segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

MINISTERIO DE EVANGELISTA GMUH

                   
                      MINISTERIO DE EVANGELISTA 



LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Atos 8.26-35; Efésios 4.11

Atos 8.26 - E o anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: Levanta-te e vai para a banda do Sul, ao caminho que desce de Jerusalém para Gaza, que está deserto. 27 - E levantou-se e foi. E eis que um homem etíope, eunuco, mordomo-mor de Candace, rainha dos etíopes, o qual era superintendente de todos os seus tesouros e tinha ido a Jerusalém para adoração, 28 - regressava e, assentado no seu carro, lia o profeta Isaías. 29 - E disse o ESPÍRITO a Filipe: Chega-te e ajunta-te a esse carro. 30 - E, correndo Filipe, ouviu que lia o profeta Isaías e disse: Entendes tu o que lês? 31 - E ele disse: Como poderei entender, se alguém me não ensinar? E rogou a Filipe que subisse e com ele se assentasse. 32 - E o lugar da Escritura que lia era este: Foi levado como a ovelha para o matadouro; e, como está mudo o cordeiro diante do que o tosquia, assim não abriu a sua boca. 33 - Na sua humilhação, foi tirado o seu julgamento; e quem contará a sua geração? Porque a sua vida é tirada da terra. 34 - E, respondendo o eunuco a Filipe, disse: Rogo-te, de quem diz isto o profeta? De si mesmo ou de algum outro? 35 - Então, Filipe, abrindo a boca e começando nesta Escritura, lhe anunciou a JESUS.
Efésios 4.11 - E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores.

INTERAÇÃO
A grande tarefa da igreja no mundo é pregar o Evangelho de JESUS de Nazaré.
O ministério de evangelista foi concedido por DEUS para que, com graça e paixão, as pessoas fossem tocadas pela mensagem do Evangelho. É um carisma de ordem ministerial que o nosso Pai do Céu dispensou ao seu povo. É urgente que a igreja no Brasil proclame o Evangelho simples aos quatro cantos deste país, apontando para temas acerca da salvação, do perdão do pecado em JESUS e do amor ao próximo. É bem possível haver frequentadores de uma igreja evangélica que nunca ouviram falar desses temas.
 
OBJETIVOS - Após a aula, o aluno deverá estar apto a:
Estudar sobre o envio dos setenta.
Refletir sobre a tarefa inacabada da Grande Comissão.
Compreender o papel do evangelista em o Novo Testamento.
 
PALAVRA-CHAVE
Evangelista: Obreiro especialmente vocacionado, a fim de proclamar o Evangelho de nosso Senhor JESUS CRISTO.
 
I - JESUS ENVIA OS SETENTA (Lc 10.1-20)
1. São poucos os que anunciam.
2. Enviados para o meio de lobos.
3. Os sinais e as maravilhas confirmam a Palavra.
II - A GRANDE COMISSÃO (Mt 28.19,20; Mc 16.15-20)
1. O alcance da Grande Comissão.
2. O mundo está dividido em dois grupos.
3. A Grande Comissão hoje.
Ill - O DOM MINISTERIAL DE EVANGELISTA
1. O conceito de evangelista.
2. O papel do evangelista.
3. A finalidade do ministério do evangelista.
 
SINOPSE DO TÓPICO (1) JESUS enviou os setenta para pregar a mensagem do Reino de DEUS e deu-lhes poder para confirmar a Palavra.
SINOPSE DO TÓPICO (2) A Grande Comissão ordenada por JESUS de Nazaré ainda é uma tarefa inacabada.
SINOPSE DO TÓPICO (3) O papel do evangelista é exercer o ministério dado pelo Altíssimo como arauto de DEUS.
 
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
ARAÚJO, Carlos Alberto R. A Igreja dos Apóstolos. l. ed. Rio de janeiro: CPAD, 2012.
FERNANDO, Ajith. Ministério dirigido por JESUS. l. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2013.
NORTON, Stanley M. A Doutrina do ESPÍRITO SANTO: no Antigo e Novo Testamento. 12. ed. Rio de janeiro: CPAD, 2012.
 
Meus Comentários - Ev. Luiz Henrique
 
 
A realidade missionária no Brasil, atualmente, é raquítica e chega a ser ridícula. Uma igreja no interior do estado mais pobre do Brasil tem mais missionários do que a sede da Assembleia de DEUS no Brasil, na maior cidade do país. essa mesma igreja tem mais missionários do que igrejas de cidades como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Vitória, Recife, Natal, Fortaleza, Belém, Salvador, Teresina, Palmas, João Pessoa, Goiânia, Porto Alegre, Curitiba, Florianópolis, Brasília, São Luis, Manaus, Porto Velho, Campo Grande, Cuiabá, etc... é uma vergonha para Quem deu uma ordem expressa para sua igreja: "E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura".Marcos 16:15
"Mas recebereis a virtude do ESPÍRITO SANTO, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda Judéia e Samaria e até aos confins da terra." 
É inacreditável que ainda existam pastores que acreditem que só devem enviar missionários para outras cidades, estados e países depois de evangelizarem seu próprio bairro ou cidade. A bíblia diz "TANTO em Jerusalém" e diz "COMO", quer dizer ao mesmo tempo evangelizamos nossa área como as outras áreas do mundo inteiro.
 
"E também Saulo consentiu na morte dele. E fez-se naquele dia uma grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos foram dispersos pelas terras da Judéia e de Samaria, exceto os apóstolos". Atos 8:1
Às vezes DEUS permite uma perseguição à igreja para ela obedeça seu IDE (Ide Depressa Evangelizar). DEUS não manda a perseguição, ELE permite por causa de nossa desobediência.
 
"E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder". (Lucas 24:49).
Outras vezes vemos igrejas que vão sem obedecer à Palavra de DEUS que diz para ficar em Jerusalém até receber poder para ir. Primeiro deve-se buscar poder, batismo no ESPÍRITO SANTO, depois deve-se ir e receber capacitação para exercer a função com Dons do ESPÍRITO SANTO.
 
"E na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé e Simeão chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes o tetrarca, e Saulo. E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o ESPÍRITO SANTO: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado. Então, jejuando e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram". (Atos 13:1-3).
A igreja deve ter profetas e doutores que servem à igreja, esses profetas e doutores devem jejuar e orar buscando orientação de DEUS. certamente o ESPÍRITO SANTO orientará a igreja sobre quem deve ser enviado para evangelizar. Existem muitos Paulos e Barnabés que estão esperando para serem enviados pelo mundo. dê uma olhadinha a seu redor e você encontrará gente apaixonada por almas.
 
"Como nada, que útil seja, deixei de vos anunciar, e ensinar publicamente e pelas casas", Atos 20:20
Se construíssemos pequenos templos para 200 pessoas, numa distância de 300 metros um do outro, em nossa cidade, evangelizaríamos muito mais e melhor do que gastar verdadeiras fortunas construindo mega-templos para serem usados três vezes por semana. Se fossem pequenos templos e com poucas pessoas nossos pastores visitariam essas pessoas e os aconselharia e poderiam evangelizar essa área muito melhor. Haveria mais união, menos diferenças e mais amor. Todos teriam um mesmo objetivo, ganhar almas.
Mesmo que construam grandes templos, se tiverem muitos missionários, mas pelo menos usem o dinheiro de maneira honesta para construírem de acordo com suas necessidades. Como pode uma cidade do interior do estado mais pobre do Brasil, com cerca de 250 mil habitantes, construir uma igreja para 12 mil pessoas, enquanto a sede da maior cidade do Brasil, com mais de 10 milhões de habitantes, constrói uma sede para  apenas 10 mil pessoas? Alguma coisa está errada.
 
O padrão de Atos dos Apóstolos nos ensina como fazer missões - Primeiro Milagres, depois ajuntamento de pessoas, depois pregação do Evangelho, depois muitas conversões, depois batismo nas águas, depois batismo no ESPÍRITO SANTO, depois treinamento desses novos crentes para dirigirem uma nova igreja e serem missionários tanto em sua cidade como em todo o mundo
 
Sobre ter mais de um ministério em um mesmo ministro
Assim como podemos cada um de nós ter todos os dons do ESPÍRITO SANTO (9), também podemos ter todos os ministérios (5) em um só ministro. JESUS assim os teve e Paulo (em meu entendimento) assim os teve.
 
