa cristã, me repreendeu nestes mesmos termos”.
Meu amigo, eu tenho que me dirigir ao trabalho
agora mesmo, mas se o senhor me der o seu nome e endereço, prometo ir visitá-lo
para que me fale de Deus “o resultado foi o regresso de outro pródigo à casa do
Pai”.
Convém obedecer a voz do Espírito, mesmo quando as
circunstâncias forem adversas. Como recomenda o Apóstolo Paulo: "insta,
quer seja oportuno, quer não" (IITm. 4:2).
FINAL DA APOSTILA 001
Por detrás de toda exortação e instrução, está a
necessidade de cuidar para que a sua motivação seja aceitável ao Senhor, e que
cada ação e cada palavra sua conte com o "Visto" da Sagrada
Escritura, sendo dirigida pelo próprio Espírito Santo.
Curso Prático de Evangelismo - Parte 4
EVANGELISMO PESSOAL - PARTE II
APOSTILA 002 "REQUISITOS PARA O
EVANGELISMO"
Jesus Cristo expôs o requisito primordial para ser
um ganhador de almas, quando disse: "Vinde após mim, e Eu vos farei
pescadores de homens" (Mt. 4:19). É, portando necessário ser um seguidor
dEle, e permitir que Ele faça conosco o que deseja que sejamos para a Sua
Glória.
Não importa qual seja o nosso dom ou ministério; o
propósito ou resultado deve ser: que os homens sejam "pescados" para
Cristo. Quer dizer, salvos pela fé nEle. Em outras palavras, cada dom do
Espírito é dado ao crente a fim de que seja empregado em ganhar almas para
Cristo.
O verbo "vir" no versículo acima citado,
está no modo imperativo. Não se trata, portanto de um convite, mas de um
mandamento. Assim, cumprir este mandamento é dever sagrado de todo cristão.
Tratá-lo com descaso é desobediência ao nosso Senhor.
Seguir a Cristo de coração resultará em nos
ocuparmos em buscar outros para Ele. (IICo. 5:11).
O QUE NÃO SE REQUER PARA PODER FAZER A OBRA
PESSOAL.
A
necessidade de usar o bom senso
Uma jovem
missionária, coberta com um escasso vestido da última moda, parada diante de um
grupo de homens vulgares e do pior calibre moral. Enquanto ela, com aparente
boa fé, lhes dava o seu testemunho em palavras corretas e excelente gramática,
em seu fervor, movia o seu corpo de um lado para o outro com certo ritmo, os
espectadores riam e soltavam grosseiras expressões, manifestando o seu desejo
de dançar com ela.
A sinceridade sem ser acompanhada da prudência e do
bom senso, traz resultados contraproducentes.
Além disso, devemos nos ater à regra básica da
evangelização pessoal, de que os homens devem falar com homens, e as mulheres
com mulheres, e sempre que possível, segundo a sua mesma idade e cultura, a
menos que haja circunstâncias especiais.
Não é necessário que o cristão tenha aparência
física perfeita, com um corpo escultural. Nem Cristo nem os apóstolos foram
conhecidos por sua aparência física.
Paulo, por exemplo, descreve a si próprio como de
presença corporal débil (IICo. 10:10) e enferma, talvez com os olhos
prejudicados por alguma enfermidade (Gl. 4:13-15; 6:11).
Há cristãos muito espirituais que fisicamente são
disformes (coxos, mancos, tortos, com lábios leporinos, etc). Mas a presença de
Cristo em suas vidas faz com que o seu interlocutor se esqueça completamente do
seu defeito corporal, realçando a beleza espiritual que se manifesta de forma
sensível.
Alguém pode falar com uma dessas pessoas, e logo
ficar convencido de que esteve na presença de um singular filho de Deus. O
Espírito que pode vencer esta classe de "obstáculos" ou impedimento é
Poderoso também para vencer dificuldades no falar.
FALE SÓ DE CRISTO
Tanto para pescar peixes, como para pescar homens,
vale uma importante regra: "Conserve-se fora da vista".
O Apóstolo Paulo disse: “não nos pregamos a nós
mesmos, com o objetivo de a outra pessoa nos ter em estima, em confiar em nossa
palavra, e nem devemos nos rebaixar excessivamente”.
O Espírito Santo está no cristão com o objetivo de
convencer o mundo do pecado, porque não crê no Senhor Jesus (Jo. 7-8).
