MINISTERIO DE EVANGELISTA GMUH
MINISTERIO DE EVANGELISTA
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Atos 8.26-35; Efésios 4.11
Atos 8.26 - E o anjo do Senhor falou a
Filipe, dizendo: Levanta-te e vai para a banda do Sul, ao caminho que desce de
Jerusalém para Gaza, que está deserto. 27 - E levantou-se e foi. E eis que um
homem etíope, eunuco, mordomo-mor de Candace, rainha dos etíopes, o qual era
superintendente de todos os seus tesouros e tinha ido a Jerusalém para
adoração, 28 - regressava e, assentado no seu carro, lia o profeta Isaías. 29 -
E disse o ESPÍRITO a Filipe: Chega-te e ajunta-te a esse carro. 30 - E,
correndo Filipe, ouviu que lia o profeta Isaías e disse: Entendes tu o que lês?
31 - E ele disse: Como poderei entender, se alguém me não ensinar? E rogou a
Filipe que subisse e com ele se assentasse. 32 - E o lugar da Escritura que lia
era este: Foi levado como a ovelha para o matadouro; e, como está mudo o
cordeiro diante do que o tosquia, assim não abriu a sua boca. 33 - Na sua
humilhação, foi tirado o seu julgamento; e quem contará a sua geração? Porque a
sua vida é tirada da terra. 34 - E, respondendo o eunuco a Filipe, disse:
Rogo-te, de quem diz isto o profeta? De si mesmo ou de algum outro? 35 - Então,
Filipe, abrindo a boca e começando nesta Escritura, lhe anunciou a JESUS.
Efésios 4.11 - E ele mesmo deu uns para
apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para
pastores e doutores.
INTERAÇÃO
A grande tarefa da igreja no mundo é pregar o
Evangelho de JESUS de Nazaré.
O ministério de evangelista foi concedido por
DEUS para que, com graça e paixão, as pessoas fossem tocadas pela mensagem do
Evangelho. É um carisma de ordem ministerial que o nosso Pai do Céu dispensou
ao seu povo. É urgente que a igreja no Brasil proclame o Evangelho simples aos
quatro cantos deste país, apontando para temas acerca da salvação, do perdão do
pecado em JESUS e do amor ao próximo. É bem possível haver frequentadores de
uma igreja evangélica que nunca ouviram falar desses temas.
OBJETIVOS - Após a aula, o aluno
deverá estar apto a:
Estudar sobre o envio dos setenta.
Refletir sobre a tarefa inacabada
da Grande Comissão.
Compreender o papel do evangelista em
o Novo Testamento.
PALAVRA-CHAVE
Evangelista: Obreiro especialmente
vocacionado, a fim de proclamar o Evangelho de nosso Senhor JESUS CRISTO.
I - JESUS ENVIA OS SETENTA (Lc
10.1-20)
1. São poucos os que anunciam.
2. Enviados para o meio de lobos.
3. Os sinais e as maravilhas
confirmam a Palavra.
II - A GRANDE COMISSÃO (Mt
28.19,20; Mc 16.15-20)
1. O alcance da Grande Comissão.
2. O mundo está dividido em dois
grupos.
3. A Grande Comissão hoje.
Ill - O DOM MINISTERIAL DE
EVANGELISTA
1. O conceito de evangelista.
2. O papel do evangelista.
3. A finalidade do ministério do
evangelista.
SINOPSE DO TÓPICO (1) JESUS enviou os setenta
para pregar a mensagem do Reino de DEUS e deu-lhes poder para confirmar a
Palavra.
SINOPSE DO TÓPICO (2) A Grande Comissão ordenada
por JESUS de Nazaré ainda é uma tarefa inacabada.
SINOPSE DO TÓPICO (3) O papel do evangelista é
exercer o ministério dado pelo Altíssimo como arauto de DEUS.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
ARAÚJO, Carlos Alberto R. A Igreja dos Apóstolos. l. ed. Rio de janeiro: CPAD, 2012.
FERNANDO, Ajith. Ministério dirigido por JESUS. l. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2013.
NORTON, Stanley M. A Doutrina do ESPÍRITO SANTO: no
Antigo e Novo Testamento. 12.
ed. Rio de janeiro: CPAD, 2012.
Meus Comentários - Ev. Luiz
Henrique
A realidade missionária no Brasil,
atualmente, é raquítica e chega a ser ridícula. Uma igreja no interior do
estado mais pobre do Brasil tem mais missionários do que a sede da Assembleia
de DEUS no Brasil, na maior cidade do país. essa mesma igreja tem mais
missionários do que igrejas de cidades como Rio de Janeiro, Belo Horizonte,
Vitória, Recife, Natal, Fortaleza, Belém, Salvador, Teresina, Palmas, João
Pessoa, Goiânia, Porto Alegre, Curitiba, Florianópolis, Brasília, São Luis,
Manaus, Porto Velho, Campo Grande, Cuiabá, etc... é uma vergonha para Quem deu
uma ordem expressa para sua igreja: "E disse-lhes: Ide por todo o mundo,
pregai o evangelho a toda criatura".Marcos 16:15
"Mas recebereis a virtude do
ESPÍRITO SANTO, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em
Jerusalém como em toda Judéia e Samaria e até aos confins da terra."
É inacreditável que ainda existam pastores
que acreditem que só devem enviar missionários para outras cidades, estados e
países depois de evangelizarem seu próprio bairro ou cidade. A bíblia diz
"TANTO em Jerusalém" e diz "COMO", quer dizer ao mesmo
tempo evangelizamos nossa área como as outras áreas do mundo inteiro.
"E também Saulo consentiu na
morte dele. E fez-se naquele dia uma grande perseguição contra a igreja que
estava em Jerusalém; e todos foram dispersos pelas terras da Judéia e de
Samaria, exceto os apóstolos". Atos 8:1
Às vezes DEUS permite uma perseguição à
igreja para ela obedeça seu IDE (Ide Depressa Evangelizar). DEUS não manda a
perseguição, ELE permite por causa de nossa desobediência.
"E eis que sobre vós envio a
promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto
sejais revestidos de poder". (Lucas 24:49).
Outras vezes vemos igrejas que vão sem
obedecer à Palavra de DEUS que diz para ficar em Jerusalém até receber poder para ir. Primeiro deve-se buscar
poder, batismo no ESPÍRITO
SANTO, depois deve-se ir e receber capacitação para exercer a função com Dons do ESPÍRITO SANTO.
"E na igreja que estava em
Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé e Simeão chamado
Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes o tetrarca, e
Saulo. E, servindo eles ao
Senhor, e jejuando, disse o ESPÍRITO SANTO: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para
a obra a que os tenho chamado. Então, jejuando e orando, e pondo sobre eles as
mãos, os despediram". (Atos 13:1-3).
A igreja deve ter profetas e doutores que servem à igreja, esses
profetas e doutores devem jejuar e orar buscando orientação de DEUS. certamente
o ESPÍRITO SANTO orientará a
igreja sobre quem deve ser enviado para evangelizar. Existem muitos Paulos e
Barnabés que estão esperando para serem enviados pelo mundo. dê uma olhadinha a
seu redor e você encontrará gente apaixonada por almas.
"Como nada, que útil seja,
deixei de vos anunciar, e ensinar publicamente e pelas casas", Atos 20:20
Se construíssemos pequenos templos para 200
pessoas, numa distância de 300 metros um do outro, em nossa cidade,
evangelizaríamos muito mais e melhor do que gastar verdadeiras fortunas
construindo mega-templos para serem usados três vezes por semana. Se fossem
pequenos templos e com poucas pessoas nossos pastores visitariam essas pessoas
e os aconselharia e poderiam evangelizar essa área muito melhor. Haveria mais
união, menos diferenças e mais amor. Todos teriam um mesmo objetivo, ganhar
almas.
Mesmo que construam grandes templos, se
tiverem muitos missionários, mas pelo menos usem o dinheiro de maneira honesta
para construírem de acordo com suas necessidades. Como pode uma cidade do
interior do estado mais pobre do Brasil, com cerca de 250 mil habitantes,
construir uma igreja para 12 mil pessoas, enquanto a sede da maior cidade do
Brasil, com mais de 10 milhões de habitantes, constrói uma sede para
apenas 10 mil pessoas? Alguma coisa está errada.
O padrão de Atos dos Apóstolos
nos ensina como fazer missões - Primeiro Milagres, depois ajuntamento de
pessoas, depois pregação do Evangelho, depois muitas conversões, depois batismo
nas águas, depois batismo no ESPÍRITO SANTO, depois treinamento desses novos
crentes para dirigirem uma nova igreja e serem missionários tanto em sua cidade
como em todo o mundo
Sobre ter mais de um ministério
em um mesmo ministro
Assim como podemos cada um de nós ter todos
os dons do ESPÍRITO SANTO (9), também podemos ter todos os ministérios (5) em
um só ministro. JESUS assim os teve e Paulo (em meu entendimento) assim os
teve.
Filipe, o evangelista autêntico
“Entrementes, os que foram
dispersos iam por toda parte pregando a palavra. Filipe, descendo à
cidade de Samaria, anunciava-lhes a CRISTO. As multidões atendiam,
unânimes, às coisas que Filipe dizia, ouvindo e vendo os sinais que ele
operava. Pois os espíritos imundos de muitos possessos saíam gritando em
alta voz; e muitos paralíticos e coxos foram curados. E houve grande
alegria naquela cidade.” Atos 8:4-8
Eis aqui o padrão de Atos dos
Apóstolos - Por que
as multidões se convertiam? Porque ouviam e viam os sinais que Filipe fazia por
intermédio do ESPÍRITO
SANTO.
Que sinais podemos Ouvir de um legítimo evangelista, vindos do
ESPÍRITO SANTO? Línguas, Dom de línguas, interpretação de línguas, profecias,
Dom Palavra de Sabedoria, Dom Palavra de Conhecimento.
Que sinais podemos Ver, vindos de um legítimo evangelista,
usado pelo ESPÍRITO SANTO? Dom da Fé, Dom de Discernimento de espíritos, Dom de
Milagres, Dons de Curar.
Novamente o padrão de Atos está em usos -
Milagres, ajuntamento de pessoas, pregação do evangelho, multidões de convertidos.
Filipe tinha uma família de bom
testemunho
Filipe, um dos sete diáconos que foram
escolhidos pelo povo, conforme ordem dos Apóstolos, para se dedicarem na
solução da falta de alimento às viúvas helenistas (veja em At 6,1-6). Filipe,
porém, não ficou apenas neste serviço, mas torna-se pregador do Evangelho em
Samaria. Depois o vemos como evangelista em Cesareia. Filipe morava com sua
família em Cesaréia. As suas quatro filhas, conforme vemos em At 21,9 também
eram profetizas, isto é, tinham o dom de profecia. Que bênção de família para
um evangelista bem-sucedido.
E no dia seguinte,
partindo dali Paulo, e nós que com ele estávamos, chegamos a Cesaréia; e,
entrando em casa de Filipe, o evangelista, que era um dos sete, ficamos com
ele.
E tinha este quatro filhas virgens, que profetizavam.
Atos 21:8-9
E no dia seguinte, partindo dali Paulo, e nós
que com ele estávamos, chegamos a Cesaréia; e, entrando em casa de Filipe, o
evangelista, que era um dos sete, ficamos com ele. E tinha este quatro filhas
virgens, que profetizavam. Atos 21:8-9.
Evangelista não é título, é
ministério, é pessoa dada por CRISTO à Igreja
Se você tem o título de evangelista, mas não
ganhou nem uma alma este mês, você pode ser tudo, menos evangelista. OK?
Evangelista é apaixonado por almas.
Evangelista amanhece e anoitece pensando em ganhar almas, aliás não só pensa,
ganha mesmo.
Acontecia ali, em Samaria, um
grave problema - Havia milagres, conversões, alegria, mas não havia batismo no
ESPÍRITO SANTO.
As boas notícias de Samaria chegaram à
Jerusalém, e logo os apóstolos enviaram Pedro e João (o melhor que tinham),
com a finalidade de orarem pelos irmãos para que recebessem o batismo no
ESPÍRITO SANTO. Quando Pedro e João oraram por eles receberam, então, o batismo
no ESPÍRITO SANTO.
Os quais, tendo descido, oraram por eles para
que recebessem o ESPÍRITO SANTO (Porque sobre nenhum deles tinha ainda descido;
mas somente eram batizados em nome do Senhor JESUS). Então lhes impuseram as
mãos, e receberam o ESPÍRITO SANTO. Atos 8:15-17
A organização da igreja hoje é
feita de maneira humana
Existem muitos evangelistas que não são nem
diáconos em suas congregações. Falta a visão da liderança sobre o dom de cada
um. DEUS chamou, escolheu, preparou, capacitou, mas os homens não enxergaram,
ou porque são cegos ou porque não querem enxergar com medo de perderem suas
posições talvez. Fazer o que? O legítimo obreiro, ministro chamado por DEUS,
não pede cargo, não inveja cargo, não busca reconhecimento ou elogio humano. Na
bíblia, os grandes homens que DEUS chamou e escolheu, não queriam suas funções.
Achavam que não mereciam e que não conseguiriam fazer o que DEUS queria que
eles realizassem. Preferiam que DEUS chamasse outros. Durante o tempo que
dirigi igreja não encontrei nenhum bom obreiro que pedisse cargo, mas os
péssimos obreiros sempre estavam pedindo, outros exigindo, outros bajulando
para serem reconhecidos. Os bons só assumem quando são chamados pessoalmente e
com insistência.