 
Filipe, o evangelista autêntico
“Entrementes, os que foram dispersos iam por toda parte pregando a palavra.  Filipe, descendo à cidade de Samaria, anunciava-lhes a CRISTO.  As multidões atendiam, unânimes, às coisas que Filipe dizia, ouvindo e vendo os sinais que ele operava.  Pois os espíritos imundos de muitos possessos saíam gritando em alta voz; e muitos paralíticos e coxos foram curados.  E houve grande alegria naquela cidade.” Atos 8:4-8
 
Eis aqui o padrão de Atos dos Apóstolos - Por que as multidões se convertiam? Porque ouviam e viam os sinais que Filipe fazia por intermédio do ESPÍRITO SANTO.
Que sinais podemos Ouvir de um legítimo evangelista, vindos do ESPÍRITO SANTO? Línguas, Dom de línguas, interpretação de línguas, profecias, Dom Palavra de Sabedoria, Dom Palavra de Conhecimento.
Que sinais podemos Ver, vindos de um legítimo evangelista, usado pelo ESPÍRITO SANTO? Dom da Fé, Dom de Discernimento de espíritos, Dom de Milagres, Dons de Curar.
Novamente o padrão de Atos está em usos - Milagres, ajuntamento de pessoas, pregação do evangelho, multidões de convertidos.
 
Filipe tinha uma família de bom testemunho
Filipe, um dos sete diáconos que foram escolhidos pelo povo, conforme ordem dos Apóstolos, para se dedicarem na solução da falta de alimento às viúvas helenistas (veja em At 6,1-6). Filipe, porém, não ficou apenas neste serviço, mas torna-se pregador do Evangelho em Samaria. Depois o vemos como evangelista em Cesareia. Filipe morava com sua família em Cesaréia. As suas quatro filhas, conforme vemos em At 21,9 também eram profetizas, isto é, tinham o dom de profecia. Que bênção de família para um evangelista bem-sucedido.
E no dia seguinte, partindo dali Paulo, e nós que com ele estávamos, chegamos a Cesaréia; e, entrando em casa de Filipe, o evangelista, que era um dos sete, ficamos com ele.
E tinha este quatro filhas virgens, que profetizavam.

Atos 21:8-9
E no dia seguinte, partindo dali Paulo, e nós que com ele estávamos, chegamos a Cesaréia; e, entrando em casa de Filipe, o evangelista, que era um dos sete, ficamos com ele. E tinha este quatro filhas virgens, que profetizavam. Atos 21:8-9.
 
Evangelista não é título, é ministério, é pessoa dada por CRISTO à Igreja
Se você tem o título de evangelista, mas não ganhou nem uma alma este mês, você pode ser tudo, menos evangelista. OK?
Evangelista é apaixonado por almas. Evangelista amanhece e anoitece pensando em ganhar almas, aliás não só pensa, ganha mesmo.

Acontecia ali, em Samaria, um grave problema - Havia milagres, conversões, alegria, mas não havia batismo no ESPÍRITO SANTO.
As boas notícias de Samaria chegaram à Jerusalém, e logo os apóstolos enviaram Pedro e João (o melhor que tinham), com a finalidade de orarem pelos irmãos para que recebessem o batismo no ESPÍRITO SANTO. Quando Pedro e João oraram por eles receberam, então, o batismo no ESPÍRITO SANTO.
Os quais, tendo descido, oraram por eles para que recebessem o ESPÍRITO SANTO (Porque sobre nenhum deles tinha ainda descido; mas somente eram batizados em nome do Senhor JESUS). Então lhes impuseram as mãos, e receberam o ESPÍRITO SANTO. Atos 8:15-17
 
A organização da igreja hoje é feita de maneira humana
Existem muitos evangelistas que não são nem diáconos em suas congregações. Falta a visão da liderança sobre o dom de cada um. DEUS chamou, escolheu, preparou, capacitou, mas os homens não enxergaram, ou porque são cegos ou porque não querem enxergar com medo de perderem suas posições talvez. Fazer o que? O legítimo obreiro, ministro chamado por DEUS, não pede cargo, não inveja cargo, não busca reconhecimento ou elogio humano. Na bíblia, os grandes homens que DEUS chamou e escolheu, não queriam suas funções. Achavam que não mereciam e que não conseguiriam fazer o que DEUS queria que eles realizassem. Preferiam que DEUS chamasse outros. Durante o tempo que dirigi igreja não encontrei nenhum bom obreiro que pedisse cargo, mas os péssimos obreiros sempre estavam pedindo, outros exigindo, outros bajulando para serem reconhecidos. Os bons só assumem quando são chamados pessoalmente e com insistência. 
Nossa organização ministerial não é satisfatória e nem reconhece as peças principais da igreja. devido a isso estamos passando pela pior fase da igreja até hoje. Milhares de crentes nominais apenas. As escolas bíblicas dominicais nunca estiveram tão vazias. os cultos de doutrina nunca estiveram tão vazios. Você se lembra, se é que já viu, de algum aleijado levantar e sair andando durante um culto em sua igreja? um cego de nascença vendo, um surdo de nascença vendo? Dom ministerial só para quem já é batizado no ESPÍRITO SANTO e tem pelo menos um dom do ESPÍRITO SANTO, a meu ver. Não temos ministro legítimo na bíblia que não tivesse essas coisas funcionando em seus ministérios.
 
As credenciais de um verdadeiro ministro chamado e escolhido por CRISTO
As credenciais de um verdadeiro ministro são os sinais e maravilhas que DEUS opera através do mesmo. Não importa o título, importa o que DEUS pensa a respeito do obreiro. DEUS confirma sua escolha com sinais, prodígio e maravilhas. --- Os sinais do meu apostolado foram manifestados entre vós com toda a paciência, por sinais, prodígios e maravilhas. 2 Coríntios 12:12 --- E Estêvão, cheio de fé e de poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo. Atos 6:8 -- E em toda a alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos. Atos 2:43 --- Testificando também DEUS com eles, por sinais, e milagres, e várias maravilhas e dons do ESPÍRITO SANTO, distribuídos por sua vontade? Hebreus 2:4 --- Pelo poder dos sinais e prodígios, e pela virtude do ESPÍRITO de DEUS; de maneira que desde Jerusalém, e arredores, até ao Ilírico, tenho pregado o evangelho de JESUS CRISTO. Romanos 15:19, etc...
 
 
Exemplo de um legítimo evangelista
Bem diferente de um crente que normalmente evangeliza - todos podem e devem evangelizar e alguns até recebem título de Evangelista, mas poucos têm o Dom Ministerial de Evangelista - Evangelista Reinhard Bonnke é mais conhecido por suas grandes campanhas evangelísticas no Continente Africano. Filho de um pastor, Reinhard aceitou a JESUS quando tinha nove anos de idade, e recebeu seu chamado para os campos missionários da África antes de se tornar um adolescente. Depois de atender um Seminário no País de Gales e pastorear na Alemanha por sete anos, ele começou seu trabalho missionário na África.   Ele começou fazendo cultos em uma tenda que acomodava 800 pessoas. A medida que o número de pessoas começaram a crescer, tendas maiores foram adquiridas. Finalmente em 1984 ele encomendou a construção da maior estrutura móvel do mundo – uma tenda capaz de comportar 34.000 pessoas sentadas. E ainda, pouco tempo depois o número de pessoas que atendiam aos cultos excederam a capacidade desta tenda. Reinhard Bonnke fundou o ministério internacional "CRISTO para todas as Nações", com escritórios localizados na África, Alemanha, Reino Unido, Canadá, Singapura e nos Estados Unidos. Desde o início do novo milênio, através da realização de eventos em grande escala na África e outras partes do mundo, e também com o alvo de vermos 100 milhões de vidas relatarem sua decisão por JESUS CRISTO nesta década, 42 milhões de pessoas já responderam ao chamado do Evangelho. Além disso, ele é conhecido por realizar as “Conferências do Fogo” em muitos países ao redor do mundo. Estas conferências treinam e encorajam os líderes da igreja para o evangelismo. Elas causaram um grande impacto e inspiraram muitas pessoas já alcançarem uma dimensão maior em termos de evangelismo e ministério. Seu ministério é confirmado com muitos milagres e maravilhas. Cegos vêm, surdos ouvem, aleijados andam, etc... Glória a DEUS.
 