CONSIDERE SEMPRE O PENTECOSTE
Há cristãos, que se dizem impossibilitados de
evangelizar por não ter estudado em uma Universidade, ou em um seminário. Esta
desculpa procede de uma atitude incorreta do cristão. Soa como se a pessoa que
a apresenta ignorasse que o Pentecostes é uma história verídica.
Uma das lacunas mais comuns e tristes nas igrejas
de hoje, é a multidão de membros que vive como os discípulos de João Batista
que em Éfeso disserem: "Nem mesmo ouvimos que existe o Espírito
Santo" (At.19:12). Não conta com um Deus presente diariamente em sua vida.
Muitos não
conhecemos a Bíblia como devíamos. É certo que ninguém conhece a Palavra de
Deus a fundo porque ela é obra de Deus, mas podemos e devemos estudá-la e
conhecê-la melhor à medida que o tempo passa. (você já leu a Bíblia toda?)
Mas também não são teólogos todos incrédulos com
quem havemos de falar. São almas necessitadas. Precisam saber o que você sabe.
Necessitam do seu testemunho. Portanto, você deve procurá-las e falar-lhes.
Deixe de pensar em si mesmo. Deixe de evadir-se da sua responsabilidade , com
desculpas sem fundamento.
Qualquer servo de Deus há de ser criticado,
caçoado, rejeitado. Alguns o desprezarão e censurarão além do que é justo.
Outros louvarão ou estimularão mais do que merece.
Enquanto estamos neste mundo incrédulo, não devemos
esperar outro tratamento da parte do povo. Lembremo-nos de Mateus 5:11,12; I
Pedro 4:14. E recordemos o que o Senhor sofreu por nós (Hb. 12:3-4), e que esta
atitude do mundo só comprova a sua necessidade da mensagem do evangelho.
O Servo de Deus deve meditar muito nestas duas
passagens das Escrituras "Ai de vós, quando todos vos louvarem" (Lc.
6:26); "Porventura procuro eu agora o favor dos homens ou o de Deus? Ou
procuro agradar a homens? Se agradasse ainda a homens, não seria servo de
Cristo." (Gl. 1:10)
O Cristão deve dizer acerca de si mesmo, o menos
que lhe seja possível. Deve apenas dar um testemunho pessoal de como Cristo
mudou a sua vida, e lhe deu paz.
Toda verdadeira conversão é uma obra do Espírito
Santo, embora Ele nos tenha usado como Seus instrumentos para falar ao pecador.
Nosso dever é fazer tudo o que estiver ao nosso
alcance para conseguir que o incrédulo, ao ouvir a Palavra escrita de Deus,
sinta-se como se o próprio Deus lhe estivesse falando naquele momento, de forma
pessoal.
Quando o pecador se rende a Cristo, é natural que
terá um apreço especial pela pessoa que o levou aos pés do Salvador, mas o
dever do obreiro é fazê-lo ver que é a Deus a quem ele precisa agradecer pela
sua salvação.
Se não podemos proceder sinceramente desta maneira,
convém que nos examinemos, para jogar fora o orgulho e todo o motivo ou
pensamento que não glorifique a Deus.
CULTURA SUBMISSA
A cultura acadêmica pode servir de obstáculo à obra
do Senhor, se não for sujeita completamente ao Espírito Santo de Deus.
Mas quando a cultura permanece debaixo do controle
divino, o seu possuidor será submisso como instrumento útil e eficaz de Deus,
pronto para apresentar o Evangelho a toda classe de pessoas, de maneira simples
e compreensível.
O SOCORRO DO ESPÍRITO SANTO
muitos se surpreendem quando pela primeira vez
experimentam o socorro do Espírito Santo, ao depararem com momentos e
circunstâncias em que o Espírito Santo intervém para auxiliar no modo correto
de falar, comportar-se ou mesmo calar-se diante de algumas situações.
Não é raro quem depois do fato acontecido, percebem
como teria sido impróprio se tivessem procedido conforme seu costume em outras
ocasiões. Não devemos deixar de testificar ou evangelizar, por medo de equivocar-nos.
O Espírito nos ajuda em nossas fraquezas.
A RESPONSABILIDADE É INDIVIDUAL
O Senhor será o juiz da obra de cada um dos seus
filhos, do que ele tenha feito desde a época da sua conversão. Romanos 14:12
diz que “Cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus". Haverá galardão ou
perda de galardão, para todos os cristãos, sem exceção.