Nossa organização ministerial não é satisfatória e nem reconhece as peças
principais da igreja. devido a isso estamos passando pela pior fase da igreja
até hoje. Milhares de crentes nominais apenas. As escolas bíblicas dominicais
nunca estiveram tão vazias. os cultos de doutrina nunca estiveram tão vazios.
Você se lembra, se é que já viu, de algum aleijado levantar e sair andando
durante um culto em sua igreja? um cego de nascença vendo, um surdo de nascença
vendo? Dom ministerial só para quem já é batizado no ESPÍRITO SANTO e tem pelo
menos um dom do ESPÍRITO SANTO, a meu ver. Não temos ministro legítimo na
bíblia que não tivesse essas coisas funcionando em seus ministérios.
As credenciais de um verdadeiro
ministro chamado e escolhido por CRISTO
As credenciais de um verdadeiro ministro são
os sinais e maravilhas que DEUS opera através do mesmo. Não importa o título,
importa o que DEUS pensa a respeito do obreiro. DEUS confirma sua escolha com
sinais, prodígio e maravilhas. --- Os sinais do meu apostolado foram
manifestados entre vós com toda a paciência, por sinais, prodígios e
maravilhas. 2 Coríntios 12:12 --- E Estêvão, cheio de fé e de poder, fazia
prodígios e grandes sinais entre o povo. Atos 6:8 -- E em toda a alma havia
temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos. Atos 2:43 ---
Testificando também DEUS com eles, por sinais, e milagres, e várias maravilhas
e dons do ESPÍRITO SANTO, distribuídos por sua vontade? Hebreus 2:4 --- Pelo
poder dos sinais e prodígios, e pela virtude do ESPÍRITO de DEUS; de maneira
que desde Jerusalém, e arredores, até ao Ilírico, tenho pregado o evangelho de
JESUS CRISTO. Romanos 15:19, etc...
Exemplo de um legítimo
evangelista
Bem diferente de um crente que normalmente
evangeliza - todos podem e devem evangelizar e alguns até recebem título de
Evangelista, mas poucos têm o Dom Ministerial de Evangelista - Evangelista
Reinhard Bonnke é mais conhecido por suas grandes campanhas evangelísticas no
Continente Africano. Filho de um pastor, Reinhard aceitou a JESUS quando tinha
nove anos de idade, e recebeu seu chamado para os campos missionários da África
antes de se tornar um adolescente. Depois de atender um Seminário no País de
Gales e pastorear na Alemanha por sete anos, ele começou seu trabalho
missionário na África. Ele começou fazendo cultos em uma tenda que acomodava
800 pessoas. A medida que o número de pessoas começaram a crescer, tendas
maiores foram adquiridas. Finalmente em 1984 ele encomendou a construção da
maior estrutura móvel do mundo – uma tenda capaz de comportar 34.000 pessoas
sentadas. E ainda, pouco tempo depois o número de pessoas que atendiam aos
cultos excederam a capacidade desta tenda. Reinhard Bonnke fundou o ministério
internacional "CRISTO para todas as Nações", com escritórios
localizados na África, Alemanha, Reino Unido, Canadá, Singapura e nos Estados
Unidos. Desde o início do novo milênio, através da realização de eventos em
grande escala na África e outras partes do mundo, e também com o alvo de vermos
100 milhões de vidas relatarem sua decisão por JESUS CRISTO nesta década, 42
milhões de pessoas já responderam ao chamado do Evangelho. Além disso, ele é
conhecido por realizar as “Conferências do Fogo” em muitos países ao redor do
mundo. Estas conferências treinam e encorajam os líderes da igreja para o
evangelismo. Elas causaram um grande impacto e inspiraram muitas pessoas já
alcançarem uma dimensão maior em termos de evangelismo e ministério. Seu
ministério é confirmado com muitos milagres e maravilhas. Cegos vêm, surdos
ouvem, aleijados andam, etc... Glória a DEUS.
Alguém que se desvia perde os
dons que tinha antes?
Dons são dados pela graça e
misericórdia de DEUS, tanto os do ESPÍRITO SANTO, quanto os de CRISTO (Ef
4.11).
Imediatamente após o legítimo arrependimento
e confissão e reconciliação o crente está como estava antes de pecar. Fala em
línguas e os dons voltam a fluir. DEUS não se lembra mais de seus pecados. Nós
é que lembramos e não perdoamos. Alguém matou ou roubou, não pagou a conta que
devia, etc.... teve legítimo arrependimento e confissão de pecados, aceitou a
JESUS como único Senhor e Salvador, está perdoado, seus pecados não existem
mais para DEUS, mas ele vai para a cadeia pelos seus crimes cometidos.
Quanto à nossa atitude temos que aprender
perdoar de coração, segundo o amor de DEUS em nós.
Pastores são evangelistas?
Dificilmente um pastor será um evangelista.
Os pastores, em sua maioria, têm tentado convencer as pessoas de que têm algum
dom ministerial por terem um título de pastor, assim como alguns evangelistas e
professores. Na verdade dom ministerial não é dado por homens e sim por DEUS.
Não é por merecimento e sim pela graça de DEUS. E uma escolha soberana de DEUS.
Profetas e evangelistas da atualidade continuam como os antigos, como Elias,
Elizeu, Ágabo, Silas, Paulo, Barnabé, Apolo e outros mencionados em Atos dos
Apóstolos, bem como os que hoje andam escassos em nossos púlpitos. É raro, mas
ainda se vê algum de vez em quando - Trabalho com um evangelista que realmente
tem o ministério de evangelista, o evangelista Clebison Bandeira, aqui de
Imperatriz-MA. Em sua última cruzada geral, aqui em Imperatriz, ganhou mais de
mil almas para CRISTO (veja
http://www.apazdosenhor.org.br/p_index.php?pag=noticias&acao=exibir&id=1001).
Em Camboriú, no congresso de Missões, que aconteceu de 26/04/2014 a 05/05/2014,
ganhou mais 140 almas para CRISTO (http://www.portaldoceu.com.br/dvd-do-gmuh-2014---pastor-clebison-bandeira/).
DEUS cura muitas pessoas durante sua cruzadas e concede muitos milagres
financeiros também.
Na maioria das vezes a igreja coloca um
evangelista para ser pastor de uma igreja para poder sustentar esse obreiro e
isso finda em acabar com o ministério do evangelista. Pode-se ganhar um pastor,
mas também pode ocorrer de não se ter mais nem um evangelista e nem um pastor.
Quanto a esses artistas de palco,
com título de evangelistas, mandam o povo profetizar e eles mesmos dizem que
estão profetizando prosperidade e outras coisas desejadas pelo povo, são apenas
ignorantes da Palavra de DEUS e mercenários que assolam nossas igrejas em busca
da lã das néscias ovelhas. Quem as defenderá? Evangelista não está buscando
fama e nem dinheiro, mas almas. Recebe a mensagem diretamente de DEUS e a
transmite acompanhadas de milagres e maravilhas, pois DEUS confirma sua Palavra
assim.
Quanto aos dons que agem no evangelista são
principalmente os dons de poder, fé, milagres e curas, também acompanhados de
profecias, línguas e interpretação. Alguém pode ser usado em algum desses dons
esporadicamente, mas o evangelista sempre é usado assim. O evangelista é
apaixonado por almas. Pena que não podemos dar muitos exemplos de evangelistas
legítimos na Assembleia de DEUS de hoje, pois nossa denominação foi quase toda
corrompida pela liderança política e financeira que existe hoje comandando a
igreja. Oremos irmãos, DEUS tenha misericórdia de nós.
Lucas 10.7 - O evangelista e suas
exigências (salário-comida-hotel)
E ficai na mesma casa, comendo e bebendo do
que eles tiverem, pois digno é o obreiro de seu salário. Não andeis de casa em
casa. Lucas 10:7 - Isso indica ao evangelista que ele não deve ficar escolhendo
onde vai dormir, onde vai comer, não deve exigir salário. Eu faço palestras e
prego em todo o Brasil. Não cobro nada. Não como - faço jejum. Gosto de ficar
na casa de algum irmão ou do pastor, não gosto de hotéis, pois só dão despesa
para a igreja. Nós não vamos fazer turismo, vamos levar a mensagem de DEUS e
compartilhar nossos dons com os irmãos.
A CGADB deveria estipular um teto para os
"cachês" dos pregadores (evangelistas?) e cantores (artistas?). Já
passou da hora de dar um basta nesse comércio de celebridades em nossas
igrejas.
A cidade de Samaria era dominada por um
vigarista que os iludia com artes mágicas, mas, pelo poder de DEUS que agia
através de Filipe, até o mágico Simão se converteu.
O verdadeiro evangelista tem
intimidade com DEUS
E o anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: Levanta-te, e
vai para o lado do sul, ao caminho que desce de Jerusalém para Gaza, que está
deserta. Atos 8:26
E o anjo do Senhor falou a
Filipe, dizendo: Levanta-te, e vai para o lado do sul, ao caminho que desce de
Jerusalém para Gaza, que está deserta.
Atos 8:26
O evangelista Filipe não só testificava
publicamente, mas também fazia evangelismo pessoal. Foi enviado por DEUS para
pregar ao primeiro ministro da rainha da Etiópia (o título honorífico dela era
Candace, assim comoexistem outros em diversos países, tais como
barão, duque, visconde, conde; no Japão: San, Kun, Chan, Senpai e kōhai,
etc....
O legítimo evangelista conhece as
escrituras e sua mensagem é JESUS CRISTO:
E, correndo Filipe, ouviu
que lia o profeta Isaías, e disse: Entendes tu o que lês?
Atos 8:30
E, correndo Filipe, ouviu que lia o profeta Isaías, e
disse: Entendes tu o que lês? Atos 8:30
Então Filipe, abrindo a sua boca, e começando nesta
Escritura, lhe anunciou a JESUS. Atos 8:35
O verdadeiro evangelista é
direcionado para a cidade ou lugar que DEUS manda:
E, quando saíram da água,
o ESPÍRITO do Senhor arrebatou a Filipe, e não o viu mais o eunuco; e,
jubiloso, continuou o seu caminho.
E Filipe se achou em Azoto e, indo passando, anunciava o evangelho em todas as
cidades, até que chegou a Cesaréia.
Atos 8:39-40
E, quando saíram da água, o ESPÍRITO do Senhor arrebatou
a Filipe, e não o viu mais o eunuco; e, jubiloso, continuou o seu caminho. E
Filipe se achou em Azoto e, indo passando, anunciava o evangelho em todas as
cidades, até que chegou a Cesaréia. Atos 8:39-40
O legítimo evangelista ama, isso é o amor de
DEUS derramado em seu coração. Esse amor arde, queima, sufoca, não nos deixa
parar e nem desanimar. Nossa comida é essa.
AMOR PELAS ALMAS
<http://ministeriofogonoaltar.blogspot.com.br/2012/12/amor-pelas-almas.html>
“... Fiz-me tudo para todos,
para, por todos os meios, chegar a salvar alguns” (1 Co 9.22). Consideremos:
1. O amor no coração de DEUS
“Porque DEUS amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para
que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16).
2. O amor no coração de JESUS
“E, vendo a multidão, teve grande compaixão deles, porque andavam desgarrados e
errantes como ovelhas que não têm pastor” (Mt 9.36).Vejamos:
- amor ao leproso (Mc 1.41);
- amor aos cegos (Mt 20.34);
- amor à viúva de Naim (Lc 7.13);
- amor a Jerusalém (Mt 23.37);
- amor às multidões (Mt 14.14; 15.32).
3- O amor no coração dos apóstolos
“E os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor
JESUS, e em todos eles havia abundante graça” (At 4.33).Vejamos:
- o amor de Paulo (At 20.23; 21.13; Rm 9.1-3; 10.1; 1 Co9.16-23);
- o amor de Pedro e João (At 3.1-8; 4.1,2,8,18-21).
4. O amor no coração dos diáconos
“E, descendo Filipe à cidade de Samaria, lhes pregava a CRISTO” (At 8.5);“E
apedrejaram a Estêvão, que em invocação dizia: Senhor JESUS, recebe o meu
espírito. E, pondo-se de joelhos, clamou com grande voz: Senhor, não lhes
imputes este pecado. E, tendo dito isto, adormeceu” (At 7.59,60).
5. O amor no coração da Igreja
“Mas os que andavam dispersos iam por toda parte anunciando a palavra” (At
8.4); “E os que foram dispersos pela perseguição que sucedeu por causa de
Estêvão caminharam até à Fenícia, Chipre e Antioquia, não anunciando a ninguém
a palavra senão somente aos judeus ”(At 11.19).
6. O amor no coração de alguns servos de DEUS na história -
Oração de evangelista é mais ou menos assim:
“Agora, deixem-me consumir por DEUS” — Henrique Martyn.
“Dá-me a Escócia ou morrerei” —John Knox.
“Se não queres dar-me almas, retira a minha”—Whitefield.
“Pai, dá-me estas almas ou eu morro” — Hyde.
TER PROFUNDO AMOR A JESUS
Porque eu estou pronto não só a ser ligado, mas ainda a morrer em Jerusalém
pelo nome do Senhor JESUS” (At 21.13); “... regozijando-se de terem sido
julgados dignos de padecer
afronta pelo nome de JESUS” (At 5.41);“Assim que, sabendo o temor que se deve
ao Senhor, persuadimos os homens à fé...” (2 Co 5.11); “Porque o amor de CRISTO
nos constrange...”
(2 Co 5.14).
O que está acontecendo com a
Europa
Na Europa acontece certos fenômenos que o PT
quer implantar aqui no Brasil.