Alguém que se desvia perde os dons que tinha antes?
Dons são dados pela graça e misericórdia de DEUS, tanto os do ESPÍRITO SANTO, quanto os de CRISTO (Ef 4.11).
Imediatamente após o legítimo arrependimento e confissão e reconciliação o crente está como estava antes de pecar. Fala em línguas e os dons voltam a fluir. DEUS não se lembra mais de seus pecados. Nós é que lembramos e não perdoamos. Alguém matou ou roubou, não pagou a conta que devia, etc.... teve legítimo arrependimento e confissão de pecados, aceitou a JESUS como único Senhor e Salvador, está perdoado, seus pecados não existem mais para DEUS, mas ele vai para a cadeia pelos seus crimes cometidos.
Quanto à nossa atitude temos que aprender perdoar de coração, segundo o amor de DEUS em nós.
 
 
Pastores são evangelistas?
Dificilmente um pastor será um evangelista. Os pastores, em sua maioria, têm tentado convencer as pessoas de que têm algum dom ministerial por terem um título de pastor, assim como alguns evangelistas e professores. Na verdade dom ministerial não é dado por homens e sim por DEUS. Não é por merecimento e sim pela graça de DEUS. E uma escolha soberana de DEUS. Profetas e evangelistas da atualidade continuam como os antigos, como Elias, Elizeu, Ágabo, Silas, Paulo, Barnabé, Apolo e outros mencionados em Atos dos Apóstolos, bem como os que hoje andam escassos em nossos púlpitos. É raro, mas ainda se vê algum de vez em quando - Trabalho com um evangelista que realmente tem o ministério de evangelista, o evangelista Clebison Bandeira, aqui de Imperatriz-MA. Em sua última cruzada geral, aqui em Imperatriz, ganhou mais de mil almas para CRISTO (veja http://www.apazdosenhor.org.br/p_index.php?pag=noticias&acao=exibir&id=1001). Em Camboriú, no congresso de Missões, que aconteceu de 26/04/2014 a 05/05/2014, ganhou mais 140 almas para CRISTO (http://www.portaldoceu.com.br/dvd-do-gmuh-2014---pastor-clebison-bandeira/). DEUS cura muitas pessoas durante sua cruzadas e concede muitos milagres financeiros também.
Na maioria das vezes a igreja coloca um evangelista para ser pastor de uma igreja para poder sustentar esse obreiro e isso finda em acabar com o ministério do evangelista. Pode-se ganhar um pastor, mas também pode ocorrer de não se ter mais nem um evangelista e nem um pastor.
 
Quanto a esses artistas de palco, com título de evangelistas, mandam o povo profetizar e eles mesmos dizem que estão profetizando prosperidade e outras coisas desejadas pelo povo, são apenas ignorantes da Palavra de DEUS e mercenários que assolam nossas igrejas em busca da lã das néscias ovelhas. Quem as defenderá? Evangelista não está buscando fama e nem dinheiro, mas almas. Recebe a mensagem diretamente de DEUS e a transmite acompanhadas de milagres e maravilhas, pois DEUS confirma sua Palavra assim.
Quanto aos dons que agem no evangelista são principalmente os dons de poder, fé, milagres e curas, também acompanhados de profecias, línguas e interpretação. Alguém pode ser usado em algum desses dons esporadicamente, mas o evangelista sempre é usado assim. O evangelista é apaixonado por almas. Pena que não podemos dar muitos exemplos de evangelistas legítimos na Assembleia de DEUS de hoje, pois nossa denominação foi quase toda corrompida pela liderança política e financeira que existe hoje comandando a igreja. Oremos irmãos, DEUS tenha misericórdia de nós.
 
Lucas 10.7 - O evangelista e suas exigências (salário-comida-hotel)
E ficai na mesma casa, comendo e bebendo do que eles tiverem, pois digno é o obreiro de seu salário. Não andeis de casa em casa. Lucas 10:7 - Isso indica ao evangelista que ele não deve ficar escolhendo onde vai dormir, onde vai comer, não deve exigir salário. Eu faço palestras e prego em todo o Brasil. Não cobro nada. Não como - faço jejum. Gosto de ficar na casa de algum irmão ou do pastor, não gosto de hotéis, pois só dão despesa para a igreja. Nós não vamos fazer turismo, vamos levar a mensagem de DEUS e compartilhar nossos dons com os irmãos.
A CGADB deveria estipular um teto para os "cachês" dos pregadores (evangelistas?) e cantores (artistas?). Já passou da hora de dar um basta nesse comércio de celebridades em nossas igrejas.
 
A cidade de Samaria era dominada por um vigarista que os iludia com artes mágicas, mas, pelo poder de DEUS que agia através de Filipe, até o mágico Simão se converteu.
 
O verdadeiro evangelista tem intimidade com DEUS
E o anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: Levanta-te, e vai para o lado do sul, ao caminho que desce de Jerusalém para Gaza, que está deserta. Atos 8:26
 

 
E o anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: Levanta-te, e vai para o lado do sul, ao caminho que desce de Jerusalém para Gaza, que está deserta.

Atos 8:26
O evangelista Filipe não só testificava publicamente, mas também fazia evangelismo pessoal. Foi enviado por DEUS para pregar ao primeiro ministro da rainha da Etiópia (o título honorífico dela era Candace, assim comoexistem outros em diversos países, tais como barão, duque, visconde, conde; no Japão: San, Kun, Chan, Senpai e kōhai, etc....
 
O legítimo evangelista conhece as escrituras e sua mensagem é JESUS CRISTO:
E, correndo Filipe, ouviu que lia o profeta Isaías, e disse: Entendes tu o que lês?

Atos 8:30
E, correndo Filipe, ouviu que lia o profeta Isaías, e disse: Entendes tu o que lês? Atos 8:30
Então Filipe, abrindo a sua boca, e começando nesta Escritura, lhe anunciou a JESUS. Atos 8:35
 
O verdadeiro evangelista é direcionado para a cidade ou lugar que DEUS manda:
E, quando saíram da água, o ESPÍRITO do Senhor arrebatou a Filipe, e não o viu mais o eunuco; e, jubiloso, continuou o seu caminho.
E Filipe se achou em Azoto e, indo passando, anunciava o evangelho em todas as cidades, até que chegou a Cesaréia.

Atos 8:39-40
E, quando saíram da água, o ESPÍRITO do Senhor arrebatou a Filipe, e não o viu mais o eunuco; e, jubiloso, continuou o seu caminho. E Filipe se achou em Azoto e, indo passando, anunciava o evangelho em todas as cidades, até que chegou a Cesaréia. Atos 8:39-40
 
O legítimo evangelista ama, isso é o amor de DEUS derramado em seu coração. Esse amor arde, queima, sufoca, não nos deixa parar e nem desanimar. Nossa comida é essa.
 
AMOR PELAS ALMAS <http://ministeriofogonoaltar.blogspot.com.br/2012/12/amor-pelas-almas.html>
“... Fiz-me tudo para todos, para, por todos os meios, chegar a salvar alguns” (1 Co 9.22). Consideremos:

1. O amor no coração de DEUS
“Porque DEUS amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16).

2. O amor no coração de JESUS
“E, vendo a multidão, teve grande compaixão deles, porque andavam desgarrados e errantes como ovelhas que não têm pastor” (Mt 9.36).Vejamos:
- amor ao leproso (Mc 1.41);
- amor aos cegos (Mt 20.34);
- amor à viúva de Naim (Lc 7.13);
- amor a Jerusalém (Mt 23.37);
- amor às multidões (Mt 14.14; 15.32).

3- O amor no coração dos apóstolos
“E os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor JESUS, e em todos eles havia abundante graça” (At 4.33).Vejamos:
- o amor de Paulo (At 20.23; 21.13; Rm 9.1-3; 10.1; 1 Co9.16-23);
- o amor de Pedro e João (At 3.1-8; 4.1,2,8,18-21).

4. O amor no coração dos diáconos
“E, descendo Filipe à cidade de Samaria, lhes pregava a CRISTO” (At 8.5);“E apedrejaram a Estêvão, que em invocação dizia: Senhor JESUS, recebe o meu espírito. E, pondo-se de joelhos, clamou com grande voz: Senhor, não lhes imputes este pecado. E, tendo dito isto, adormeceu” (At 7.59,60).

5. O amor no coração da Igreja
“Mas os que andavam dispersos iam por toda parte anunciando a palavra” (At 8.4); “E os que foram dispersos pela perseguição que sucedeu por causa de Estêvão caminharam até à Fenícia, Chipre e Antioquia, não anunciando a ninguém a palavra senão somente aos judeus ”(At 11.19).

6. O amor no coração de alguns servos de DEUS na história -
Oração de evangelista é mais ou menos assim:
“Agora, deixem-me consumir por DEUS” — Henrique Martyn.
“Dá-me a Escócia ou morrerei” —John Knox.
“Se não queres dar-me almas, retira a minha”—Whitefield.
“Pai, dá-me estas almas ou eu morro” — Hyde.