Levemos a mensagem e sejamos fiéis Àquele que nos
enviou, não importa a maneira como o mundo nos receba. O Nosso Senhor não nos
promete todo o êxito que desejamos. Ele diz que somos levados em triunfo em
Cristo Jesus, que por meio de nós, manifesta em todo lugar o aroma do Seu
conhecimento.
Isto foi o que Paulo disse em II Co. 2:14-16:
"Porque somos para com Deus o bom perfume de Cristo; nos que são salvos...
aroma de vida para vida; nos que se perdem... cheiro de morte para morte".
Mesmo se tivermos fracassos, devemos seguir adiante (Gl.6:9; ICo. 15:58).
A dificuldade de toda desculpa, é a nossa
incapacidade de compreender que somos apenas instrumentos do Espírito Santo, e
que é Ele que convence e converte o pecador. Mas no fundo de tudo, a desculpa é
desobediência. É falta de fé. É manifestação de interesse próprio. É uma
expressão de indolência espiritual. Seria mais honroso confessar que, na
verdade não queremos enfrentar a tarefa de
ganhar almas.
O QUE SE REQUER PARA FAZER A OBRA
1 - Ter o amor de Deus em nossos corações por meio
do Espírito Santo (Rm. 5:5) - conversão.
2 - Um sentido de urgência em ganhar almas
(Ef.5:16) - O Senhor voltará, o Tempo é curto.
3 - Um conhecimento adequado da Bíblia, para
empregá-la como Autoridade (ICo.15:1-4)
AJUDANDO AO RECÉM-CONVERTIDO
Uma vez que tenhamos visto alguém fazer a profissão
de fé em Cristo, depois da devida instrução, temos direito de esperar que haja
uma transformação de vida em tal pessoa.
Não podemos pensar e dizer que já fizemos tudo o
que nos cabia, e que estamos livres de toda a responsabilidade neste caso. Não
é assim. Temos a mesma obrigação que tem a mãe, pela criatura a quem acaba de
dar a luz.
Nosso dever é fazer tudo o que estiver ao nosso
alcance para assegurar que a nova criatura (IICo.5:17) receba o alimento e o
cuidado, a instrução e o exercício que são necessários para o seu
desenvolvimento espiritual.
NÃO DEVEMOS TER MEDO DE DESEMBAINHAR A ESPADA DIVINA
Quanto da Bíblia é necessário que alguém saiba,
para começar a obra pessoal?
O fato de milhares de pessoas terem sido
convertidas pelo uso de apenas um versículo das Escrituras, prova que sabendo
apenas isto, um versículo, pode-se dar início à obra e ter um bom êxito.
Quantas almas foram ganhas para o Senhor apenas com João 3:16? Ou João 1:12?
Mateus 11:28? Romanos 10:9? Atos 16:31 e outros? Mas, muitos são também aqueles
que passaram por vexame por nunca terem lido a Bíblia toda, pelo menos uma vez.
MEMORIZAÇÃO DE PASSAGENS BÍBLICAS
Como é de se esperar, teremos a oportunidade de
testificar de Cristo e de conversar acerca dele, quando não houver uma Bíblia
por perto, ou quando não for possível ou não for a ocasião propícia para
usá-la.
Portanto, o crente que deseja ser perito pescador
de homens para o Senhor, deve determinar-se resolutamente a aprender de cor um
número sempre crescente de passagens bíblicas para serem usados nessas
ocasiões.
COMO FUNCIONA A MEMÓRIA
As leis de memorização são quatro:
1 - a primeira impressão;
2 - a compreensão;
3 - a associação e
4 - a repetição.
Quando uma pessoa de fato quer aprender algo de
cor, e se põe a fazê-lo, pode realizá-lo. A sua decisão vale muito. Pode-se
ilustrar a aplicação das quatro regras de aprendizagem, desta maneira:
Um cristão resolve que vai aprender certo versículo
de cor. Põe-se a estudar o seu significado: que é realmente o que ele quer
dizer?
Quando o compreende bem, liga-o com outras
passagens, e grava-o em sua mente, onde se encaixa no desenvolvimento do plano
de salvação.
Então, medita bem acerca do seu uso na obra
pessoal, emprega-o ao falar com os outros, e repete e torna a repetir o
versículo juntamente com a sua referência ou endereço, isto é, o livro,
capítulo e o número do versículo. Assim, a pessoa usou todas as quatro leis,
sem sequer percebê-lo.