Controle de natalidade - Abortos e Camisinhas - Todos sabem do programa do PT
sobre isso. Na Europa, tanto investiram nisso que agora a maioria da população
é velha e estão aposentados, sendo que não possuem força jovem para produzir e
pagar as aposentadorias dos mais velhos. como os muçulmanos têm pelo menos 4
filhos em cada família e podem ter 4 esposas cada homem, imaginem como têm
crescido.
Escalada do Islamismo - O PT vem estimulando construção de mesquitas por todo o
Brasil. na Europa eles já são maioria em setores importantes da economia e de
segurança.
Combate ao evangelho pentecostal - No Brasil os pentecostais são perseguidos
claramente pelo PT e os tradicionais, as ditas cessacionista, as históricas,
apoiam o PT por debaixo do pano para receberem apoio financeiro. Quem apoia aborto
consegue vantagens - Até a Universal anda comprando horários de todos os canais
para acabar com o horário de TV e Rádio das igrejas que são pentecostais ou
neopentecostais, tudo apoiado pela presidente. Na Europa as igrejas que eram
antes as enviadoras de missionários pelo mundo passaram a um esfriamento
pentecostal e se tornaram cessacionista e hoje já nem existem mais ou estão
sucumbidas pelo satanismo desenfreado que invadiu tais países.
O apoio a casamentos de gays e lésbicas liberados aqui no Brasil com o apoio
maciço do PT quer destruir a família tradicional para obrigar a continuação do
nascimento de filhos. A falsa adoção de crianças por parte de casais
homossexuais tem como objetivo recrutar crianças para ser parte de sua causa.
Na Europa aconteceu a falta de filhos e falta de mão de obra para trabalhar
exatamente devido à liberação de tudo isso. A falta de moralidade, a falta de
caráter, a falta de temor de DEUS está levando a Europa ao caos político,
financeiro, moral e religioso.
A única conclusão a que chegamos é a de que a
verdadeira igreja da Europa faliu. Vamos ter que evangelizar os
evangelizadores.
Fim de meus comentários - Ev.
Luiz Henrique.
Revista Ensinador Cristão CPAD,
n° 58, p.39.
Quem nunca ouviu falar do grande evangelista
do século recente, David Wilkerson? Além de verdadeiro profeta, ele ficou
conhecido pela evangelização realizada na cidade de Nova Iorque, na Time
Square, numa época onde as gangues de rua dominavam a cidade nova iorquina. O
livro "Entre a Cruz e o Punhal", logo depois transformado em filme,
conta a história desse grande evangelista que, pela graça do Pai, ganhou
aquelas gangues para CRISTO e plantou a maior igreja evangélica da localidade.
Eis um exemplo real de um evangelista separado por DEUS.
O Dom Ministerial do Evangelista foi
repartido pelo Pai para que o arauto de DEUS, através da mensagem centralizada
na cruz de CRISTO, ganhasse pessoas para o reino divino. Uma das maiores
características de um evangelista é a sua paixão por pregar às pessoas. Não importa
o número, se dezenas, centenas ou milhares. O que importa é pregar JESUS, o
crucificado. Esta é a mensagem do bom evangelista.
Temos de deixar bem claro a missão de um
evangelista: pregar o Evangelho. Anunciar o ministério da reconciliação de DEUS
com o mundo, porque foi para isso que o Senhor enviou o Filho: "DEUS
estava em CRISTO reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus
pecados, e pôs em nós a palavra da reconciliação" (2Co 5.19). Esta é a boa
nova que o autêntico evangelista tem de proclamar.
O Senhor nosso DEUS separa uns para
Evangelistas e os dá à sua Igreja. Isso não invalida o privilégio de anunciar o
Evangelho para o ser humano para todo aquele que se chama por discípulo de
JESUS de Nazaré.
COMENTÁRIOS DIVERSOS - INTRODUÇÃO
A Bíblia fala muito pouco sobre esse dom. Se compulsamos uma
concordância bíblica, só encontramos três referências a esse termo (At 21.8; Ef
4.11; 2 Tm 4.5). À luz da boa hermenêutica ou interpretação dos textos
bíblicos, podemos constatar que há homens, dentre os que se colocam à
disposição da obra do Senhor, que têm uma vocação prioritária para a pregação
do evangelho, para a proclamação das Boas-Novas de salvação, ou do kerigma,
numa linguagem mais bíblica ou teológica. Por isso, o evangelista consta da lista
dos “dons-ministeriais”, que são “dons de DEUS”, concedidos por CRISTO aos
homens, após sua retumbante vitória sobre a morte (cf. Ef 4.8-11). Ninguém é
superior a ninguém, no Reino de DEUS (Rm 12.5).
Nas últimas décadas, os evangelistas têm sido muito solicitados
para participarem de eventos, nas igrejas evangélicas. Alguns são excelentes
pregadores, que transmitem mensagens na unção de DEUS, demonstrando verdades
bíblicas com profundidade, atraindo os pecadores para CRISTO. Normalmente, os
evangelistas têm ministério itinerante. Vão buscar as almas, para que elas
sejam acolhidas nas igrejas locais, aos cuidados dos pastores, auxiliados pelos
discipuladores. A evangelização intensa só pode ter êxito se houver um
discipulado intensivo junto aos que se convertem por meio das pregações dos
evangelistas. Evangelizar sem discipular é semear sem cuidar das almas que se
convertem.
Os evangelistas são aqueles que dizem aos pecadores: “Venham para
CRISTO”, e os pastores, que cuidam do rebanho, são os que dizem: “Sejam
transformados pelo poder DEUS, e se integrem ao Corpo de CRISTO, que é a
Igreja”. Os ministérios se complementam. São importantes os Apóstolos,
profetas, evangelistas, pastores e doutores. Nessa complementaridade de
ministérios, podemos ver a palavra do profeta Isaías: “Um ao outro ajudou e ao
seu companheiro disse: Esforça-te!” (Is 41.6).
Assim, vamos estudar o papel e a missão do evangelista, com base
nos textos bíblicos que nos permitem avaliar esse importante dom ministerial,
tão necessário à igreja como os demais que constam das listas de ministérios
necessários ao bom funcionamento do Corpo de CRISTO, que é a Igreja, da qual
Ele é a Cabeça.
Elinaldo Renovato. Dons
espirituais & Ministeriais Servindo
a DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 94-95.
I - JESUS ENVIA OS SETENTA (Lc 10.1-20)
Os setenta podem ser vistos como apóstolos ou como evangelistas.
Apóstolos porque foram enviados por JESUS e evangelistas porque foram
transmitir as boas novas de salvação e os sinais os seguiram.
1. São poucos os que anunciam.
Após a eleição dos Doze, que constituíam o “Colégio Apostólico”,
tempos depois, JESUS resolveu escolher outros discípulos, em número de setenta,
para enviá-los como evangelistas a “a todas as cidades onde ele havia de ir” e
os organizou em equipes de evangelizadores, “de dois em dois” (Lc 10.1, 2). O
texto de Lucas, referente ao envio dos “outros setenta” é o mais substancial em
informações quanto ao seu desempenho apostólico. Algumas das mais importantes
afirmações de JESUS sobre seus enviados constam desse texto, ainda que não são
considerados participantes do “colégio apostólico”. Para distingui-los dos 12,
nesta análise, são chamados de evangelistas.
OS OBREIROS SÃO POUCOS
Ao enviar os setenta, JESUS asseverou que “Grande é, em verdade a
seara, mas os obreiros são poucos” (Lc 10.2a). Diante dessa realidade, JESUS
exorta a que devemos rogar ao Senhor da seara, para “que envie obreiros para a
sua seara” (Lc 10.2b).
Elinaldo Renovato. Dons
espirituais & Ministeriais Servindo
a DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 95-96.
Designou o Senhor ainda outros setenta (1). Lucas não quer dizer
que CRISTO tinha enviado setenta anteriormente, mas que os setenta eram
adicionais aos doze que haviam sido enviados. Lucas é o único autor de
Evangelho que registra este episódio, mas ele é, também, o único a tratar (em
detalhes) o ministério na Peréia, do qual é parte.
O simples fato de que JESUS tinha estes muitos discípulos dignos
de confiança é significativo. Muitas vezes nos esquecemos de que Ele tinha
muitos seguidores leais.
Mandou-os... de dois em dois. Para ajuda mútua e encorajamento. A
todas as cidades e lugares aonde ele havia de ir. Estes deveriam preparar a visita
dele a essas cidades. Neste momento, os doze apóstolos estavam com Ele; os
setenta foram adiante da sua face. E possível que cada uma dessas duplas de
discípulos fosse a apenas uma cidade e ficasse por lá, pregando, ensinando e
preparando, em outros aspectos, a visita de JESUS. Isto totalizaria trinta e
cinco cidades e aldeias visitadas por JESUS em seu ministério na Peréia, e Ele
dificilmente visitaria muitas mais em um período de seis ou sete meses, a menos
que suas visitas fossem muito breves.
Do versículo 2 até o 16, JESUS dá instruções e admoestações aos
setenta. Muitas destas são instruções iguais ou semelhantes às instruções dadas
em várias ocasiões aos doze apóstolos. É mais razoável que JESUS tenha dado as
mesmas admoestações por duas vezes, se as exigências das situações fossem as
mesmas. Qualquer líder da igreja admoestando grupos de obreiros inevitavelmente
repetiria vários pontos, pois todos eles precisariam basicamente das mesmas
instruções.
Grande é, em verdade, a seara, mas os obreiros são poucos (2). A
metáfora da seara parece ter sido uma das favoritas de JESUS. A seara das almas
humanas sempre foi grande e os obreiros sempre foram, tragicamente, poucos. É a
fatal falta de interesse do homem pelos seus companheiros que mantém este número
tão pequeno.
Rogai, pois, ao Senhor da seara que envie obreiros para a sua
seara. Levar a seara ao celeiro é nossa responsabilidade. E conseguir os
obreiros necessários é, em parte, nossa responsabilidade. Devemos enxergar as
necessidades e rogar que o Senhor envie obreiros adicionais.
Charles L. Childers. Comentário
Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 6. pag. 409-410.
Estes setenta, embora não o servissem de forma tão próxima e tão
constantemente quanto os doze, eram, no entanto, os ouvintes constantes de sua
doutrina, as testemunhas dos seus milagres, e criam nele. Estes setenta são
aqueles de quem Pedro fala como “os varões que conviveram conosco todo o tempo
em que o Senhor JESUS entrou e saiu dentre nós,” e faziam parte dos cento e
vinte ali mencionados, Atos 1.15,21. Podemos supor que muitos destes que foram
os companheiros dos apóstolos, de quem lemos em Atos e nas Epístolas, faziam
parte destes setenta discípulos.
Havia trabalho para tantos ministros, e ouvintes para tantos
pregadores; assim o grão da semente de mostarda começou a crescer, e o sabor do
fermento a se espalhar pela refeição, para a fermentação do todo.
Devemos supor, embora não esteja registrado, que CRISTO logo em
seguida foi a todos estes lugares em que agora os enviou, embora Ele pudesse
ficar apenas por pouco tempo em um lugar. Duas coisas eles foram ordenados a
fazer, o mesmo que CRISTO fez onde quer que tenha ido: 1. Eles deviam curar os
enfermos (v. 9), curá-los em nome de JESUS, o que faria com que as pessoas
desejassem ver este JESUS, e estivessem prontas a receber aquele cujo Nome era
tão poderoso. 2. Eles deviam anunciar a chegada do Reino de DEUS, a sua chegada
até eles: “Dizei-lhes: É chegado a vós o Reino de DEUS, e agora sereis
admitidos nele, se apenas olhardes ao vosso redor. Agora é o dia da vossa
visitação, sabei e entendei”. E bom estarmos conscientes das nossas vantagens e
oportunidades, para que possamos aproveitá-las. Quando o Reino de DEUS chega
até nós, devemos prosseguir, indo de encontro a ele.
HENRY. Matthew. Comentário
Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição completa. Editora CPAD. pag. 596-597.
10.1 Muito mais que doze pessoas vinham seguindo a JESUS. De
acordo com 1 Coríntios 15.6, JESUS tinha pelo menos quinhentos seguidores na
época em que concluiu seu ministério. Um grupo de 120 destes seguidores foi a
Jerusalém para dar início à igreja ali (At 1.15). Aqui JESUS designa um grupo
de setenta para preparar algumas cidades para sua visita posterior.
O número 72 é encontrado nos primeiros manuscritos gregos. Este
número é significativo porque era, de acordo com Gn 10, o número de nações do
mundo, de acordo com a Septuaginta.
JESUS estava mostrando simbolicamente que todas as nações do mundo
um dia ouviriam a mensagem. Isto incluiria os gentios um ponto importante para
o público de Lucas.
No serviço cristão, não há desemprego. DEUS tem trabalho
suficiente para todos. Nenhum crente deve ficar sentado e olhar os outros
trabalhando, porque a seara é grande.
Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. pag. 392.
2. Enviados para o meio de lobos.
No tempo de JESUS, os evangelizadores, ou evangelistas, enfrentariam
situações comparáveis a cordeiros no meio de lobos (Lc 10.3). Certamente, os
setenta puderam sentir de perto o cumprimento da advertência do Senhor. Devem
ter sido rejeitados, aborrecidos e perseguidos, até com ameaça de morte. Nos
dias atuais, os que são enviados por CRISTO, para levarem a mensagem do
evangelho a certas regiões do mundo, vivem em constante risco de morrer. Desde
o século passado, e no presente, de cada três pessoas que morrem por causa de
sua fé, uma é cristã. Mais cristãos foram mortos nas últimas décadas, do que em
toda a história de Igreja de CRISTO. Daí, porque a maior parte dos missionários
está radicada onde já existem muitos obreiros. Poucos são os que se destinam a
lugares inóspitos e ameaçadores. E compreensível, até certo ponto, mas JESUS
mandou pregar o evangelho a toda criatura.