TER PROFUNDO AMOR A JESUS
Porque eu estou pronto não só a ser ligado, mas ainda a morrer em Jerusalém pelo nome do Senhor JESUS” (At 21.13); “... regozijando-se de terem sido julgados dignos de padecer
afronta pelo nome de JESUS” (At 5.41);“Assim que, sabendo o temor que se deve ao Senhor, persuadimos os homens à fé...” (2 Co 5.11); “Porque o amor de CRISTO nos constrange...”
(2 Co 5.14).
 
O que está acontecendo com a Europa
Na Europa acontece certos fenômenos que o PT quer implantar aqui no Brasil.
Controle de natalidade - Abortos e Camisinhas - Todos sabem do programa do PT sobre isso. Na Europa, tanto investiram nisso que agora a maioria da população é velha e estão aposentados, sendo que não possuem força jovem para produzir e pagar as aposentadorias dos mais velhos. como os muçulmanos têm pelo menos 4 filhos em cada família e podem ter 4 esposas cada homem, imaginem como têm crescido.
Escalada do Islamismo - O PT vem estimulando construção de mesquitas por todo o Brasil. na Europa eles já são maioria em setores importantes da economia e de segurança.
Combate ao evangelho pentecostal - No Brasil os pentecostais são perseguidos claramente pelo PT e os tradicionais, as ditas cessacionista, as históricas, apoiam o PT por debaixo do pano para receberem apoio financeiro. Quem apoia aborto consegue vantagens - Até a Universal anda comprando horários de todos os canais para acabar com o horário de TV e Rádio das igrejas que são pentecostais ou neopentecostais, tudo apoiado pela presidente. Na Europa as igrejas que eram antes as enviadoras de missionários pelo mundo passaram a um esfriamento pentecostal e se tornaram cessacionista e hoje já nem existem mais ou estão sucumbidas pelo satanismo desenfreado que invadiu tais países.
O apoio a casamentos de gays e lésbicas liberados aqui no Brasil com o apoio maciço do PT quer destruir a família tradicional para obrigar a continuação do nascimento de filhos. A falsa adoção de crianças por parte de casais homossexuais tem como objetivo recrutar crianças para ser parte de sua causa. Na Europa aconteceu a falta de filhos e falta de mão de obra para trabalhar exatamente devido à liberação de tudo isso. A falta de moralidade, a falta de caráter, a falta de temor de DEUS está levando a Europa ao caos político, financeiro, moral e religioso.
A única conclusão a que chegamos é a de que a verdadeira igreja da Europa faliu. Vamos ter que evangelizar os evangelizadores.
 
Fim de meus comentários - Ev. Luiz Henrique.
 
Revista Ensinador Cristão CPAD, n° 58, p.39.
Quem nunca ouviu falar do grande evangelista do século recente, David Wilkerson? Além de verdadeiro profeta, ele ficou conhecido pela evangelização realizada na cidade de Nova Iorque, na Time Square, numa época onde as gangues de rua dominavam a cidade nova iorquina. O livro "Entre a Cruz e o Punhal", logo depois transformado em filme, conta a história desse grande evangelista que, pela graça do Pai, ganhou aquelas gangues para CRISTO e plantou a maior igreja evangélica da localidade. Eis um exemplo real de um evangelista separado por DEUS.
O Dom Ministerial do Evangelista foi repartido pelo Pai para que o arauto de DEUS, através da mensagem centralizada na cruz de CRISTO, ganhasse pessoas para o reino divino. Uma das maiores características de um evangelista é a sua paixão por pregar às pessoas. Não importa o número, se dezenas, centenas ou milhares. O que importa é pregar JESUS, o crucificado. Esta é a mensagem do bom evangelista.
Temos de deixar bem claro a missão de um evangelista: pregar o Evangelho. Anunciar o ministério da reconciliação de DEUS com o mundo, porque foi para isso que o Senhor enviou o Filho: "DEUS estava em CRISTO reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados, e pôs em nós a palavra da reconciliação" (2Co 5.19). Esta é a boa nova que o autêntico evangelista tem de proclamar.
O Senhor nosso DEUS separa uns para Evangelistas e os dá à sua Igreja. Isso não invalida o privilégio de anunciar o Evangelho para o ser humano para todo aquele que se chama por discípulo de JESUS de Nazaré.

COMENTÁRIOS DIVERSOS - INTRODUÇÃO
A Bíblia fala muito pouco sobre esse dom. Se compulsamos uma concordância bíblica, só encontramos três referências a esse termo (At 21.8; Ef 4.11; 2 Tm 4.5). À luz da boa hermenêutica ou interpretação dos textos bíblicos, podemos constatar que há homens, dentre os que se colocam à disposição da obra do Senhor, que têm uma vocação prioritária para a pregação do evangelho, para a proclamação das Boas-Novas de salvação, ou do kerigma, numa linguagem mais bíblica ou teológica. Por isso, o evangelista consta da lista dos “dons-ministeriais”, que são “dons de DEUS”, concedidos por CRISTO aos homens, após sua retumbante vitória sobre a morte (cf. Ef 4.8-11). Ninguém é superior a ninguém, no Reino de DEUS (Rm 12.5).
Nas últimas décadas, os evangelistas têm sido muito solicitados para participarem de eventos, nas igrejas evangélicas. Alguns são excelentes pregadores, que transmitem mensagens na unção de DEUS, demonstrando verdades bíblicas com profundidade, atraindo os pecadores para CRISTO. Normalmente, os evangelistas têm ministério itinerante. Vão buscar as almas, para que elas sejam acolhidas nas igrejas locais, aos cuidados dos pastores, auxiliados pelos discipuladores. A evangelização intensa só pode ter êxito se houver um discipulado intensivo junto aos que se convertem por meio das pregações dos evangelistas. Evangelizar sem discipular é semear sem cuidar das almas que se convertem.
Os evangelistas são aqueles que dizem aos pecadores: “Venham para CRISTO”, e os pastores, que cuidam do rebanho, são os que dizem: “Sejam transformados pelo poder DEUS, e se integrem ao Corpo de CRISTO, que é a Igreja”. Os ministérios se complementam. São importantes os Apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e doutores. Nessa complementaridade de ministérios, podemos ver a palavra do profeta Isaías: “Um ao outro ajudou e ao seu companheiro disse: Esforça-te!” (Is 41.6).
Assim, vamos estudar o papel e a missão do evangelista, com base nos textos bíblicos que nos permitem avaliar esse importante dom ministerial, tão necessário à igreja como os demais que constam das listas de ministérios necessários ao bom funcionamento do Corpo de CRISTO, que é a Igreja, da qual Ele é a Cabeça.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 94-95.
 
I - JESUS ENVIA OS SETENTA (Lc 10.1-20)
Os setenta podem ser vistos como apóstolos ou como evangelistas. Apóstolos porque foram enviados por JESUS e evangelistas porque foram transmitir as boas novas de salvação e os sinais os seguiram.
1. São poucos os que anunciam.
Após a eleição dos Doze, que constituíam o “Colégio Apostólico”, tempos depois, JESUS resolveu escolher outros discípulos, em número de setenta, para enviá-los como evangelistas a “a todas as cidades onde ele havia de ir” e os organizou em equipes de evangelizadores, “de dois em dois” (Lc 10.1, 2). O texto de Lucas, referente ao envio dos “outros setenta” é o mais substancial em informações quanto ao seu desempenho apostólico. Algumas das mais importantes afirmações de JESUS sobre seus enviados constam desse texto, ainda que não são considerados participantes do “colégio apostólico”. Para distingui-los dos 12, nesta análise, são chamados de evangelistas.
OS OBREIROS SÃO POUCOS
Ao enviar os setenta, JESUS asseverou que “Grande é, em verdade a seara, mas os obreiros são poucos” (Lc 10.2a). Diante dessa realidade, JESUS exorta a que devemos rogar ao Senhor da seara, para “que envie obreiros para a sua seara” (Lc 10.2b).
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 95-96.
 