O USO DE CARTELAS
Muitos cristãos usam o emprego de cartõezinhos, ou
tiras de papel para memorizar textos bíblicos. De um lado escreve-se o
versículo ou passagem, e do outro, onde se encontra na Bíblia.
Durante a primeira semana guarda-se o cartão no
bolso ou na carteira, lendo-o, com freqüência, diariamente, até que, ao ler um
lado, pode-se dizer o que está escrito do outro.
Quando se aprendeu este versículo, passa-se o cartão
para outro lugar, onde se guardam os versículos que são recapitulados
semanalmente, ao ver que não lhe custa nenhum esforço trazê-lo à memória, esse
versículo é passado para o grupo dos que são revisados mensalmente. Desta
maneira, ele permanecerá gravado em sua memória.
É NECESSÁRIO DAR OPORTUNIDADE PARA QUE O ESPÍRITO
SANTO FALE
Os melhores pescadores que temos conhecido
aprenderam que a obra pessoal não consiste em soltar uma torrente de palavras
nos ouvidos de uma pessoa.
Não apenas dão ao seu interlocutor oportunidade
para falar, mas citam um versículo da Escritura e o explicam, permitem uma
pausa, para dar tempo à pessoa de pensar, e ao Espírito Santo de convencer.
Isto geralmente evita que o entrevistado pense que o cristão está procurando
obrigá-lo a crer, queira ou não.
ENSINAMENTOS BÍBLICOS:
A enfermidade universal
a - Que todo ser humano é pecador por natureza, e
que, portanto se encontra sob condenação de morte se continuar em sua
incredulidade, isto é, sem crer em Cristo como seu Senhor e Salvador. (Rom.
3:10, 19,23; 6, 23; 10:9; 5:8; Jo. 3:16)
O remédio
b - Que Jesus de Nazaré, que nasceu da virgem
Maria, por obra do Espírito Santo, é o próprio Deus manifestado em corpo
humano, pra que pudesse viver cumprindo a lei de Deus com perfeição, e depois
de morrer, tomando sobre Si a condenação que nós merecemos, e ressuscitar
dentre os mortos como prova de que Seu sacrifício satisfez plenamente todas as
exigências da lei divina (Is.53:6; Rm.4:25; IICo. 5:21; Lc 19:10; Jo. 3:17).
A aplicação
c - Que toda pessoa que sinceramente se arrepende
do seu pecado e da sua incredulidade; crê que Jesus Cristo é o Filho de Deus;
recebe e confessa-O como Senhor da sua vida; confia no Seu sacrifício feito na
cruz do Calvário como a perfeita satisfação diante da justiça divina por seus
pecados, e a única esperança para a eterna salvação da sua alma, é salva pela
graça de Deus, apropriada por meio da fé (Mc. 1:15; Ef. 2.8-9; Rm. 10:9-10; Jo.
3:16; 1:12; 11:25,26; Is.1:18).
Resultado
d - Quando qualquer pessoa deposita a sua fé no
sacrifício de Cristo como seu Salvador, e se entrega sem reservas a Ele como
Seu Senhor, vários benefícios são concedidos pelo Espírito Santo, como parte
integrante da sua Salvação.
O indivíduo é perdoado, o que significa que a
sentença de morte eterna que pesava sobre ele foi revogada pelo próprio Deus.
É redimido, isto é, a sua dívida foi totalmente
cancelada.
É resgatado, o que significa que foi libertado da
escravidão a que Satanás o sujeitava.
É justificado, isto é, apresentado diante de Deus
como se não tivesse pecado.
É renascido (adotado ou feito Filho de Deus).
É santificado, (é dado-lhe um novo coração com uma
nova natureza, a fim de poder andar como Filho de seu novo Pai).
O seu corpo torna-se templo do espírito Santo, que
morará para sempre nele. Desse momento em diante, ele tem duas naturezas: a
velha, humana, natural, inclinada a operar independentemente de Deus; e a nova,
divina, santa, inclinada a buscar a vontade de Deus em tudo (II Pe. 1:3-4; Rm.
5:1; Gl. 5:16-18).
As
Campanhas, as Escolas Bíblicas e a visitação do departamento de missões nos
lares, bem como do departamento da família completarão o trabalho de
integração, não se esquecendo de que este novo convertido precisa, logo após o
batismo nas águas, trabalhar em algum
departamento da Igreja para que possa crescer e se sentir parte da Igreja.