E a tendência da perseguição aos servos de JESUS é de acentuar-se
cada vez mais. Na maioria dos países do Ocidente, o Diabo tem levantado a
perseguição institucional, através de governos, dos legislativos e do
Judiciário, mediante a elaboração e aprovação de leis que dificultam e ameaçam
a liberdade para a pregação do evangelho. São “as portas do inferno”, através
das “leis injustas” (Is 10.1). Elas não prevalecerão, como profetizou JESUS, mas
perturbarão e causarão grandes problemas à missão da Igreja. Mas será por um
tempo. Quando JESUS intervier, na sua Vinda, os “lobos” serão aniquilados.
Elinaldo Renovato. Dons
espirituais & Ministeriais Servindo
a DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 96-97.
Eis que vos mando como cordeiros ao meio de lobos (3). Que
paradoxo: Cordeiros saindo para salvar ovelhas de lobos! Aqui está a
simplicidade unida ao desamparo: nenhuma arma carnal como defesa. Mas DEUS tem
uma maneira de criar a força a partir da fraqueza, e de usar até a morte como
uma arma da vitória e da vida. Aqui vemos a supremacia de CRISTO. Ele é o maior
Vencedor do mundo, e ainda assim as suas forças não foram utilizadas no que se
refere à defesa carnal ou terrena. Os cristãos têm sido assassinados aos
milhares, mas o avanço triunfal continua. A esta altura temos que parar e
meditar e ganhar uma nova luz e inspiração para a tarefa e a batalha dos dias
atuais. Não estamos desprotegidos, pois CRISTO está conosco. Uma vez que a
própria morte não nos vence, podemos começar a entender que somos imbatíveis.
Mas, se começarmos a nos equipar com armas carnais, estaremos caminhando em
direção à derrota.
Charles L. Childers. Comentário
Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 6. pag. 410.
Cabe notar que os discípulos não são enviados “aos lobos”, mas
“para o meio de lobos”. Isso ilustra o aspecto indizivelmente penoso do envio
dos mensageiros de JESUS. Essa palavra anuncia aos mensageiros a perseguição de
sua pessoa e a rejeição de sua mensagem. Isso é muito mais que “não acolher” ou
“não ouvir” a pregação.
O envio das ovelhas para o meio de lobos era proverbial em Israel.
Se a penetração dos lobos em um rebanho de ovelhas já representa um grande
perigo, quanto mais perigoso será enviar e remeter, contrariando todo o bom
senso, ovelhas isoladas para dentro de uma alcateia de lobos! As indefesas
ovelhas devem viver, atuar e permanecer entre lobos, e até mesmo superá-los.
Isto é inimaginável e inconcebível! Contudo, DEUS assim o determinou! Que não
esqueçamos isso especialmente quando os lobos se tornarem cada vez mais
numerosos e temíveis nos tempos finais! Foi o Senhor que o disse!
A segurança para um envio tão perigoso, o equipamento para uma
incumbência tão avessa à sensatez na luta entre ovelhas e lobos não está em
levar qualquer tipo de armamento, mas nas palavras: “Eu vos envio”. E isso
basta.
Assim como, pois, os setenta discípulos não devem estar munidos de
armas de defesa diante dos perigos no meio de lobos, assim eles também não
devem equipar-se com a bagagem usual de viagem. A instrução de que nem sequer
levem consigo algo além da roupa necessária para a caminhada, tem o objetivo de
que fiquem única e exclusivamente atentos ao cumprimento de seu envio.
Interpreta-se de diferentes maneiras o adendo de não saudar
ninguém no trajeto ou a caminho. Essa instrução de comportamento tem um
protótipo no AT (2Rs 4.29). De acordo com uma das interpretações, a palavra de
não saudar representa uma ordem referente à urgência. A saudação oriental é
muito demorada. Em um encontro desses, todos os votos costumeiros de bênção,
abraços, beijos, pedidos de informação e discursos podem causar uma parada que
consome tempo, e que é indesejável para quem tem pressa. Esta proibição de
forma alguma veta a simples e singela saudação: “Paz seja contigo!”
Fritz Rienecker. Comentário
Esperança Evangelho de Lucas. Editora
Evangélica Esperança.
3. Os sinais e as maravilhas confirmam a Palavra.
Os setenta evangelistas foram autorizados a curar os enfermos que
encontrassem nas cidades por onde haveriam de passar (Lc 10.9). A operação de
milagres fazia parte integrante da missão. Evangelização com milagres, sinais e
prodígios era a característica da atividade ministerial. Receberam “poder sobre
os espíritos imundos, para os expulsarem, e para curarem toda a enfermidade e
todo o mal” (Mt 10.1). Da mesma forma, os setenta evangelistas também estavam
investidos da mesma autoridade espiritual. Ao retornarem da missão, deram um
relatório positivo e vibrante do que lhes acontecera, quando saíram, em
cumprimento ao mandado de JESUS, de dois em dois (Lc 10.17).
O MAIOR PRIVILÉGIO DOS EVANGELISTAS
Na palavra aos setenta, JESUS os surpreendeu com uma declaração
desconcertante, ante a alegria e a comemoração pelos milagres que viram ser
realizados por seu intermédio. Curas, libertação de endemoninhados e outros
milagres, não seriam o auge do sucesso ministerial? Porém JESUS lhes fez saber
que maior privilégio do que operar milagres era ter o seus nomes “escritos nos
céus” (Lc 10.20). Discurso semelhante, JESUS proferiu, em determinada ocasião,
quando advertia seus seguidores acerca da operação de milagres, sem que a vida
do obreiro ou do pregador esteja em consonância com aquilo que prega.
No Sermão do Monte (Mt 7.21-23), de forma alguma JESUS quis
decepcionar ou minimizar o valor do trabalho dos evangelizadores. Mas quis
conscientizá-los de que ter o nome nos céus é o maior privilégio que um servo
de DEUS pode ter.
Elinaldo Renovato. Dons
espirituais & Ministeriais Servindo
a DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 97.
Eis que vos dou poder para pisar serpentes, e escorpiões, e toda a
força do Inimigo (19). Esta escritura tem, de fato, uma implicação literal, mas
o contexto parece exigir que o principal significado seja espiritual. Note como
JESUS faz uma analogia entre serpentes, e escorpiões, e toda a força do
Inimigo. Tanto os versículos anteriores como os posteriores se referem às
forças satânicas. A gramática desses versículos implica, também, que essas
serpentes e escorpiões estão incluídos nas forças do inimigo. O simbolismo é
comum para as forças satânicas ou demônios e até para o próprio Satanás. O
significado principal é que os cristãos têm poder para pisar triunfantemente
sobre os exércitos de Satanás, através do auxílio e da graça de JESUS CRISTO.
Charles L. Childers. Comentário
Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 6. pag. 411.
Observação minha - Ev. Luiz Henrique
Notemos que nos é dado todo poder sobre os poderes satânicos
Satanás que nada nos causará dano algum. As palavras todo e nada são
importantíssimas aqui.
Voltaram os setenta com alegria (v. 17); não reclamando da fadiga
de suas jornadas, nem da oposição e do desencorajamento com que eles se
depararam, mas alegres com o seu sucesso, especialmente por terem expulsado
muitos espíritos imundos: Senhor, pelo teu nome, até os demônios se nos
sujeitam. Embora apenas a cura dos enfermos seja mencionada em seu
comissionamento (v. 19), não há dúvida de que a expulsão de demônios estava
incluída, e nisto eles tiveram um sucesso maravilhoso.
1. Eles dão a CRISTO a glória por todo este resultado positivo: É
através do Teu Nome. Note que todas as nossas vitórias sobre Satanás são
obtidas pelo poder que vem de JESUS CRISTO. Ele deve ter todo o louvor; se a
obra for feita em seu Nome, a honra será devida ao seu Nome.
2. Eles se alegram com o conforto que há nisto; eles falam deste
assunto com um ar de exultação: Até os demônios, aqueles inimigos poderosos, se
nos sujeitam. Note que os santos não têm maior alegria ou satisfação em
quaisquer de seus triunfos do que quando triunfam sobre Satanás. Se os demônios
se nos sujeitam, quem pode nos resistir?
Que aceitação eles acharam no Senhor, e como Ele recebeu este
relato.
1. Ele confirmou o que eles disseram, por concordar com a sua
própria observação (v. 18): “O meu coração e os meus olhos acompanharam vocês;
eu notei o sucesso que tiveram, e vi Satanás, como um raio, cair do céu”.
Note que Satanás e o seu reino caem diante da pregação do
Evangelho. “Entendam como é”, disse CRISTO, “enquanto vocês ganham terreno, o
diabo perde terreno.” Ele cai como um raio do céu, tão repentinamente, tão
irrecuperavelmente, tão visivelmente, que todos podem percebê-lo, e dizer,
“Veja como o reino de Satanás cambaleia, veja como ele tropeça.”
2. Ele repetiu, ratificou, e aumentou o comissionamento deles: Eis
que vos dou poder para pisar serpentes, v. 19. Note que para aquele que possui,
e usa bem o que possui, mais lhe será dado. Eles haviam empregado seu poder
vigorosamente contra Satanás, e agora CRISTO lhes confia um poder maior. (1) Um
poder ofensivo, poder para pisar serpentes e escorpiões, demônios e espíritos
malignos, a antiga serpente: “Esmagareis a cabeça da serpente em meu Nome”, de
acordo com a primeira promessa, Gênesis 3.15. Vinde, calcai os vossos pés nos
pescoços destes inimigos; pisareis estes leões e serpentes onde quer que vos
encontreis com eles; vós os calcareis debaixo dos vossos pés, Salmos 91.13.
Pisareis todos os poderes do inimigo; e o Reino do Messias será estabelecido em
todos os lugares sobre as ruínas do reino de Satanás. Assim como os demônios se
vos sujeitam agora, eles ainda vos serão sujeitos. (2) Um poder defensivo:
“Nada vos fará dano algum; nem serpentes, nem escorpiões, se fordes castigados
com eles ou lançados em prisões e calabouços entre eles; não sereis feridos
pelas criaturas mais venenosas,” como aconteceu com Paulo (At 28.5), como é
prometido em Marcos 16.18. “Se os homens perversos forem como as serpentes para
vós, e habitardes entre estes escorpiões (como Ez 2.6), podereis desprezar a
fúria deles, e pisar neles; isto não precisará vos perturbar, pois eles não têm
nenhum poder contra vós, além do que eles receberam do alto; eles podem fazer
barulho, mas não podem ferir”. Podeis brincar sobre a toca da áspide, pois a
própria morte não ferirá nem destruirá, Isaías 11.8,19; 25.8.
3. Ele os instruiu a canalizarem a sua alegria para o motivo certo
(v. 20): Note que o poder de serem feitos filhos de DEUS deve ser mais
valorizado do que o poder de operar milagres. Aqueles cujos nomes estão
escritos nos céus jamais perecerão; eles são as ovelhas de CRISTO, a quem será
dada a vida eterna.
HENRY. Matthew. Comentário
Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição completa. Editora CPAD. pag. 599-600.
JESUS lhes disse que não se preocupassem com o que estivessem
comendo, mas que fizessem o que tinham vindo fazer - curar os enfermos (o que
era um sinal de que o reino era chegado) e proclamar às pessoas que era chegado
o reino de DEUS (veja também 10.11; 21.31).
Lc 10.10,11 JESUS também deu instruções caso seus discípulos
entrassem em uma cidade e não fossem recebidos. JESUS repetiu a instrução de
sacudir o pó daquela cidade dos seus pés como um anúncio público da sua
condenação (9.5).
Eles tinham visto resultados tremendos ao ministrar em nome de
JESUS e com a sua autoridade.
O seu ministério não deveria se tornar uma experiência de poder
que levasse ao orgulho, mas uma experiência de serviço cujas únicas motivações
fossem o amor a DEUS, e o desejo de que mais pessoas se unissem a eles no
reino.
Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. pag. 394-395.
As vitórias conquistadas até então sobre Satanás e a promessa do
Senhor de que farão façanhas ainda maiores são inúteis se não tiverem como fundamento
a salvação pessoal. Incomparavelmente mais preciosa do que possuir todas as
dádivas da graça é a própria graça de DEUS, transmitida a todos os verdadeiros
discípulos do Senhor pelo fato de que seus “nomes estão inscritos no livro da
vida”. Muitas vezes salienta-se na Escritura a importante ideia da inscrição
nos céus ou no livro da vida (cf. Êx 32.32; Sl 69.28; 87.6; 139.16; Is 4.3; Dn
12.1; Fp 4.3; Ap 3.5,12; 13.8; 20.12,15; 21.27; Hb 12.23). E
Fritz Rienecker. Comentário
Esperança Evangelho de Lucas. Editora
Evangélica Esperança.
II - A GRANDE COMISSÃO (Mt 28.19,20; Mc 16.15-20)
JESUS não nos mandou ir sozinhos, além de nos capacitar para ir,
ELE vai conosco, através do ESPÍRITO SANTO que habita em nós e possui todo o
poder necessário para realizarmos Sua obra (Obs. Minha - Ev. Henrique).