Designou o Senhor ainda outros setenta (1). Lucas não quer dizer que CRISTO tinha enviado setenta anteriormente, mas que os setenta eram adicionais aos doze que haviam sido enviados. Lucas é o único autor de Evangelho que registra este episódio, mas ele é, também, o único a tratar (em detalhes) o ministério na Peréia, do qual é parte.
O simples fato de que JESUS tinha estes muitos discípulos dignos de confiança é significativo. Muitas vezes nos esquecemos de que Ele tinha muitos seguidores leais.
Mandou-os... de dois em dois. Para ajuda mútua e encorajamento. A todas as cidades e lugares aonde ele havia de ir. Estes deveriam preparar a visita dele a essas cidades. Neste momento, os doze apóstolos estavam com Ele; os setenta foram adiante da sua face. E possível que cada uma dessas duplas de discípulos fosse a apenas uma cidade e ficasse por lá, pregando, ensinando e preparando, em outros aspectos, a visita de JESUS. Isto totalizaria trinta e cinco cidades e aldeias visitadas por JESUS em seu ministério na Peréia, e Ele dificilmente visitaria muitas mais em um período de seis ou sete meses, a menos que suas visitas fossem muito breves.
Do versículo 2 até o 16, JESUS dá instruções e admoestações aos setenta. Muitas destas são instruções iguais ou semelhantes às instruções dadas em várias ocasiões aos doze apóstolos. É mais razoável que JESUS tenha dado as mesmas admoestações por duas vezes, se as exigências das situações fossem as mesmas. Qualquer líder da igreja admoestando grupos de obreiros inevitavelmente repetiria vários pontos, pois todos eles precisariam basicamente das mesmas instruções.
Grande é, em verdade, a seara, mas os obreiros são poucos (2). A metáfora da seara parece ter sido uma das favoritas de JESUS. A seara das almas humanas sempre foi grande e os obreiros sempre foram, tragicamente, poucos. É a fatal falta de interesse do homem pelos seus companheiros que mantém este número tão pequeno.
Rogai, pois, ao Senhor da seara que envie obreiros para a sua seara. Levar a seara ao celeiro é nossa responsabilidade. E conseguir os obreiros necessários é, em parte, nossa responsabilidade. Devemos enxergar as necessidades e rogar que o Senhor envie obreiros adicionais.
Charles L. Childers. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 6. pag. 409-410.
 
Estes setenta, embora não o servissem de forma tão próxima e tão constantemente quanto os doze, eram, no entanto, os ouvintes constantes de sua doutrina, as testemunhas dos seus milagres, e criam nele. Estes setenta são aqueles de quem Pedro fala como “os varões que conviveram conosco todo o tempo em que o Senhor JESUS entrou e saiu dentre nós,” e faziam parte dos cento e vinte ali mencionados, Atos 1.15,21. Podemos supor que muitos destes que foram os companheiros dos apóstolos, de quem lemos em Atos e nas Epístolas, faziam parte destes setenta discípulos.
Havia trabalho para tantos ministros, e ouvintes para tantos pregadores; assim o grão da semente de mostarda começou a crescer, e o sabor do fermento a se espalhar pela refeição, para a fermentação do todo.
Devemos supor, embora não esteja registrado, que CRISTO logo em seguida foi a todos estes lugares em que agora os enviou, embora Ele pudesse ficar apenas por pouco tempo em um lugar. Duas coisas eles foram ordenados a fazer, o mesmo que CRISTO fez onde quer que tenha ido: 1. Eles deviam curar os enfermos (v. 9), curá-los em nome de JESUS, o que faria com que as pessoas desejassem ver este JESUS, e estivessem prontas a receber aquele cujo Nome era tão poderoso. 2. Eles deviam anunciar a chegada do Reino de DEUS, a sua chegada até eles: “Dizei-lhes: É chegado a vós o Reino de DEUS, e agora sereis admitidos nele, se apenas olhardes ao vosso redor. Agora é o dia da vossa visitação, sabei e entendei”. E bom estarmos conscientes das nossas vantagens e oportunidades, para que possamos aproveitá-las. Quando o Reino de DEUS chega até nós, devemos prosseguir, indo de encontro a ele.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição completa. Editora CPAD. pag. 596-597.
 
10.1 Muito mais que doze pessoas vinham seguindo a JESUS. De acordo com 1 Coríntios 15.6, JESUS tinha pelo menos quinhentos seguidores na época em que concluiu seu ministério. Um grupo de 120 destes seguidores foi a Jerusalém para dar início à igreja ali (At 1.15). Aqui JESUS designa um grupo de setenta para preparar algumas cidades para sua visita posterior.
O número 72 é encontrado nos primeiros manuscritos gregos. Este número é significativo porque era, de acordo com Gn 10, o número de nações do mundo, de acordo com a Septuaginta.
JESUS estava mostrando simbolicamente que todas as nações do mundo um dia ouviriam a mensagem. Isto incluiria os gentios um ponto importante para o público de Lucas.
No serviço cristão, não há desemprego. DEUS tem trabalho suficiente para todos. Nenhum crente deve ficar sentado e olhar os outros trabalhando, porque a seara é grande.
Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. pag. 392.
 
2. Enviados para o meio de lobos.
No tempo de JESUS, os evangelizadores, ou evangelistas, enfrentariam situações comparáveis a cordeiros no meio de lobos (Lc 10.3). Certamente, os setenta puderam sentir de perto o cumprimento da advertência do Senhor. Devem ter sido rejeitados, aborrecidos e perseguidos, até com ameaça de morte. Nos dias atuais, os que são enviados por CRISTO, para levarem a mensagem do evangelho a certas regiões do mundo, vivem em constante risco de morrer. Desde o século passado, e no presente, de cada três pessoas que morrem por causa de sua fé, uma é cristã. Mais cristãos foram mortos nas últimas décadas, do que em toda a história de Igreja de CRISTO. Daí, porque a maior parte dos missionários está radicada onde já existem muitos obreiros. Poucos são os que se destinam a lugares inóspitos e ameaçadores. E compreensível, até certo ponto, mas JESUS mandou pregar o evangelho a toda criatura.
E a tendência da perseguição aos servos de JESUS é de acentuar-se cada vez mais. Na maioria dos países do Ocidente, o Diabo tem levantado a perseguição institucional, através de governos, dos legislativos e do Judiciário, mediante a elaboração e aprovação de leis que dificultam e ameaçam a liberdade para a pregação do evangelho. São “as portas do inferno”, através das “leis injustas” (Is 10.1). Elas não prevalecerão, como profetizou JESUS, mas perturbarão e causarão grandes problemas à missão da Igreja. Mas será por um tempo. Quando JESUS intervier, na sua Vinda, os “lobos” serão aniquilados.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 96-97.
 
Eis que vos mando como cordeiros ao meio de lobos (3). Que paradoxo: Cordeiros saindo para salvar ovelhas de lobos! Aqui está a simplicidade unida ao desamparo: nenhuma arma carnal como defesa. Mas DEUS tem uma maneira de criar a força a partir da fraqueza, e de usar até a morte como uma arma da vitória e da vida. Aqui vemos a supremacia de CRISTO. Ele é o maior Vencedor do mundo, e ainda assim as suas forças não foram utilizadas no que se refere à defesa carnal ou terrena. Os cristãos têm sido assassinados aos milhares, mas o avanço triunfal continua. A esta altura temos que parar e meditar e ganhar uma nova luz e inspiração para a tarefa e a batalha dos dias atuais. Não estamos desprotegidos, pois CRISTO está conosco. Uma vez que a própria morte não nos vence, podemos começar a entender que somos imbatíveis. Mas, se começarmos a nos equipar com armas carnais, estaremos caminhando em direção à derrota.
Charles L. Childers. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 6. pag. 410.
 
Cabe notar que os discípulos não são enviados “aos lobos”, mas “para o meio de lobos”. Isso ilustra o aspecto indizivelmente penoso do envio dos mensageiros de JESUS. Essa palavra anuncia aos mensageiros a perseguição de sua pessoa e a rejeição de sua mensagem. Isso é muito mais que “não acolher” ou “não ouvir” a pregação.
O envio das ovelhas para o meio de lobos era proverbial em Israel. Se a penetração dos lobos em um rebanho de ovelhas já representa um grande perigo, quanto mais perigoso será enviar e remeter, contrariando todo o bom senso, ovelhas isoladas para dentro de uma alcateia de lobos! As indefesas ovelhas devem viver, atuar e permanecer entre lobos, e até mesmo superá-los. Isto é inimaginável e inconcebível! Contudo, DEUS assim o determinou! Que não esqueçamos isso especialmente quando os lobos se tornarem cada vez mais numerosos e temíveis nos tempos finais! Foi o Senhor que o disse!
A segurança para um envio tão perigoso, o equipamento para uma incumbência tão avessa à sensatez na luta entre ovelhas e lobos não está em levar qualquer tipo de armamento, mas nas palavras: “Eu vos envio”. E isso basta.
Assim como, pois, os setenta discípulos não devem estar munidos de armas de defesa diante dos perigos no meio de lobos, assim eles também não devem equipar-se com a bagagem usual de viagem. A instrução de que nem sequer levem consigo algo além da roupa necessária para a caminhada, tem o objetivo de que fiquem única e exclusivamente atentos ao cumprimento de seu envio.
Interpreta-se de diferentes maneiras o adendo de não saudar ninguém no trajeto ou a caminho. Essa instrução de comportamento tem um protótipo no AT (2Rs 4.29). De acordo com uma das interpretações, a palavra de não saudar representa uma ordem referente à urgência. A saudação oriental é muito demorada. Em um encontro desses, todos os votos costumeiros de bênção, abraços, beijos, pedidos de informação e discursos podem causar uma parada que consome tempo, e que é indesejável para quem tem pressa. Esta proibição de forma alguma veta a simples e singela saudação: “Paz seja contigo!”
Fritz Rienecker. Comentário Esperança Evangelho de Lucas. Editora Evangélica Esperança.
 