Estudo retirado de www.estudos bíblicos.com.br
“evangelismo”
MISSÕES URBANAS
Pr. Elinaldo Renovato de Lima
INTRODUÇÃO
Jesus Cristo mandou pregar o evangelho a toda a
criatura, em todo o mundo. Nenhum lugar pode ficar excluído e nenhuma pessoa
deve ser considerada não-evangelizável. No Brasil, como em muitos países, 80%
das pessoas vivem nas cidades, ao contrário do que havia há poucas décadas, quando
a maior parte vivia nas áreas rurais. Este é um grande desafio para as igrejas
cristãs. As cidades têm grandes e graves problemas, próprios do crescimento
urbano desordenado a que são submetidas, tais como concentração excessiva de
pessoas, desigualdades sociais, problemas de habitação, favelas, falta de
saneamento, de saúde, etc. No que tange à evangelização, as cidades oferecem
facilidades e dificuldades, como veremos adiante. As igrejas precisam ter
estratégias de trabalho para alcançar as cidades. Há diferenças, entre
evangelizar numa Metrópole e num lugar interiorano. Neste estudo, apenas damos
uma pequena contribuição à reflexão sobre o assunto.
1.0 FENÔMENO DAS CIDADES
No inicio de tudo, os homens viviam em áreas
agro-pastoris. Com o passar do tempo, a escassez de bens os obrigava a sair, em
busca de outros locais para sobrevivência. Sempre houve uma tendência para os
homens se concentrarem em tomo de um núcleo populacional. A famosa TORRE DE
BABEL foi uma tentativa de concentração urbana, não aprovada por Deus. Este
queria que os homens se multiplicassem, enchendo a Terra. Damy FERREIRA (P.
139) vê a evolução das cidades em várias etapas.
A primeira, de 5.000 a.C. a 500 d.C, até à queda de
Roma, quando se estabeleceram grandes cidades como Jericó, Biblos, Jerusalém,
Babilônia, Nínive, Atenas, Esparta e Roma. Eram as chamadas "polis".
A segunda, quando encontramos, na Renascença, já na
Idade Moderna, as cidades de Roma, Florença, Constantinopla, Londres, Paris,
Toledo, entre outras. Eram as chamadas "neópolis".
A terceira, com a Revolução Industrial, por volta
de 1750, quando apareceram cidades-pólos, como Nova lorque, Chicago, Londres,
Berlim, Paris, Tóquio, Moscou, etc. São as "metrópoles", verdadeiras
cidades-mães. A última etapa, já na época atual, suirgem as
"megalópoles", com cidades-satélites e bairros ligados uns aos
outros. Dentre elas, destacam-se S. Paulo, Rio de janeiro, Tóquio, Londres, N.
lorque, etc. As cidades em geral são tratadas como de pequeno, médio e grande
porte, dependendo da população, tamanho, influência, etc.
2.0 AS CIDADES NA BÍBLIA
Há quem pregue que as cidades são de origem humana,
sem a aprovação divina, alegando que a primeira cidade foi criada por um
homicida, Caim. E que Deus planejou um jardim e não uma Cidade (Gn 4.17).Depois
do Dilúvio, os homens procuraram fazer cidades.
Nessa visito, diz-se que há um plano diabólico para
as cidades. Elas, quanto maiores, são o refúgio ideal para criminosos, centros
de prostituição, do crime, da violência. De fato, as aglomerações urbanas, nos
moldes em que sido construídas, resultam em lugares perigosos, onde a qualidade
de vida, em geral, torna-se difícil para o bem-estar espiritual e humano.
Discordando da opinião dos que vêm a cidade como
centros mais favoráveis ao diabo, Ferreira (P. 140) diz que Deus tem planos
importantes para as grandes cidades. O Cristianismo surgiu numa grande cidade -
Jerusalém - , espalhando-se por grandes centros, como Samaria, e Antioquia. Por
outro lado, Deus mandou Abraão sair de Ur, uma grande cidade, e mandou começar
a conquista de Canal por Jericó, de porte considerável para sua época.
Linthicum, p. 27) diz que "a Cidade é campo de
batalha entre Deus e satanás" e que Ele se preocupa com o bem-estar da
Cidade (Jn 4.10) e que a atividade redentora de Deus centraliza-se em muito nas
cidades (51 46.4-5; Zc 8.3; Mc 15.21.39) ~.31>, lembrando que a vinda do
reino de Deus é descrita como a vinda de uma Cidade redimida - a Nova Jerusalém
(Ap 21-22). -2- Deus permitiu que Israel construísse cidades (Am 9.14); em
Canaã, em meio as cidades tomadas, Deus determinou que houvesse "cidades
de refúgio (Nm 35.11).