1. O alcance da Grande Comissão.
Nas suas palavras finais aos seus “onze” discípulos, após a
ressurreição, JESUS lhes deu a mais importante missão que poderia ser confiada
a homens. A ordem de irem “por todo o mundo” e pregarem “o evangelho a toda a
criatura” (Mc 16.15). Aquele mandato seria extensivo a todos os demais
discípulos, que o seguiam, e a todos os que haveriam de segui-lo ao longo dos
tempos, e até à sua vinda em glória. Foi o que se convencionou chamar de “A
Grande Comissão”. Eles foram comissionados para continuar a obra que o Mestre
iniciou, em seu ministério terreno.
Tem alcance mundial. Os
seguidores de JESUS deveriam ir “por todo o mundo” para levar as Boas-Novas de
salvação. Antes de qualquer outra incumbência, eles teriam que realizar o papel
de evangelistas, evangelizadores ou missionários, para buscarem as almas
perdidas para CRISTO. A missão de propagar o evangelho de CRISTO teria
que ser local, regional, nacional e transcultural, “por todo o mundo”.
Destina-se a todos os povos. Enquanto
os judeus entendiam que a salvação seria exclusiva para eles, que esperavam o
Messias, JESUS ultrapassou aquela visão limitada, e deu ordem a seus seguidores
para que levasse a mensagem do evangelho “a toda criatura”. A Igreja de JESUS é
“inclusiva” para os que o aceitam e abandonam o pecado. E é “exclusiva” para
quem quer ficar ao lado de CRISTO (Mt 12.30).
Os sinais aos que crerem. JESUS lhes mostrou que a eles e aos que
haviam de crer no evangelho, seriam concedidos recursos espirituais jamais
entregues a outras pessoas, para que pudessem alcançar a missão que lhes era
confiada naquele momento especial. Ante os olhares ansiosos e tensos, JESUS
lhes asseverou: “E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome,
expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão nas serpentes; e, se beberem
alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e imporão as mãos sobre os
enfermos e os curarão” (Mc 16.17, 18). Eles já tinham visto muitos sinais,
operados por CRISTO. Eles próprios tiveram experiências com sinais, operados
por CRISTO. Mas, na sua despedida, JESUS lhes assegurou que aqueles sinais não
seriam apenas para eles e sim para todos os “que crerem”.
Nos primórdios da Igreja, no período apostólico, todos esses
sinais foram realizados, exceto o de “beberem alguma coisa mortífera” (ou veneno)
sem sofrer qualquer dano.
O revestimento de Poder. A Grande Comissão exigiria um
revestimento de poder sobrenatural para sua eficácia. Antes de subir aos céus,
JESUS disse aos seus discípulos: “ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que
do alto sejais revestidos de poder. (Lc 24.49 — grifo nosso).
O revestimento de poder a que JESUS se referia era a descida do
batismo com o ESPÍRITO SANTO. Os discípulos já eram salvos. Já tinham recebido
o ESPÍRITO SANTO, no sopro de JESUS sobre eles (Jo 20.22). Mas, para
evangelizar, cumprindo a Grande Comissão, teria necessidade de um revestimento
de poder sobrenatural, que lhes daria graças, poder e unção para saírem pelo
mundo afora, enfrentando os mais difíceis obstáculos, e as mais cruéis
perseguições humana, de reis, imperadores e até de muitos que se dizem
cristãos.
Observação minha - Ev. Luiz Henrique
Também era a porta de entrada para que eles fossem capacitados com
os dons espirituais, tão necessários em sua obra de pregação do evangelho.
Os discípulos estavam preparados para a Missão, pois aprenderam
aos pés de JESUS, ao longo de uma convivência de cerca de três anos.
A virtude do ESPÍRITO SANTO era o que estava faltando aos
apóstolos ou evangelistas. Eles já eram salvos, mas teriam que aguardar “a
virtude do ESPÍRITO SANTO”, para serem testemunhas corajosas, enviadas ao meio
de “lobos devoradores” (Mt 7.15). E o revestimento veio sobre os discípulos, no
Dia de Pentecostes, quando receberam o batismo com o ESPÍRITO SANTO (At
2.1-13).
Elinaldo Renovato. Dons
espirituais & Ministeriais Servindo
a DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 98-100.
Observação minha - Ev. Luiz Henrique
Basta ver a diferença entre o Pedro antes do batismo no ESPÍRITO SANTO e o Pedro
depois do batismo no ESPÍRITO SANTO.
o batismo no
ESPÍRITO SANTO traz encorajamento, alegria, fé para pregar destemidamente o
evangelho do JESUS vivo e ressurreto.
DEUS deu a JESUS todo o poder sobre o céu e a terra. Com base
neste poder, JESUS disse aos seus discípulos ide e fazei discípulos (versão RA,
pregando, batizando e ensinando. “Fazer discípulos” significa educar novos
crentes sobre como seguir a JESUS, submeter-se à soberania de JESUS e assumir a
sua missão de serviço misericordioso. Batizar é importante porque une o crente
a JESUS CRISTO em sua morte para o pecado, e em sua ressurreição para uma nova
vida. O batismo simboliza a submissão a CRISTO, a disposição para viver segundo
a vontade de DEUS, e a identificação com o povo da aliança de DEUS. Batizar em
nome do Pai, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO é um gesto que afirma a realidade
da Trindade, o conceito que veio diretamente do próprio Senhor JESUS. Ele não
disse para batizar “nos nomes”, mas “em nome” do Pai, e do Filho, e do ESPÍRITO
SANTO.
Embora em missões anteriores JESUS tivesse enviado os discípulos
somente aos judeus (10.5,6), a sua missão a partir de então seria a todas as
nações. Isto é chamado de Grande Comissão. Os discípulos tinham sido bem
treinados, e tinham visto o Senhor ressuscitado. Eles estavam preparados para
ensinar as pessoas de todo o mundo a guardar todas as coisas que JESUS tinha
mandado. Isto também mostrava aos discípulos que haveria um período entre a
ressurreição de JESUS e a sua segunda vinda. Durante este período, os seguidores
de JESUS tinham uma missão a cumprir - evangelizar, batizar e ensinar as
pessoas a respeito de JESUS para que elas, por sua vez, pudessem fazer a mesma
coisa.
As boas novas do Evangelho deveriam ser transmitidas a todas as
nações. Com este mesmo poder e autoridade, JESUS ainda nos ordena que contemos
a outros sobre as boas-novas, e os façamos discípulos do reino. Nós devemos ir
– seja à porta ao lado ou a outro país - e fazer discípulos. Esta não é uma
opção, mas um mandamento a todos os que chamam JESUS de “Senhor”. Quando
obedecermos, sentiremos conforto sabendo que JESUS está conosco todos os dias.
Isto irá acontecer por meio da presença do ESPÍRITO SANTO na vida dos crentes.
O ESPÍRITO SANTO será a presença de JESUS que nunca os deixará (Jo 14.26; At
1.4,5). JESUS continua a estar conosco hoje, por meio do seu ESPÍRITO. Da mesma
maneira como este Evangelho se iniciou, ele termina - Emanuel, “DEUS conosco”
(1.23).
As profecias do Antigo Testamento e as genealogias do livro de
Mateus apresentam as credenciais de JESUS que o qualificam para ser o Rei do
mundo - não um líder militar ou político, como os discípulos originalmente
tinham esperado, mas o Rei espiritual que pode derrotar todo o mal e governar
no coração de cada pessoa. Se nos recusarmos a servir fielmente ao Rei, seremos
súditos desleais. Precisamos fazer de JESUS o Rei da nossa vida, e adorá-lo
como nosso Salvador, Rei e Senhor.
Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. pag. 171.
A ordem com
autoridade universal: Ide!
A essa ordem poderosa, Ide!, acrescenta-se a tríplice ordem de
serviço ou ordem de missão de JESUS:
• Façam que todos os povos sejam discípulos!;
• Batizem-nos!;
• Ensinem-nos!
A tríplice ordem missionária é emoldurada pela palavra da
onipresença: Eis que estou convosco todos os dias até a consumação do tempo.
A essência da comunidade de JESUS é que o JESUS Ressuscitado
continua vivo e atuante. É a comunhão oculta dos cristãos com o CRISTO, dos
chamados com o que chama, dos enviados com o que envia.
Fritz Rienecker. Comentário
Esperança Evangelho de Mateus. Editora
Evangélica Esperança.
TODAS AS NAÇÕES
JESUS enviou Seus servos para fazer discípulos em todas as nações
(ethne, povos; M t 28 .19).
Ele estava demonstrando ser muito mais do que o Rei dos judeus;
Ele é o CRISTO mundial, o Salvador do mundo inteiro.
Na verdade, JESUS vinha mostrando-lhes isso desde o início de Seu
ministério. Mateus deixou registrada Sua obra entre os gentios (Mt 8.10; 15.24)
e citou Isaías 42.1-4 para afirmar que JESUS anunciaria aos gentios [as nações]
o juízo e que, no seu nome, os gentios esperarão (M t 12 .14-21). Todavia, os
discípulos levaram muito tempo para acreditar nisso. Será que seu Senhor
poderia estar mesmo interessado em “todas as nações”? Eles mesmos não estavam.
Seria fácil aceitar a ideia de JESUS se importar com todo o mundo. Mas não
seria mais fácil ainda seguir um CRISTO que se adequasse apenas à cultura
deles?
Tiveram um grande choque cultural quando o ESPÍRITO SANTO trouxe
um novo grupo à comunhão, inclusive discípulos helenistas, samaritanos e,
enfim, gentios de todos os tipos (A t 6.1-7; 8 .4 -2 5 ; 10.1— 11.18; 15.1-21).
Um dos maiores desafios que os cristãos enfrentarão nos próximos
anos é o mesmo que os discípulos enfrentaram no início de seu movimento: não
somente crer em JESUS, mas também reconhecer que Ele de fato veio para todas as
nações. DEUS nos mandou fazer discípulos em todo o mundo porque isso faz parte
de Seu grande propósito de, a longo prazo, tornar Seu nome conhecido em todas
as nações (M l 1.11).
EarI D.
Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo
Comentário Bíblico Novo
Testamento com
recursos adicionais. Editora
Central Gospel. pag. 87.
I Cor 9.16. Ninguém merece crédito por fazer a sua obrigação.
Paulo diz: "Pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim se não anunciar
o evangelho!" (16) Sem dúvida, ele está se referindo à missão especial que
havia recebido no caminho de Damasco (At 9.6). Ele havia sido um “vaso
escolhido” para levar o nome de CRISTO diante dos gentios, e dos reis, e dos
filhos de Israel (At 9.15) e havia sido separado pelo ESPÍRITO SANTO para esse
trabalho especial (13.2). Portanto, seria impossível fazer outra coisa, a não
ser pregar o evangelho, sem se rebelar diretamente contra DEUS (Rm 1.14;
G11.15).
Pregar era a própria vida de Paulo, e ele “não podia parar de
fazê-lo, da mesma forma como não podia parar de respirar”. A palavra imposta
significa “fortemente impulsionado”. Assim, pregar era uma “função que ele foi
forçado a executar”. (forçado
por vontade própria, por assim dizer - Observação
minha - Ev. Luiz Henrique).
Donald S. Metz. Comentário
Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 8. pag. 314-315.
“Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois
me é imposta essa obrigação; e ai de mim se não anunciar o evangelho! E meu
encargo, meu negócio; é o trabalho para o qual eu fui constituído apóstolo
(cap. 1.17). Este é um dever expressamente colocado sobre mim. Não é em grau
algum um assunto de liberdade. É me imposta essa obrigação. Eu seria falso e
infiel à minha crença, eu violaria uma ordem clara e expressa, e ai de mim se
não anunciar o evangelho!”
Aqueles que são separados para o ofício do ministério têm o
encargo de pregar o evangelho. Ai deles se não o fizerem. Disso nada é
esperado. Quando ele renuncia ao seu direito por causa do evangelho e das almas
dos homens, embora ele não faça mais que a obrigação, ainda assim nega-se a si
mesmo, renuncia a seu privilégio e direito; ele faz mais do que seu encargo e
ofício em geral (e todas as vezes) o obriga a fazer. Ai dele se não pregar o
evangelho. Note que é uma alta realização na religião renunciar a nossos
próprios direitos para o bem de outros; isto dará direito a uma recompensa
peculiar da parte de DEUS.
HENRY. Matthew. Comentário
Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE Edição completa.Editora
CPAD. pag. 465.
2. O mundo está dividido em dois grupos.
O mundo seria dividido entre dois grupos. Os crentes e os
incrédulos. Os salvos e os perdidos. “Quem crer e for batizado será salvo; mas
quem não crer será condenado” (Mc 16.16). Em sua visão divina, JESUS não vê
nacionalidade, condição social, a cor da pele, raça, sexo, condição financeira
ou econômica (G1 3.28). Ele só vê dois tipos de pessoas. Os salvos pela fé e os
perdidos por causa da descrença nEle e em seu evangelho. Os homens não têm
alternativa. Ou creem para serem salvos ou permanecem na incredulidade para
serem perdidos. Os discípulos entenderam que a Grande Comissão é questão de
vida ou de morte. A escolha é de cada um. A responsabilidade é individual. Mas
a missão de pregar o evangelho é coletiva. E da Igreja. Os evangelistas têm um
papel de vanguarda. Mas a ninguém é dado o direito de escusar-se de ser
testemunha de JESUS.
Elinaldo Renovato. Dons
espirituais & Ministeriais Servindo
a DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 98-99.
Mc 16.16. E for batizado. A omissão de batizado com não-crer
mostra que JESUS não torna o batismo essencial para a salvação. A condenação
apoia-se na não-crença e não na falta de batismo. Portanto, a salvação apoia-se
na crença. O batismo é meramente a figura da nova vida, e não o meio de obtê-la.