3. Os sinais e as maravilhas confirmam a Palavra.
Os setenta evangelistas foram autorizados a curar os enfermos que encontrassem nas cidades por onde haveriam de passar (Lc 10.9). A operação de milagres fazia parte integrante da missão. Evangelização com milagres, sinais e prodígios era a característica da atividade ministerial. Receberam “poder sobre os espíritos imundos, para os expulsarem, e para curarem toda a enfermidade e todo o mal” (Mt 10.1). Da mesma forma, os setenta evangelistas também estavam investidos da mesma autoridade espiritual. Ao retornarem da missão, deram um relatório positivo e vibrante do que lhes acontecera, quando saíram, em cumprimento ao mandado de JESUS, de dois em dois (Lc 10.17).
O MAIOR PRIVILÉGIO DOS EVANGELISTAS
Na palavra aos setenta, JESUS os surpreendeu com uma declaração desconcertante, ante a alegria e a comemoração pelos milagres que viram ser realizados por seu intermédio. Curas, libertação de endemoninhados e outros milagres, não seriam o auge do sucesso ministerial? Porém JESUS lhes fez saber que maior privilégio do que operar milagres era ter o seus nomes “escritos nos céus” (Lc 10.20). Discurso semelhante, JESUS proferiu, em determinada ocasião, quando advertia seus seguidores acerca da operação de milagres, sem que a vida do obreiro ou do pregador esteja em consonância com aquilo que prega.
No Sermão do Monte (Mt 7.21-23), de forma alguma JESUS quis decepcionar ou minimizar o valor do trabalho dos evangelizadores. Mas quis conscientizá-los de que ter o nome nos céus é o maior privilégio que um servo de DEUS pode ter.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 97.
 
Eis que vos dou poder para pisar serpentes, e escorpiões, e toda a força do Inimigo (19). Esta escritura tem, de fato, uma implicação literal, mas o contexto parece exigir que o principal significado seja espiritual. Note como JESUS faz uma analogia entre serpentes, e escorpiões, e toda a força do Inimigo. Tanto os versículos anteriores como os posteriores se referem às forças satânicas. A gramática desses versículos implica, também, que essas serpentes e escorpiões estão incluídos nas forças do inimigo. O simbolismo é comum para as forças satânicas ou demônios e até para o próprio Satanás. O significado principal é que os cristãos têm poder para pisar triunfantemente sobre os exércitos de Satanás, através do auxílio e da graça de JESUS CRISTO.
Charles L. Childers. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 6. pag. 411.
 
Observação minha - Ev. Luiz Henrique
Notemos que nos é dado todo poder sobre os poderes satânicos Satanás que nada nos causará dano algum. As palavras todo e nada são importantíssimas aqui.
 
Voltaram os setenta com alegria (v. 17); não reclamando da fadiga de suas jornadas, nem da oposição e do desencorajamento com que eles se depararam, mas alegres com o seu sucesso, especialmente por terem expulsado muitos espíritos imundos: Senhor, pelo teu nome, até os demônios se nos sujeitam. Embora apenas a cura dos enfermos seja mencionada em seu comissionamento (v. 19), não há dúvida de que a expulsão de demônios estava incluída, e nisto eles tiveram um sucesso maravilhoso.
1. Eles dão a CRISTO a glória por todo este resultado positivo: É através do Teu Nome. Note que todas as nossas vitórias sobre Satanás são obtidas pelo poder que vem de JESUS CRISTO. Ele deve ter todo o louvor; se a obra for feita em seu Nome, a honra será devida ao seu Nome.
2. Eles se alegram com o conforto que há nisto; eles falam deste assunto com um ar de exultação: Até os demônios, aqueles inimigos poderosos, se nos sujeitam. Note que os santos não têm maior alegria ou satisfação em quaisquer de seus triunfos do que quando triunfam sobre Satanás. Se os demônios se nos sujeitam, quem pode nos resistir?
Que aceitação eles acharam no Senhor, e como Ele recebeu este relato.
1. Ele confirmou o que eles disseram, por concordar com a sua própria observação (v. 18): “O meu coração e os meus olhos acompanharam vocês; eu notei o sucesso que tiveram, e vi Satanás, como um raio, cair do céu”.
Note que Satanás e o seu reino caem diante da pregação do Evangelho. “Entendam como é”, disse CRISTO, “enquanto vocês ganham terreno, o diabo perde terreno.” Ele cai como um raio do céu, tão repentinamente, tão irrecuperavelmente, tão visivelmente, que todos podem percebê-lo, e dizer, “Veja como o reino de Satanás cambaleia, veja como ele tropeça.”
 
2. Ele repetiu, ratificou, e aumentou o comissionamento deles: Eis que vos dou poder para pisar serpentes, v. 19. Note que para aquele que possui, e usa bem o que possui, mais lhe será dado. Eles haviam empregado seu poder vigorosamente contra Satanás, e agora CRISTO lhes confia um poder maior. (1) Um poder ofensivo, poder para pisar serpentes e escorpiões, demônios e espíritos malignos, a antiga serpente: “Esmagareis a cabeça da serpente em meu Nome”, de acordo com a primeira promessa, Gênesis 3.15. Vinde, calcai os vossos pés nos pescoços destes inimigos; pisareis estes leões e serpentes onde quer que vos encontreis com eles; vós os calcareis debaixo dos vossos pés, Salmos 91.13. Pisareis todos os poderes do inimigo; e o Reino do Messias será estabelecido em todos os lugares sobre as ruínas do reino de Satanás. Assim como os demônios se vos sujeitam agora, eles ainda vos serão sujeitos. (2) Um poder defensivo: “Nada vos fará dano algum; nem serpentes, nem escorpiões, se fordes castigados com eles ou lançados em prisões e calabouços entre eles; não sereis feridos pelas criaturas mais venenosas,” como aconteceu com Paulo (At 28.5), como é prometido em Marcos 16.18. “Se os homens perversos forem como as serpentes para vós, e habitardes entre estes escorpiões (como Ez 2.6), podereis desprezar a fúria deles, e pisar neles; isto não precisará vos perturbar, pois eles não têm nenhum poder contra vós, além do que eles receberam do alto; eles podem fazer barulho, mas não podem ferir”. Podeis brincar sobre a toca da áspide, pois a própria morte não ferirá nem destruirá, Isaías 11.8,19; 25.8.
 
3. Ele os instruiu a canalizarem a sua alegria para o motivo certo (v. 20): Note que o poder de serem feitos filhos de DEUS deve ser mais valorizado do que o poder de operar milagres. Aqueles cujos nomes estão escritos nos céus jamais perecerão; eles são as ovelhas de CRISTO, a quem será dada a vida eterna.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição completa. Editora CPAD. pag. 599-600.
 
JESUS lhes disse que não se preocupassem com o que estivessem comendo, mas que fizessem o que tinham vindo fazer - curar os enfermos (o que era um sinal de que o reino era chegado) e proclamar às pessoas que era chegado o reino de DEUS (veja também 10.11; 21.31).
Lc 10.10,11 JESUS também deu instruções caso seus discípulos entrassem em uma cidade e não fossem recebidos. JESUS repetiu a instrução de sacudir o pó daquela cidade dos seus pés como um anúncio público da sua condenação (9.5).
Eles tinham visto resultados tremendos ao ministrar em nome de JESUS e com a sua autoridade.
O seu ministério não deveria se tornar uma experiência de poder que levasse ao orgulho, mas uma experiência de serviço cujas únicas motivações fossem o amor a DEUS, e o desejo de que mais pessoas se unissem a eles no reino.
Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. pag. 394-395.
 