3. JESUS E AS CIDADES
No seu ministério terreno, Jesus desenvolveu a
evangelização tanto na área rural como nas cidades. · Andava de cidade em
cidade(Lc 8.l); · Chegou á cidade, viu-a e chorou sobre ela (Lc 19.41); ·
mandou pregar em qualquer cidade ou povoado ~t 10.11). Seguindo o exemplo de
Jesus, a igreja atual precisa enfrentar o desafio da evangelização ou das
missões urbanas.
4.0 DESAFIO DAS MISSÕES URBANAS
As cidades, com sua complexidade social, cultural ,
econômica, emocional e espiritual, constituem-se campo propício para atuação da
igreja ou do inferno; dos cristãos ou dos feiticeiros; dos homens de bem ou dos
assassinos. A cidade em que vivemos é campo de batalha entre Deus e o diabo; a
cidade pertencerá aos céus ou ao inferno; depende de quem agir com mais
eficiência e eficácia, com as forças dos céus ou do inimigo. Segundo LINTHICUM
(p. 23), os sistemas sociais, econômicos, políticos, educacionais. e outros, na
Cidade, estio sob a influência dos demônios, das potestades das trevas. É
preciso muito poder, muita oração, muito jejum e muita ação para que as
estruturas das cidades sejam tomadas do poder do inimigo. O desafio é grande.
1'-- o que está conosco é maior do que ele.
4.1. PONTOS FAVORÁVEIS PARA AS MISSÕES URBANAS
HESSELGRAVE (p. 71), diz que as cidades são pólos
de influência sobre toda uma área a seu redor, sendo, por isso> mais
favoráveis para a implantação de igrejas, pelas seguintes razões: 1) Abertura
as mudanças; 2) Concentração de recursos; 3) Potencial para contato relevante
com as comunidades em redor.
4.2. PONTOS DESFAVORÁVEIS PARA AS MISSÕES URBANAS
1) Populações concentradas verticalmente em
edifícios fechados. Os condomínios, hoje, são quase impenetráveis aos que
desejam evangelizar pessoalmente.
2) Excesso de entretenimento. Antigamente, só havia
um pequeno campo de futebol em cidades de médio porte. Hoje, há estádios
grandes, que atraem muita gente; a televisão tirou as pessoas das ruas e as
confinou dentro de suas casas. O evangelismo pessoal é muito dificultado nessas
condições. O uso da televisão é muito caro para atingir as pessoas confinadas
em suas casas.
3) A concentração de igrejas diferentes, além das
seitas diversas, causam confusão junto à população. Cada uma evangelizando com
mensagens diferentes e contraditórias Parece que há um "supermercado da
fé". Há quem ofereça religião como mercadoria mais barata, em
"promoção", com descontos (sem exigências, sem compromissos) e há os
que "cobram" caro demais, com exigências radicais.
4)0 elevado grau de materialismo e consumismo, do
homem urbano faz com que o mesmo sinta-se auto-suficiente, sem a necessidade de
Deus.
5) Os movimentos filosófico- religiosos, tipo Nova
Era, apontam para uma vida isenta de responsabilidades para com o Deus pessoal,
Senhor de todos. Como enfrentar essas dificuldades?
5.0 ESTRATÉGIAS PARA AS MISSÕES URBANAS
1) ORAÇÃO E JEJUM PELA CIDADE. O homem pecador se
opõe a Deus (1 Co 2.14; Rm 8.7; Ef 2.1). O diabo força o homem a não buscar a
Deus (Ef 2.2; 2 Co 4.4). Qualquer plano de evangelização por melhor que seja,
com recursos, métodos, estratégias, fracassará, se tiver o PODER DE DEUS. Este
só vem pela busca, pela Oração. Deus age. Fp 1.29; Ef 2.8; Jo 6.44. Os demônios
infestam as cidades. Só são expulsos pelo poder da oração (Sl 122; Jr 29.7; Lc
19.41). A oração é a base.
2) PREPARO DAS PESSOAS PARA A EVANGELIZAÇÃO DAS
CIDADES. Esse preparo refere-se ao estudo da Palavra de Deus. É o preparo na
Palavra (2 Tm 2.15). As seitas preparam bem seus adeptos. As igrejas precisam
gastar tempo e recursos no preparo dos que evangelizam.