A. T. ROBERTSON. Comentário
Mateus & Marcos. À Luz do
Novo Testamento Grego. Editora CPAD. pag. 545.
Gl 3.28. Tendo descrito a unidade que o crente tem com CRISTO,
Paulo se afasta momentaneamente para considerar as implicações desta unidade.
Não só o crente e seu Senhor foram unidos, mas todos os crentes foram unidos
como um em CRISTO. Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há
macho nem fêmea; porque todos vós sois um em CRISTO JESUS (28). Paulo foi feliz
na lista que fez das inerradicáveis distinções
sexuais, raciais e sociais. Isto mantém cristalinamente claro o fato de que o
significado pretendido por Paulo é espiritual. A existência destas distinções
terrenas continuará, mas desaparecem como obstáculos à comunhão no corpo de
CRISTO, e é sobre isso que ele está falando. Esta é a visão inspirada de Paulo
da unidade existente em CRISTO, porque DEUS não faz acepção de pessoas. Não nos
esqueçamos de que Paulo está lidando com a questão de posição preferencial com
DEUS. Na sociedade judaica, os judeus, os livres e os homens eram superiores;
ao passo que os gentios, os escravos e as mulheres eram inferiores. Estas
discriminações também se aplicavam à relação do indivíduo com DEUS. Paulo
argumenta que, à vista de DEUS, todos são um e iguais quando eles se chegam a
DEUS com base na fé em CRISTO.
Lógico que esta verdade não significa, nestes dias de crescente
esclarecimento na área social e racial, que o crente pode se retirar à sua
cidadela de unidade espiritual e ignorar suas responsabilidades como membro da
sociedade. Temos aqui uma verdade dedutível: As pessoas, que são de valor igual
aos olhos de DEUS, não devem ser discriminadas por que professam ser seguidoras
de CRISTO.
R. E. Howard. Comentário
Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 9. pag. 52-53.
Gl 3. 28. Essa dificuldade é removida quando o apóstolo diz:
“...todos quantos fostes batizados em CRISTO já vos revestistes de CRISTO”. Por
essa razão, parece que com o evangelho o batismo ocupa o lugar da circuncisão,
e que aqueles que pelo batismo são consagrados a CRISTO, e sinceramente creem
nele, devem receber todos os privilégios da condição cristã como os judeus
receberam por meio da circuncisão (Fp 3.3), e, portanto, não havia motivo para
a continuação desse ritual judaico. Observe que, em segundo lugar, em nosso
batismo nos revestimos de CRISTO. Com isso professamos nosso discipulado da
parte dele e somos obrigados a comportar-nos como seus servos fiéis. Quando
somos batizados em CRISTO, somos batizados na sua morte, para que como Ele morreu
e ressuscitou, nós também morramos para o pecado e caminhemos em novidade de
vida (Rm 6.3,4). Seremos grandemente beneficiados se lembrarmos disso com maior
frequência.
HENRY. Matthew. Comentário
Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE Edição completa.Editora
CPAD. pag. 557.
Gl 3.28 — O contexto desse versículo é a justificação pela fé em
CRISTO JESUS, o fato de JESUS ter redimido todos aqueles que creem nele, seja
judeu ou gentio (Gl 3.26—4-27). Distinções raciais, sociais e sexuais que tão facilmente
causam divisões não impedem uma pessoa de chegar a CRISTO para receber sua
misericórdia. Todas as pessoas podem se tornar herdeiros de DEUS e receber suas
promessas eternas (Gl 4-5-7).
EarI D.
Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário
Bíblico Novo
Testamento com
recursos adicionais. Editora
Central Gospel. pag. 489-490.
Tanto judeus como gregos, todos estão debaixo do pecado. Pela
lógica incessante e pelo discernimento psicológico penetrante, Paulo acaba de
provar que os judeus estão na mesma situação pecadora que os gentios; ambos
estão igualmente sob o pecado. Estar debaixo do pecado significa não somente
estar sob a culpa mas também sob o poder do pecado. “Estes dois significados, o
pecado como uma transgressão e o pecado como um poder, são exigidos pelo
contexto”. Mas muito mais importante do que qualquer análise deste tipo que eu
possa ter feito, prossegue Paulo, é o fato de que este é o veredicto das
Escrituras - como está escrito: Não há um justo, nem um sequer.
O pecado é tão universal que não admite sequer uma única exceção.
William M. Greathouse. Comentário
Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 8. pag. 62-63.
Rm 3. 9-12. Paulo revive sua afirmação da culpa e corrupção geral
da humanidade como um todo.
Aquele que, quando Ele mesmo tinha feito tudo, olhou para tudo que
havia feito, e viu que tudo era muito bom, agora que o homem arruinou tudo, Ele
olhou, e viu que tudo era muito mau. Vejamos os indivíduos. Observe:
1. Aquilo que é habitual, que é duplicado:
(1) Um defeito habitual de tudo que é bom. [1] “Não há um justo”,
nenhum que tenha um princípio bom e honesto de virtude, ou é governado por um
tal princípio, ninguém que retenha qualquer coisa daquela imagem de DEUS, que
consiste na justiça, na qual o homem foi criado; não, “...nem um sequer”;
implicando que se houvesse apenas um, DEUS o teria descoberto. Quando todo o
mundo era corrupto, DEUS colocou seus olhos sobre um justo, Noé. Mesmo aqueles
que através da graça são justificados e santificados não são, nenhum deles,
justos por natureza. Nenhuma justiça nasce conosco.
O homem segundo o coração do próprio DEUS declara-se concebido em
pecado. [2] “Não há ninguém que entenda” (v. 11). A falta está na corrupção do
entendimento, que é cego, depravado e pervertido. A religião e a justiça têm
tanta razão a seu lado que se as pessoas tivessem algum entendimento elas
seriam melhores e fariam o melhor. Mas eles não compreendem. Pecadores são
loucos. [3] “...ninguém que busque a DEUS”, isto é, ninguém que tenha qualquer
respeito por DEUS, qualquer desejo por Ele. Esses que não buscam a DEUS podem
com razão ser considerados como não tendo entendimento.
A mente carnal está tão longe de buscar a DEUS que realmente se
torna inimizade contra Ele. [4] “...juntamente se fizeram inúteis” (v. 12).
Aqueles que abandonaram a DEUS logo não servem para nada, são fardos inúteis da
terra. Os que estão em estado de pecado são as criaturas mais infrutíferas
debaixo do sol; por isso a sequência: [5] “Não há quem faça o bem”; não, nem um
homem justo sobre a terra, que faça o bem, e não peque (Ec 7.23). Mesmo
naquelas ações dos pecadores em que há alguma bondade, há um erro fundamental
no princípio e no fim; de maneira que se pode dizer: Não há ninguém que faça o
bem. Malum oritur ex quolibet defectu - Todo defeito é fonte do mal.
(2) Um defeito habitual em cada coisa que é má: “Todos se
extraviaram...”. Não é de admirar-se que esses que erram o caminho certo não
busquem a DEUS, a finalidade mais sublime. DEUS fez o homem no caminho, colocou-o
na direção certa, mas esse o abandonou. A corrupção da humanidade é uma
apostasia.
HENRY. Matthew. Comentário
Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE Edição completa.Editora
CPAD. pag. 323-324.
3. A Grande Comissão hoje.
Após a descida do espírito SANTO, aqueles discípulos que estavam
amedrontados, após a morte de JESUS, tornaram-se intrépidos evangelistas e
saíram levando o evangelho aonde puderam chegar, mesmo por causa da perseguição
religiosa. O apóstolo Pedro, que negara JESUS três vezes, antes de ser
revestido pelo ESPÍRITO SANTO, em sua primeira pregação, com altivez e coragem,
viu quase três mil almas aceitarem a CRISTO como Salvador. Suas palavras foram
simples e objetivas: “E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja
batizado em nome de JESUS CRISTO para perdão dos pecados, e recebereis o dom do
ESPÍRITO SANTO. Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a
todos os que estão longe: a tantos quantos DEUS, nosso Senhor, chamar” (At
2.38-41).
A Grande Comissão continua até à volta de JESUS. É “tarefa
inacabada”. Segundo estatísticas de organizações evangélicas, o mundo tem 33%
de cristãos, incluindo católicos evangélicos, espíritas, Testemunhas de Jeová,
e outros. Os evangélicos só alcançam 11 % do total da população mundial. Há
muito o que se fazer ainda, antes da vinda de JESUS. Há muito trabalho para as
igrejas, em busca das almas perdidas. Nesse contexto, o papel dos apóstolos
(missionários), profetas, evangelistas (pregadores), pastores e doutores é de
grande valia e necessidade. Que DEUS desperte mais obreiros genuínos para fazer
a sua obra evangelizadora no mundo. Que os verdadeiros evangelistas se
disponham a ganhar almas para CRISTO.
Elinaldo Renovato. Dons
espirituais & Ministeriais Servindo
a DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 100-101.
COMISSÃO, A GRANDE.
Um novo movimento religioso havia sido inaugurado, que só esperava
ser mundialmente propagado. Era preciso contar com a colaboração de obreiros
para esse mister. Esses obreiros precisavam ser devidamente instruídos e
comissionados. A obra missionária de JESUS precisava ter prosseguimento, pelo
esforço dos apóstolos e de seus discípulos. A Grande Comissão, pois, foi a
autoridade e a grande inspiração para esse imenso empreendimento.
2. Versões Bíblicas
«E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda
criatura. Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer, será
condenado». Além dessa comissão, temos uma adição concernente aos sinais que
acompanhariam aos que creem e pregam o evangelho. Eles expulsariam demônios,
falariam novas línguas, não seriam prejudicados com picadas de serpentes ou com
a ingestão de algum veneno, e curariam os enfermos.
A ideia das picadas de cobras provavelmente foi tomada por
empréstimo de Salmos 91:13. Quanto à Grande Comissão a versão de Mateus é a
mais comumente citada.
JESUS, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me
foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações,
batizando-os em nome do Pai e do Filho e do ESPÍRITO SANTO; ensinando-os a
guardar todas as causas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos
os dias, até à consumação do século» (Mat. 28:18-20).
A versão lucana da Grande Comissão aparece em Lc. 24:46-49,
vinculada à aparição de JESUS aos seus discípulos, imediatamente antes de sua
ascensão. Esse evento é registrado como se tivesse ocorrido no mesmo dia da
ressurreição, sem qualquer intervalo de tempo. O livro de Atos, entretanto,
informa-nos que entre a ressurreição e a ascensão houve um período de quarenta
dias, durante o qual JESUS apareceu por diversas vezes a seus discípulos, para
instruí-los acerca do reino de DEUS. No terceiro evangelho, a Grande Comissão
diz como segue: «...e lhes disse: Assim está escrito que o CRISTO havia de
padecer, e ressuscitar dentre os mortos no terceiro dia, e que em seu nome se
pregasse arrependimento para remissão de pecados, a todas as nações, começando
de Jerusalém. Vós sois testemunhas destas cousas. Eis que envio sobre vós a
promessa de meu Pai; permanecei, pois, na cidade, até que do alto sejais
revestidos de poder». No evangelho de Mateus, pois, aprendemos que a autoridade
divina foi investida nos apóstolos mediante o dom do ESPÍRITO. Em Marcos, essa
autoridade é ilustrada mediante os feitos miraculosos que os discípulos seriam
capazes de realizar. Novamente, devemos supor que todas as narrativas sumariam
o conteúdo geral de diversas declarações de JESUS, provavelmente feitas em
diversas ocasiões, e não em uma única oportunidade.
No evangelho de João. No quarto
evangelho a Grande Comissão é bastante diferente. não se tendo apoiado sobre as
mesmas fontes informativas que os evangelhos sinópticos, Ver João 20:21-23:
«...Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio. E, havendo dito isto,
soprou sobre eles, e disse: Recebei o ESPÍRITO SANTO. Se de alguns perdoardes
os pecados, são-lhe perdoados; se lhos retiverdes, são retidos». Tal como no
caso do evangelho de Lucas, encontramos menção ao ESPÍRITO, que dá poder e autoridade.
Tal como no caso desse evangelho, temos também a questão do perdão dos pecados,
com ênfase sobre o poder apostólico de perdoar ou de reter os pecados, mediante
o ministério deles.
No livro de Atos. Nesse
livro há menção ao intervalo de quarenta dias entre a ressurreição e a ascensão
de JESUS (Atos 1:3). Ali a Grande Comissão é vinculada de perto com a promessa
do ESPÍRITO (Atos 1:8). A própria Grande Comissão está contida nestas palavras:
«... mas recebereis poder, ao descer sobre vós o ESPÍRITO SANTO, e sereis
minhas testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até
aos confins da terra» (Atos J:8). A menção a Jerusalém, Judéia, Samaria, e,
finalmente, os confins da terra, é peculiar ao livro de Atos. E a ascensão é
registrada como se tivesse ocorrido imediatamente após JESUS haver dado
instruções e anunciado a Grande Comissão.
a. Esse variegado testemunho acerca da Grande Comissão
assegura-nos a sua autenticidade.
b, Mas essa mesma variedade também revela-nos que as várias formas
em que aparece a Grande Comissão devem corresponder a porções ou sumários de
uma série de ensinos de JESUS, após a sua ressurreição.
c. A porção final de tais instruções aparentemente foi dada
imediatamente antes da ascensão, e isso deve ter adicionado vigor ao que JESUS
dizia, pois, afinal de contas. a Grande Comissão representa as palavras finais
de CRISTO, selando suas instruções.
d. A Grande Comissão teve por propósito encorajar a continuação de
sua missão, e também ampliá-la, até tomar-se absolutamente universal. O
provincialismo relativo de judaísmo foi assim deixado para trás, e o
cristianismo haveria de ser uma fé realmente universal, no sentido de estar
dispersa pelo mundo inteiro.
e. Não há como cumprir a Grande Comissão sem o concurso do poder,
da autoridade e do batismo no ESPÍRITO SANTO.
f. A Grande Comissão convoca os homens de todos os lugares para
arrependerem-se e confiarem no evangelho. Ela tem um intuito evangelizador, e a
salvação das almas encontra-se no foco das atenções.
g. Uma grande responsabilidade é posta sobre os homens, porquanto
a eles cumpre executar a Grande Comissão.