As vitórias conquistadas até então sobre Satanás e a promessa do Senhor de que farão façanhas ainda maiores são inúteis se não tiverem como fundamento a salvação pessoal. Incomparavelmente mais preciosa do que possuir todas as dádivas da graça é a própria graça de DEUS, transmitida a todos os verdadeiros discípulos do Senhor pelo fato de que seus “nomes estão inscritos no livro da vida”. Muitas vezes salienta-se na Escritura a importante ideia da inscrição nos céus ou no livro da vida (cf. Êx 32.32; Sl 69.28; 87.6; 139.16; Is 4.3; Dn 12.1; Fp 4.3; Ap 3.5,12; 13.8; 20.12,15; 21.27; Hb 12.23). E
Fritz Rienecker. Comentário Esperança Evangelho de Lucas. Editora Evangélica Esperança.
 
II - A GRANDE COMISSÃO (Mt 28.19,20; Mc 16.15-20)
JESUS não nos mandou ir sozinhos, além de nos capacitar para ir, ELE vai conosco, através do ESPÍRITO SANTO que habita em nós e possui todo o poder necessário para realizarmos Sua obra (Obs. Minha - Ev. Henrique).
 
1. O alcance da Grande Comissão.
Nas suas palavras finais aos seus “onze” discípulos, após a ressurreição, JESUS lhes deu a mais importante missão que poderia ser confiada a homens. A ordem de irem “por todo o mundo” e pregarem “o evangelho a toda a criatura” (Mc 16.15). Aquele mandato seria extensivo a todos os demais discípulos, que o seguiam, e a todos os que haveriam de segui-lo ao longo dos tempos, e até à sua vinda em glória. Foi o que se convencionou chamar de “A Grande Comissão”. Eles foram comissionados para continuar a obra que o Mestre iniciou, em seu ministério terreno.
Tem alcance mundial. Os seguidores de JESUS deveriam ir “por todo o mundo” para levar as Boas-Novas de salvação. Antes de qualquer outra incumbência, eles teriam que realizar o papel de evangelistas, evangelizadores ou missionários, para buscarem as almas perdidas para CRISTO.  A missão de propagar o evangelho de CRISTO teria que ser local, regional, nacional e transcultural, “por todo o mundo”.
Destina-se a todos os povos. Enquanto os judeus entendiam que a salvação seria exclusiva para eles, que esperavam o Messias, JESUS ultrapassou aquela visão limitada, e deu ordem a seus seguidores para que levasse a mensagem do evangelho “a toda criatura”. A Igreja de JESUS é “inclusiva” para os que o aceitam e abandonam o pecado. E é “exclusiva” para quem quer ficar ao lado de CRISTO (Mt 12.30).
Os sinais aos que crerem. JESUS lhes mostrou que a eles e aos que haviam de crer no evangelho, seriam concedidos recursos espirituais jamais entregues a outras pessoas, para que pudessem alcançar a missão que lhes era confiada naquele momento especial. Ante os olhares ansiosos e tensos, JESUS lhes asseverou: “E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome, expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão” (Mc 16.17, 18). Eles já tinham visto muitos sinais, operados por CRISTO. Eles próprios tiveram experiências com sinais, operados por CRISTO. Mas, na sua despedida, JESUS lhes assegurou que aqueles sinais não seriam apenas para eles e sim para todos os “que crerem”.
Nos primórdios da Igreja, no período apostólico, todos esses sinais foram realizados, exceto o de “beberem alguma coisa mortífera” (ou veneno) sem sofrer qualquer dano.
O revestimento de Poder. A Grande Comissão exigiria um revestimento de poder sobrenatural para sua eficácia. Antes de subir aos céus, JESUS disse aos seus discípulos: “ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder. (Lc 24.49 — grifo nosso).
O revestimento de poder a que JESUS se referia era a descida do batismo com o ESPÍRITO SANTO. Os discípulos já eram salvos. Já tinham recebido o ESPÍRITO SANTO, no sopro de JESUS sobre eles (Jo 20.22). Mas, para evangelizar, cumprindo a Grande Comissão, teria necessidade de um revestimento de poder sobrenatural, que lhes daria graças, poder e unção para saírem pelo mundo afora, enfrentando os mais difíceis obstáculos, e as mais cruéis perseguições humana, de reis, imperadores e até de muitos que se dizem cristãos.
 
Observação minha - Ev. Luiz Henrique
Também era a porta de entrada para que eles fossem capacitados com os dons espirituais, tão necessários em sua obra de pregação do evangelho.
 
Os discípulos estavam preparados para a Missão, pois aprenderam aos pés de JESUS, ao longo de uma convivência de cerca de três anos.
A virtude do ESPÍRITO SANTO era o que estava faltando aos apóstolos ou evangelistas. Eles já eram salvos, mas teriam que aguardar “a virtude do ESPÍRITO SANTO”, para serem testemunhas corajosas, enviadas ao meio de “lobos devoradores” (Mt 7.15). E o revestimento veio sobre os discípulos, no Dia de Pentecostes, quando receberam o batismo com o ESPÍRITO SANTO (At 2.1-13).
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 98-100.
 
Observação minha - Ev. Luiz Henrique
Basta ver a diferença entre o Pedro antes do batismo no ESPÍRITO SANTO e o Pedro depois do batismo no ESPÍRITO SANTO.
o batismo no ESPÍRITO SANTO traz encorajamento, alegria, fé para pregar destemidamente o evangelho do JESUS vivo e ressurreto.
 
DEUS deu a JESUS todo o poder sobre o céu e a terra. Com base neste poder, JESUS disse aos seus discípulos ide e fazei discípulos (versão RA, pregando, batizando e ensinando. “Fazer discípulos” significa educar novos crentes sobre como seguir a JESUS, submeter-se à soberania de JESUS e assumir a sua missão de serviço misericordioso. Batizar é importante porque une o crente a JESUS CRISTO em sua morte para o pecado, e em sua ressurreição para uma nova vida. O batismo simboliza a submissão a CRISTO, a disposição para viver segundo a vontade de DEUS, e a identificação com o povo da aliança de DEUS. Batizar em nome do Pai, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO é um gesto que afirma a realidade da Trindade, o conceito que veio diretamente do próprio Senhor JESUS. Ele não disse para batizar “nos nomes”, mas “em nome” do Pai, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO.
Embora em missões anteriores JESUS tivesse enviado os discípulos somente aos judeus (10.5,6), a sua missão a partir de então seria a todas as nações. Isto é chamado de Grande Comissão. Os discípulos tinham sido bem treinados, e tinham visto o Senhor ressuscitado. Eles estavam preparados para ensinar as pessoas de todo o mundo a guardar todas as coisas que JESUS tinha mandado. Isto também mostrava aos discípulos que haveria um período entre a ressurreição de JESUS e a sua segunda vinda. Durante este período, os seguidores de JESUS tinham uma missão a cumprir - evangelizar, batizar e ensinar as pessoas a respeito de JESUS para que elas, por sua vez, pudessem fazer a mesma coisa.
As boas novas do Evangelho deveriam ser transmitidas a todas as nações. Com este mesmo poder e autoridade, JESUS ainda nos ordena que contemos a outros sobre as boas-novas, e os façamos discípulos do reino. Nós devemos ir – seja à porta ao lado ou a outro país - e fazer discípulos. Esta não é uma opção, mas um mandamento a todos os que chamam JESUS de “Senhor”. Quando obedecermos, sentiremos conforto sabendo que JESUS está conosco todos os dias. Isto irá acontecer por meio da presença do ESPÍRITO SANTO na vida dos crentes. O ESPÍRITO SANTO será a presença de JESUS que nunca os deixará (Jo 14.26; At 1.4,5). JESUS continua a estar conosco hoje, por meio do seu ESPÍRITO. Da mesma maneira como este Evangelho se iniciou, ele termina - Emanuel, “DEUS conosco” (1.23).
As profecias do Antigo Testamento e as genealogias do livro de Mateus apresentam as credenciais de JESUS que o qualificam para ser o Rei do mundo - não um líder militar ou político, como os discípulos originalmente tinham esperado, mas o Rei espiritual que pode derrotar todo o mal e governar no coração de cada pessoa. Se nos recusarmos a servir fielmente ao Rei, seremos súditos desleais. Precisamos fazer de JESUS o Rei da nossa vida, e adorá-lo como nosso Salvador, Rei e Senhor.
Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. pag. 171.
 