3) PLANEJAMENTO DA EVANGELIZAÇÃO. O sucesso da
evangelização depende do Espírito Santo. Só Ele convence o pecador (Jo 16.8).
Entretanto, no que depende de nós, precisamos fazer o que está ao nosso
alcance, a nossa parte.
a) Definir áreas a serem evangelizadas. (Bairro,
quarteirão, ruas)
b) Definir os grupos de evangelização
c) Distribuir as áreas com os grupos (Rua tal com
grupo tal; ou quarteirão tal com tal grupo, etc.
d) Estabelecer metas ou alvos (nº de decisões,
pessoas batizadas, etc..)
e) Preparar os meios necessários: literatura, equipamentos,
recursos financeiros, etc.
f) Mobilizar todos os setores da igreja para a
execução do que for planejado: jovens, adolescentes, adultos, com a LIDERANÇA À
FRENTE.
6.0 MÉTODOS DE EVANGELISMO PARA AS MISSÕES URBANAS
6.1. EVANGELISMO PESSOAL. E o mais tradicional e
muito eficiente, principalmente nos bairros mais pobres. Inclui pessoa a
pessoa; casa-em-casa; evangelização em aeroportos, em bares e restaurantes;
co~tagem (venda de livros); ev. em estações rodo e ferroviárias; na entrada de
estádios ; em feiras-livres; em filas (INAMPS, bancos, ônibus, etc.); em
hospitais, penitenciárias, em escolas (intervalos de aula);
6.2. EVANGELISMO EM GRUPO. Inclui evangelização de
grupos de pessoas: grupos de alunos, de professores, de menores abandonados, de
homossexuais, de prostitutas, e também os já conhecidos GRUPOS FAMILIARES, ou
células de evangelização; reuniões especiais em restaurantes, chás, classes na
Escola Dominical (foi criada para isso); evangelização com fitas cassete e de
vídeo (reúne-se um grupo);
6.3. EVANGELISMO EM MASSA. Inclui cultos ao
ar-livre, série de palestras ou conferências nas igrejas; cruzadas
evangelísticas, campanhas. Só tem valor se houver uma preocupação séria com o
DISCIPULADO. E melhor preparar , primeiro, as pessoas para fazer o discipulado
antes de fazer a evangelização.
7. DISCIPULADO.
É indispensável que, em cada igreja ou congregação,
haja grupos ou setores de discipulado, que integrem o novo converso de maneira
segura e acolhedora. Sem esse trabalho, toda a evangelização fica frustrada.
Perdem-se mais de 90% das decisões em pouco tempo.
8. MEIOS PARA A EVANGELIZAÇÃO URBANA
1) Programas de rádio e de televisão;
2) Adesivos para veículos;
3) Revistas, e jornais para autoridades,
consultórios médicos;
4) Apresentações de corais, bandas e conjuntos em
público, em praças, em escolas, em bancos, em repartições;
5) Distribuição de Bíblias a autoridades;
6) Literatura (folhetos) bem selecionados;
7) Exposição de Bíblias e de literatura evangélica;
8) Artigos em jornais da cidade;
9) Telefone;
10) Cartas e cartões-postais; e muitos outros...
BIBLIOGRAFIA
FERREIRA, Dam. Evangelismo total Rio, Juerp, 1990.
HESSELGRAVE, David J. Plantando igrejas. 5. Paulo,
Vida Nova, s.d.
LINTHICUM, Roberto. A transformação da cidade. Belo
Horizonte, Missão Editora, 1990.
A maneira mais
rápida de se evangelizar é pregar o Evangelho para as massas, como foi feito no
dia do Pentecostes. Pedro Inspirado e Cheio do ESPÍRITO SANTO pregou a uma
multidão de peregrinos em Jerusalém e o resultado foi a salvação de milhares de
pessoas que levaram o Evangelho à seus familiares e concidadãos em toda a parte
habitada da época.
Veja que Paulo
gostava de pregar em locais muito freqüentados como a beira do rio (local de
reunião de lavadeiras de roupa e comércio) e Areópago (local de concentração de
filósofos e curiosos).
JESUS já tinha
ensinado pregando nas montanhas, beira de rio, lago e mar. Também pregava no
templo e sinagogas onde o povo se reunia.
fonte apazdosenhor.org
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