Destarte, o Senhor é sempre o Senhor, é sempre o poder principal
no evangelismo. Ele compartilha dessa tarefa com os crentes, mas nunca se
ausenta dessa atividade.
Portanto. o resultado será absolutamente universal, conforme
Efésios 1:10 nos assegura. Os homens, em sua falsa espiritualidade e em seu
orgulho, pensam que a evangelização depende inteiramente deles. Mas o Salvador
sempre, e em toda parte será o Salvador. Se isso não fosse verdade, então o
propósito da Grande Comissão teria falhado desde há muitos séculos. (ANO FRO
GLO)
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia
de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 1. Editora Hagnos. pag. 814-815.
Ill - O DOM MINISTERIAL DE EVANGELISTA
1. O conceito de evangelista.
É um dom de DEUS, concedido através da capacitação espiritual e
ministerial para a propagação do evangelho de CRISTO a todas as pessoas que
estiverem ao alcance da mensagem do obreiro que tem a chamada para cuidar da
evangelização, como prioridade em sua missão. O evangelista esmera-se em buscar
de DEUS mensagens inspiradas e cheias de unção para tocarem os corações dos
pecadores. O evangelista é por excelência o pregador das Boas-Novas de
salvação. O salmista viu o trabalho dos evangelistas, em mensagem profética: “O
Senhor deu a palavra; grande era o exército dos que anunciavam as boas-novas”
(Sl 68.11). Nos dias presentes, há muitos evangelistas, espalhados pelo Brasil
e pelo mundo afora, difundindo a pregação do evangelho de salvação em CRISTO
JESUS. Seus corações ardem de amor pelas almas perdidas, e elaboram mensagens,
com oração, jejum e estudo da Palavra, para que, na hora do sermão, sejam
instrumentos nas mãos de DEUS para alcançar a mente e o coração dos que
precisam de CRISTO.
Elinaldo Renovato. Dons
espirituais & Ministeriais Servindo
a DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 101.
Observação minha - Ev. Luiz Henrique - É uma pessoa dada à igreja, chamada e
escolhida por JESUS, sendo capacitada pelo ESPÍRITO SANTO com dons, para
exercer o ministério de evangelista, conforme Efésios 4.11, ou seja, ganhador
de almas. É um apaixonado por almas.
EVANGELISTA - Aquele que é chamado para pregar o Evangelho em
muitos lugares. Palavra derivada do verbo evangelizo. Evangelizar significa
trazer boas novas a alguém, especificamente anunciar informações a respeito da
salvação cristã (1 Co 15.1-4).
A palavra é encontrada três vezes no Novo Testamento. Os
evangelistas estão relacionados junto com os apóstolos, profetas, pastores e
doutores, como aqueles que são chamados para compartilhar a construção da
igreja (Ef 4.11ss). Filipe foi chamado de "o evangelista" (At 21.8).
Embora antes fosse um dos sete escolhidos para aliviar os apóstolos da tarefa
de distribuir alimentos (At 6.5), ele foi especialmente notado por sua
atividade evangelizadora. De Jerusalém, ele foi até Samaria e pregou com grande
sucesso (At 8.4ss). Dali foi enviado para evangelizar um oficial da corte
etíope, que estava viajando para
casa depois de visitar Jerusalém (At 8.26ss). Então pregou o Evangelho desde
Azoto até Cesareia, onde veio a ter casa (At 8.40; 21.8).
Timóteo, o jovem ministro, foi exortado a realizar o trabalho de
um evangelista (2 Tm 4.5). Está claro que, embora os apóstolos e outros
compartilhassem o trabalho de evangelização, havia homens que DEUS chamava
especialmente para essa tarefa. Nos anos posteriores, os escritores dos quatro
Evangelhos foram chamados de evangelistas porque registraram, de forma
persuasiva, os fundamentos do Evangelho de CRISTO.
N. B. B. - PFEIFFER .Charles F. Dicionário
Bíblico Wycliffe. Editora
CPAD. pag. 725-726.
EVANGELISTAS
Os apóstolos eram evangelistas e também profetas; mas, além
desses, havia outros, especialmente talentosos, dotados do dom da fé, da
exortação e de outras manifestações espirituais apropriadas para seu oficio, os
quais eram presenteados à igreja para multiplicá-la em número. O grupo dos
evangelistas, era aquele que efetuava a missão evangelizadora da igreja entre os judeus ou os gentios,
em posição subordinada aos
apóstolos, Geralmente os evangelistas não estavam limitados a qualquer
comunidade cristã local, mas
foram de lugar em lugarconduzindo os
homens à fé e à conversão a CRISTO.
Apenas a epístola aos Efésios menciona especificamente os
«pastores». Os evangelistas são os pioneiros no trabalho propagandístico da
Igreja cristã. Os evangelistas lançam uma trilha que, em seguida, transforma-se
em auto--estrada. Ministros especiais do evangelho, com poderes quase
apostólicos. eram chamados «evangelistas" no Novo Testamento, como os
casos de Filipe (Atos 21:8) e Timóteo (11 Tim. 4:5).
Os evangelistas são concedidos à Igreja como um «dom» divino à
mesma, a fim de expandir as suas fronteiras e aumentar o número de seus membros
(Efé. 4:11).
Os Documentos Sagrados e os Evangelistas. Na antiga Igreja cristã
falava-se sobre os evangelistas, que seriam os autores dos quatro evangelhos
canônicos. Faziam isso com base no fato de que a mensagem evangelizadora
fundamental está contida nesses quatro primeiros livros do Novo Testamento,
embora saibamos que isso não deve ser entendido literalmente. A mensagem do
evangelho cristão é exposta também no livro de Atos, nas epístolas e até mesmo
no livro de Apocalipse.
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia
de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 2. Editora Hagnos. pag. 606.
2. O papel do evangelista.
HOMENS CAPACITADOS PARA PREGAR
Filipe era um dos sete diáconos, escolhidos para cuidarem da
assistência social aos primeiros crentes, na igreja nascente, nos primórdios do
cristianismo (At 6.1-3). Tinha qualidades espirituais que o credenciavam a ser
mais que um diácono, encarregado de ações sociais em favor dos pobres. A igreja
viu nele um diácono. DEUS o viu como evangelista. Era homem que tinha
intimidade com DEUS. O ESPÍRITO SANTO lhe mandou para uma estrada deserta,
entre Jerusalém e Gaza. Obedecendo à voz de DEUS, Filipe descobriu que um alto
funcionário do reino da Etiópia viajava em seu carro (carruagem), e foi
compelido a aproximar-se do viajante. Ao ouvir o texto que o homem lia, Filipe
percebeu que DEUS lhe dera grande mensagem para transmitir ao sedento viajante.
(At 8.27-29).
O papel do evangelista é entendido de maneira bastante restrita
nas igrejas. No entanto, quando Paulo escreve sua segunda carta ao jovem
obreiro Timóteo, mostra que além de ser um arauto da pregação do evangelho, tem
o dever, também, de ampliar sua visão e ministério.
Há exemplos de pregadores, que, no meio de uma pregação, são
usados por DEUS para entregar uma mensagem de exortação às vezes severa. Quando
isso acontece, os efeitos sobre o auditório e sobre a liderança são de
aprovação e quebrantamento. Ainda que seja a última vez que venha aqui, que
nunca mais seja convidado, vou dar a mensagem...”.
O papel do evangelista envolve a demonstração do poder de DEUS na
mensagem. O evangelista Filipe foi a Samaria e fez um trabalho digno de ter seu
registro no Novo Testamento (At 8.5-8).
O RESULTADO DO TRABALHO DO EVANGELISTA
A mensagem do evangelista foi tão impactante, que o homem
converteu-se e desejou ser um seguidor de CRISTO. Após a bem-sucedida
evangelização, ao lado do alto dignitário etíope, Filipe deve ter-lhe falado
sobre a necessidade do batismo em águas. Sem perda de tempo, o novo convertido
a JESUS quis logo ser batizado em águas. Diz o texto (At 8.36, 37). Ali, na
estrada deserta, entre Jerusalém e Gaza, três coisas importantes ocorreram, na
vida do evangelista Filipe.
Ele pregou o evangelho, na unção do ESPÍRITO SANTO; o atento
ouvinte aceitou a CRISTO como Salvador; o discipulado foi tão eficaz, que o
novo decidido quis logo batizar-se em águas; e Filipe mostrou qual é a condição
para um novo crente ser batizado: “E lícito, se crês de todo o coração ’. “E
mandou parar o carro, e desceram ambos à água, tanto Filipe como o eunuco, e o
batizou” (At 8.38). O novo convertido foi batizado no mesmo dia em que ouviu a
mensagem evangelística.
Elinaldo Renovato. Dons
espirituais & Ministeriais Servindo
a DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 102-103.
O Ofício de Evangelista - Brian Schwertley
Muitas denominações ainda têm um oficial chamado evangelista. O
evangelista moderno gasta a maior parte do tempo fazendo a obra de evangelismo.
Contudo, mesmo o título de “evangelista” estando ainda em uso hoje, se deve
fazer distinção entre o ofício de evangelista do Novo Testamento e seu conceito
moderno.
Os evangelistas do Novo Testamento receberam poderes sobrenaturais
do ESPÍRITO para operar sinais e milagres (e.g., Estevão – At. 6:8; Filipe –
At. 8:13; Barnabé – At. 14:3). Os dons miraculosos foram necessários para
autenticar a mensagem do evangelho a cada vez que havia nova revelação (cf. Ex.
4:5; 1 Re. 17:4; Jo 17:4; 2 Co. 12:12; etc.).
Os evangelistas do Novo Testamento frequentemente se
envolviam em obras especiais. Quando os apóstolos tinham um trabalho especial
para fazer eles escolhiam um evangelista para a tarefa. Eles eram em certo
sentido vigários apostólicos; isto é, eram homens investidos com poderes
especiais para um propósito específico. Eles desempenharam tarefas
ministeriais.
“Espero, porém, no Senhor JESUS, mandar-vos Timóteo, o mais breve
possível, a fim de que eu me sinta animado também, tendo conhecimento da vossa
situação.” (Fp. 2:19). Paulo ordenou Tito para “constituir presbíteros em cada
cidade” (Tt. 1:5; cf. At. 15:22; 2 Tm. 4:9; Tt. 3:12).
Sempre que Paulo lista os oficiais da igreja ele sempre coloca o
evangelista antes do pastor. Esta posição é logicamente determinada pelas
habilidades do evangelista para operar sinais e milagres e suas funções como
representantes apostólicos para inspecionar as igrejas, designar presbíteros e
assim por diante.
Extraído
de Spiritual Gifts, Part 3 – Evangelist. Copyright © 2004 Brian Schwertley,
Haslett, MI. Tradução:
Márcio Santana Sobrinho.
3. A finalidade do ministério do evangelista.
Todos os crentes, que formam a igreja, estando unidos em CRISTO
pela fé, e entre si pela caridade cristã, “...crescem para templo santo...”,
tornando-se uma sociedade sagrada, na qual há muita comunhão entre DEUS e seu
povo, como no templo. Na igreja eles o adoram e servem, e Ele se manifesta no
meio deles. Eles oferecem sacrifícios espirituais a DEUS, e Ele reparte suas
bênçãos e favores a eles. Assim, o edifício, pela sua natureza, é um templo, um
templo santo; porque a igreja é o lugar que DEUS escolheu para colocar o seu
nome, e ela se tornou um templo pela graça e força obtida dele - no Senhor. A
igreja universal sendo edificada sobre CRISTO como a pedra fundamental, e unida
em CRISTO como a principal pedra da esquina, vem finalmente a ser glorificada
nele como a pedra mais elevada:
“...no qual também vós juntamente sois edificados...” (v. 22).
Observe: Não somente a igreja universal é chamada de templo de DEUS, mas as
igrejas locais também o são. Cada crente verdadeiro é um templo vivo, um
edifício “...para morada de DEUS no ESPÍRITO”. DEUS habita em todos os crentes
que se tornaram o templo de DEUS por meio da operação do abençoado ESPÍRITO, e
essa moradia agora é uma garantia da moradia deles junto com Ele na eternidade.
HENRY. Matthew. Comentário
Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE Edição completa.Editora
CPAD. pag. 585.
“Templo SANTO no Senhor” (20-22)
O uso da palavra “família” (oikeioi), no versículo 19, conduziu a
esta caracterização da igreja. Oikeioi é derivado da palavra que significa
“casa” no sentido de residência, moradia, habitação. Robinson comenta: “Eles
não são meros membros da casa, mas fazem parte da casa de DEUS”. A igreja é um
santo templo em construção, e é uma habitação de DEUS no ESPÍRITO (22).
Os apóstolos e profetas são as pedras da fundação do templo (20a).
Recebem esta designação, porque sua função é proclamar a Palavra do Senhor.
Wesley observa que “a palavra do Senhor, declarada pelos apóstolos e profetas,
sustenta a fé de todos os crentes”. Nesta relação, CRISTO é a pedra da esquina.
Todos os outros são pedras de menor significação. Mas, mesmo sendo de menor
importância, os apóstolos e outros ministros na igreja são pedras de fundação
no edifício de DEUS.
Era a pedra colocada na fundação em um canto, não só para firmar
tudo, mas para estabelecer o alinhamento para os muros. Esta opinião está de
acordo com 1 Pedro 2.7 e apoia a ideia de que CRISTO é aquele de quem a
construção depende.
Os crentes em CRISTO são as pedras vivas, que bem ajustadas,
crescem para templo santo. Paulo está interessado em mostrar que a igreja ainda
está no processo de construção. Por isso, emprega a metáfora do crescimento.
Mackay comenta: “E permanente o acréscimo de outras pedras vivas ao edifício
inacabado. As pedras que já estão e as que ainda serão postas na estrutura
sagrada devem ‘crescer para templo santo no Senhor’”. Este crescimento ocorre e
fica bonito somente quando seus novos membros, “pela qualidade do seu
discipulado em manter-se estritamente fiel ao Senhor, contribuem para a
unidade, força e perfeição da igreja”.
O templo no qual os
gentios são edificados é a habitação de DEUS. Paulo escreveu aos crentes
coríntios: “Não sabeis vós que sois o templo de DEUS e que o ESPÍRITO de DEUS
habita em vós?” (1 Co 3.16). No novo concerto, DEUS não só chama um povo, mas
mora com eles. Como afirma Mackay: “A Igreja Cristã, quando é verdadeiramente a
Igreja, é a Casa da Presença”.
Willard H. Taylor. Comentário
Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 9. pag. 143-144.
“No qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para templo santo
no Senhor” (Ef 2.19-23). O que quer que possa nos dividir, CRISTO nos une.
Quaisquer que sejam os medos ou as desconfianças que gerem hostilidade, CRISTO
traz a paz. E devemos permitir que Ele faça isso. Pois o “templo santo no
Senhor” que JESUS está edificando hoje só surge quando o seu povo está “bem
ajustado”.
Não permita que algum partidário lhe divida. Não deixe que um
pregador estridente de divergências doutrinárias lhe isole de irmãos e irmãs
cuja fé é uma com a sua, só porque as crenças deles são diferentes das suas. E
não deixe que a raça, ou a idade, ou a posição social, ou a educação, ou a
riqueza ou a pobreza, lhe dividam. Tente alcançar os outros, e de mãos dadas
sejam edificados “para morada de DEUS no ESPÍRITO”.
Lawrence O. Richards. Comentário
Devocional da Bíblia. Editora
CPAD. pag. 856.
Filipe em Samaria (8.4-8)
Aqueles que tinham sido dispersos pela perseguição (cf. 1) iam por
toda parte (4). Uma tradução mais precisa é “passavam de um lugar para outro”
(ASV). No livro de Atos, é usado para descrever uma atividade missionária da
igreja.
Aonde quer que fossem, estavam anunciando a palavra. O verbo
euangelizo é um outro termo favorito de Lucas. Com o significado de “anunciando
novidades jubilosas”, é uma palavra que se encaixa perfeitamente para descrever
a pregação do Evangelho, por estes missionários do século I.
Dos sete homens escolhidos para cuidar dos assuntos materiais da
igreja (6.1-6), dois representaram papéis importantes. Estêvão tornou-se o
primeiro mártir. Filipe (5) foi o primeiro a ser chamado de “evangelista”
(21.8). Este capítulo conta o início dos seus esforços para evangelizar.
Ele desceu a Samaria (5). Embora Samaria esteja ao norte da
Judéia, na mente dos judeus, as pessoas sempre “subiam” a Jerusalém e “desciam”
dali para qualquer outro lugar.
Descendo Filipe à cidade de Samaria. No Antigo Testamento, Samaria
é o nome da capital do Reino no Norte de Israel, embora às vezes a palavra se
refira à nação. Mas, no Novo Testamento, o termo normalmente se refere ao
distrito localizado entre a Judéia, ao sul, e a Galiléia, ao norte.
Filipe pregava. Esta palavra é kerysso, “anunciar” ou “proclamar
como um arauto”. Os samaritanos, juntamente com os judeus, estavam procurando o
Messias que viria (Jo 4.25).
Os ouvintes de Filipe prestavam atenção (6) ao que ele anunciava.
Eles ouviam as palavras que ele dizia porque viam e ouviam os sinais (trad.
literal) que ele realizava. A realização de milagres representou um papel importante
no ministério de JESUS e no início da evangelização dos judeus e samaritanos.
Paulo declarou: “Porque os judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria” (1
Co 1.22).
Expulsavam espíritos imundos (demônios) e curavam os enfermos e
aflitos (7). Paralíticos e coxos eram sarados.
O resultado desta manifestação de poder divino foi grande alegria
naquela cidade (8). Quando DEUS nos abençoa, segue-se sempre um período de
regozijo.
FilipeTestemunhando ao Eunuco Etíope, 8.26-40
Filipe era um evangelista versátil, cheio do ESPÍRITO e guiado
pelo ESPÍRITO. Ele podia pregar para grandes multidões em um “avivamento que
alcançasse uma cidade inteira”. Mas ele também podia realizar um trabalho
pessoal com um único indivíduo em uma estrada deserta. A lição essencial a ser
aprendida é que, quando o ESPÍRITO SANTO nos impele a levar algum ministério a
outros, Ele nos dá o poder necessário para cumprirmos a missão. Onde DEUS guia,
DEUS provê. Outra lição é que, aos olhos do Senhor, nenhuma tarefa orientada
pelo ESPÍRITO é pequena. Somente a onisciência divina pode antever os
resultados dos poucos momentos de um testemunho dado a uma pessoa cujo coração
o ESPÍRITO SANTO preparou para acolher este testemunho.
1. Um Peregrino Buscando a DEUS (8.26-31)
No meio das atividades de Filipe na cidade samaritana, com muitos
convertidos para cuidar, o anjo — lit., “um anjo” — do Senhor chamou-o para uma
nova tarefa. O contexto sugere que esta é uma outra maneira de dizer que o
ESPÍRITO conduziu-o (cf. 29, 39). A ordem era: Levanta-te — tempo aoristo de
ação imediata — e vai — tempo imperfeito de ação continua, “ir” — para a banda
do sul (26).
Filipe devia ir ao caminho que desce de Jerusalém para Gaza, que
estava deserto. Gaza estava a cerca de 96 quilômetros a sudoeste de Jerusalém.
Era a cidade mais ao sul da Palestina, quase na fronteira do Egito. Nos tempos
do Antigo Testamento, era uma das cinco cidades dos filisteus. Talvez fossem 56
quilômetros de Samaria a Jerusalém e cerca de 96 quilômetros a mais para Gaza.
Filipe levantou-se e foi (27). Os dois verbos estão no tempo
aoristo e sugerem obediência imediata, Como ele foi imediatamente, encontrou um
homem. Se tivesse demorado por qualquer razão, Filipe teria perdido seu
encontro divino com o eunuco.
Seguindo orientações divinas, Filipe viu um etíope, que tinha ido
a Jerusalém para adoração, ou “em peregrinação”, e estava agora voltando.
Etiópia era o nome de um reino no Nilo, entre a atual Assuã e Khartoum. A
maioria dos estudiosos atuais reconhece que a referência aqui não é à
Abissínia, hoje conhecida comumente como Etiópia. Entretanto, o Westminster
Dictionary ofthe Bible afirma que a profecia de Salmos 68.31 — “A Etiópia cedo
estenderá para DEUS as suas mãos” — “foi cumprida com a conversão do eunuco
etíope (At 8.26-40) e a introdução do Evangelho na Abissínia”.
O viajante que Filipe encontrou era um eunuco, mordomo-mor (ou
alto official) de Candace, rainha dos etíopes. Mordomo-mor é dynastes, que
significa “príncipe”. Candace era um título, como Faraó. Lake e Cadbury observam:
“O título era dado à rainha-mãe, chefe real do governo”. O eunuco era
superintendente de todos os seus tesouros, portanto, um homem de alto cargo e
grande responsabilidade.
Como um homem digno de sua posição, o eunuco tinha um dos melhores
meios de transporte da época. Assentado no seu carro [uma carruagem], lia o
profeta Isaías (28). Pergaminhos escritos à mão eram raros e dispendiosos, mas
ele era um homem rico e podia tê-los. De acordo com os costumes da época, ele
lia em voz alta, pois Filipe o ouviu (30). Os rabinos determinavam que a Lei
devia ser lida em voz alta por quem estivesse viajando.
Em obediência à voz interior do ESPÍRITO (29), Filipe correu (30)
para emparelhar- se ao carro. Ouvindo o eunuco ler o pergaminho de Isaías, ele
perguntou: Entendes tu o que lês? — uma questão pertinente em qualquer época.
Entendes significa literalmente: “Você conhece?”
A resposta do eunuco etíope foi quase patética: Como poderei
entender, se alguém me não ensinar? (31) Ensinar é o mesmo verbo usado por
JESUS em João 16.13 como “guiar” — “Quando vier aquele ESPÍRITO da verdade, ele
vos guiará em toda a verdade”. Filipe, cheio do ESPÍRITO, era capaz de dar
orientações sobre as Escrituras.
Ávido por aprender o verdadeiro significado da passagem profética,
o eunuco rogou que Filipe subisse à carruagem. O verbo rogou (parakaleo) é
muito forte, significando “exigiu” ou “suplicou”.
2. Uma Profecia Incomum (8.32-33)
A expressão O lugar da Escritura (32) pode ser traduzida como “a
passagem da Escritura”. Literalmente significa “uma porção circunscrita, uma
seção”.
A citação em 32-33 foi copiada quase literalmente da Septuaginta
de Isaías 53.7-8, e é uma parte de uma das “Canções do Servo” de Isaías,
encontrada em um importante capítulo messiânico do Antigo Testamento. A
profecia, Assim não abriu a sua boca, foi cumprida quando JESUS “nada
respondeu”, quando foi falsamente acusado perante Pilatos (Mt 27.12). A frase
difícil, foi tirado o seu julgamento, provavelmente significa: “lhe negaram
justiça” (RSV). Gloag assim a interpreta: “O seu julgamento — o julgamento que
lhe era devido — os seus direitos de justiça — lhe foram negados por seus
inimigos”.
Porque a sua vida é tirada da terra.
3. Um Pregador Cheio do ESPÍRITO (8.34-40)
A questão que preocupava o eunuco etíope era: de quem diz isto o
profeta? De si mesmo ou de algum outro? (34). O eunuco pareceu sentir que ela
deveria ser aplicada a um indivíduo. Mas a quem?
Filipe estava à altura das exigências da situação. Abrindo a boca
e começando nesta Escritura, lhe anunciou a JESUS (35). Esta era a resposta. O
Servo sofredor do Senhor, de quem Isaías falara, não era nenhum outro senão
JESUS, o Messias escolhido por DEUS.
Sem dúvida, a carruagem já havia percorrido uma grande distância
enquanto Filipe comentava a passagem de Isaías e revelava JESUS. Finalmente,
chegaram ao pé de alguma água (36), e o eunuco solicitou o batismo. Talvez
Filipe tivesse repetido as palavras de Pedro no dia de Pentecostes:
“Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de JESUS CRISTO para
perdão dos pecados...” (2.38).
O eunuco mandou parar o carro (38), enquanto ele e Filipe desceram
para um lago ou riacho. A água corrente era considerada preferível para o
batismo cristão na Igreja Primitiva (Didache 7.1).
Quando os dois homens saíram da água, o ESPÍRITO do Senhor
arrebatou a Filipe (39). Ele desapareceu. O eunuco... jubiloso, continuou o seu
caminho, como todos fazem quando encontram CRISTO como Salvador. Filipe se
achou — i.e., apareceu — em Azoto (40). Esta é a Asdode do Antigo Testamento,
uma das cinco cidades dos filisteus. Estava situada cerca de 32 quilômetros ao
norte de Gaza, a mais ou menos metade do caminho entre aquela cidade e Jope
(ver o mapa 1). Em seu caminho para o norte, pela costa, Filipe anunciava o
evangelho em todas as cidades — lit„ “ia evangelizando todas as cidades”. Estas
incluiriam Lida e Jope, onde os crentes são mencionados logo depois disso
(9.32-42). Filipe evangelizou as cidades litorâneas no extremo norte, como
Cesaréia, onde o encontramos na próxima vez em que aparece no livro de Atos
(21.8). Esta cidade foi construída por Herodes o Grande, e passou a chamar-se
Cesaréia Sebaste em honra ao Imperador Augusto de Roma. Concluída em
aproximadamente 13 a.C., foi a sede do governo romano na Judéia nos dias de
JESUS.
Este capítulo pode ser usado para enfatizar a importância dos
“Dois Tipos de Evangelização”: evangelização em massa (4-25) e evangelização
pessoal (26-40). Sob a primeira, se destacam: 1. O método é pregar (5); 2. A
mensagem é CRISTO (5); 3. O motivo é que as pessoas sejam salvas e santificadas
(12-17). Sob a evangelização pessoal, chamamos a atenção para: 1. A importância
da obediência imediata (27); 2. A oportunidade oferecida (27-29); 3. O lugar da
Escritura profética (30-32); 4. A interpretação da passagem, (34-35); 5. A
aplicação à necessidade pessoal (36-39).
Ralph Earle. Comentário
Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 7. pag. 265-266; 270-273. APAZDOSENHOR.ORG
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