A ordem com autoridade universal: Ide!
A essa ordem poderosa, Ide!, acrescenta-se a tríplice ordem de serviço ou ordem de missão de JESUS:
• Façam que todos os povos sejam discípulos!;
• Batizem-nos!;
• Ensinem-nos!
A tríplice ordem missionária é emoldurada pela palavra da onipresença: Eis que estou convosco todos os dias até a consumação do tempo.
A essência da comunidade de JESUS é que o JESUS Ressuscitado continua vivo e atuante. É a comunhão oculta dos cristãos com o CRISTO, dos chamados com o que chama, dos enviados com o que envia.
Fritz Rienecker. Comentário Esperança Evangelho de Mateus. Editora Evangélica Esperança.
 
TODAS AS NAÇÕES
JESUS enviou Seus servos para fazer discípulos em todas as nações (ethne, povos; M t 28 .19).
Ele estava demonstrando ser muito mais do que o Rei dos judeus; Ele é o CRISTO mundial, o Salvador do mundo inteiro.
Na verdade, JESUS vinha mostrando-lhes isso desde o início de Seu ministério. Mateus deixou registrada Sua obra entre os gentios (Mt 8.10; 15.24) e citou Isaías 42.1-4 para afirmar que JESUS anunciaria aos gentios [as nações] o juízo e que, no seu nome, os gentios esperarão (M t 12 .14-21). Todavia, os discípulos levaram muito tempo para acreditar nisso. Será que seu Senhor poderia estar mesmo interessado em “todas as nações”? Eles mesmos não estavam. Seria fácil aceitar a ideia de JESUS se importar com todo o mundo. Mas não seria mais fácil ainda seguir um CRISTO que se adequasse apenas à cultura deles?
Tiveram um grande choque cultural quando o ESPÍRITO SANTO trouxe um novo grupo à comunhão, inclusive discípulos helenistas, samaritanos e, enfim, gentios de todos os tipos (A t 6.1-7; 8 .4 -2 5 ; 10.1— 11.18; 15.1-21).
Um dos maiores desafios que os cristãos enfrentarão nos próximos anos é o mesmo que os discípulos enfrentaram no início de seu movimento: não somente crer em JESUS, mas também reconhecer que Ele de fato veio para todas as nações. DEUS nos mandou fazer discípulos em todo o mundo porque isso faz parte de Seu grande propósito de, a longo prazo, tornar Seu nome conhecido em todas as nações (M l 1.11).
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Novo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 87.
 
I Cor 9.16. Ninguém merece crédito por fazer a sua obrigação. Paulo diz: "Pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim se não anunciar o evangelho!" (16) Sem dúvida, ele está se referindo à missão especial que havia recebido no caminho de Damasco (At 9.6). Ele havia sido um “vaso escolhido” para levar o nome de CRISTO diante dos gentios, e dos reis, e dos filhos de Israel (At 9.15) e havia sido separado pelo ESPÍRITO SANTO para esse trabalho especial (13.2). Portanto, seria impossível fazer outra coisa, a não ser pregar o evangelho, sem se rebelar diretamente contra DEUS (Rm 1.14; G11.15).
Pregar era a própria vida de Paulo, e ele “não podia parar de fazê-lo, da mesma forma como não podia parar de respirar”. A palavra imposta significa “fortemente impulsionado”. Assim, pregar era uma “função que ele foi forçado a executar”.  (forçado por vontade própria, por assim dizer - Observação minha - Ev. Luiz Henrique).
Donald S. Metz. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 8. pag. 314-315.
 
“Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim se não anunciar o evangelho! E meu encargo, meu negócio; é o trabalho para o qual eu fui constituído apóstolo (cap. 1.17). Este é um dever expressamente colocado sobre mim. Não é em grau algum um assunto de liberdade. É me imposta essa obrigação. Eu seria falso e infiel à minha crença, eu violaria uma ordem clara e expressa, e ai de mim se não anunciar o evangelho!”
Aqueles que são separados para o ofício do ministério têm o encargo de pregar o evangelho. Ai deles se não o fizerem. Disso nada é esperado. Quando ele renuncia ao seu direito por causa do evangelho e das almas dos homens, embora ele não faça mais que a obrigação, ainda assim nega-se a si mesmo, renuncia a seu privilégio e direito; ele faz mais do que seu encargo e ofício em geral (e todas as vezes) o obriga a fazer. Ai dele se não pregar o evangelho. Note que é uma alta realização na religião renunciar a nossos próprios direitos para o bem de outros; isto dará direito a uma recompensa peculiar da parte de DEUS.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE Edição completa.Editora CPAD. pag. 465.
 
2. O mundo está dividido em dois grupos.
O mundo seria dividido entre dois grupos. Os crentes e os incrédulos. Os salvos e os perdidos. “Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado” (Mc 16.16). Em sua visão divina, JESUS não vê nacionalidade, condição social, a cor da pele, raça, sexo, condição financeira ou econômica (G1 3.28). Ele só vê dois tipos de pessoas. Os salvos pela fé e os perdidos por causa da descrença nEle e em seu evangelho. Os homens não têm alternativa. Ou creem para serem salvos ou permanecem na incredulidade para serem perdidos. Os discípulos entenderam que a Grande Comissão é questão de vida ou de morte. A escolha é de cada um. A responsabilidade é individual. Mas a missão de pregar o evangelho é coletiva. E da Igreja. Os evangelistas têm um papel de vanguarda. Mas a ninguém é dado o direito de escusar-se de ser testemunha de JESUS.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 98-99.
 
Mc 16.16. E for batizado. A omissão de batizado com não-crer mostra que JESUS não torna o batismo essencial para a salvação. A condenação apoia-se na não-crença e não na falta de batismo. Portanto, a salvação apoia-se na crença. O batismo é meramente a figura da nova vida, e não o meio de obtê-la.
A. T. ROBERTSON. Comentário Mateus & Marcos. À Luz do Novo Testamento Grego. Editora CPAD. pag. 545.
 
Gl 3.28. Tendo descrito a unidade que o crente tem com CRISTO, Paulo se afasta momentaneamente para considerar as implicações desta unidade. Não só o crente e seu Senhor foram unidos, mas todos os crentes foram unidos como um em CRISTO. Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em CRISTO JESUS (28). Paulo foi feliz na lista que fez das inerradicáveis distinções sexuais, raciais e sociais. Isto mantém cristalinamente claro o fato de que o significado pretendido por Paulo é espiritual. A existência destas distinções terrenas continuará, mas desaparecem como obstáculos à comunhão no corpo de CRISTO, e é sobre isso que ele está falando. Esta é a visão inspirada de Paulo da unidade existente em CRISTO, porque DEUS não faz acepção de pessoas. Não nos esqueçamos de que Paulo está lidando com a questão de posição preferencial com DEUS. Na sociedade judaica, os judeus, os livres e os homens eram superiores; ao passo que os gentios, os escravos e as mulheres eram inferiores. Estas discriminações também se aplicavam à relação do indivíduo com DEUS. Paulo argumenta que, à vista de DEUS, todos são um e iguais quando eles se chegam a DEUS com base na fé em CRISTO.
Lógico que esta verdade não significa, nestes dias de crescente esclarecimento na área social e racial, que o crente pode se retirar à sua cidadela de unidade espiritual e ignorar suas responsabilidades como membro da sociedade. Temos aqui uma verdade dedutível: As pessoas, que são de valor igual aos olhos de DEUS, não devem ser discriminadas por que professam ser seguidoras de CRISTO.
R. E. Howard. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 9. pag. 52-53.
 
Gl 3. 28. Essa dificuldade é removida quando o apóstolo diz: “...todos quantos fostes batizados em CRISTO já vos revestistes de CRISTO”. Por essa razão, parece que com o evangelho o batismo ocupa o lugar da circuncisão, e que aqueles que pelo batismo são consagrados a CRISTO, e sinceramente creem nele, devem receber todos os privilégios da condição cristã como os judeus receberam por meio da circuncisão (Fp 3.3), e, portanto, não havia motivo para a continuação desse ritual judaico. Observe que, em segundo lugar, em nosso batismo nos revestimos de CRISTO. Com isso professamos nosso discipulado da parte dele e somos obrigados a comportar-nos como seus servos fiéis. Quando somos batizados em CRISTO, somos batizados na sua morte, para que como Ele morreu e ressuscitou, nós também morramos para o pecado e caminhemos em novidade de vida (Rm 6.3,4). Seremos grandemente beneficiados se lembrarmos disso com maior frequência.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE Edição completa.Editora CPAD. pag. 557.
 
Gl 3.28 — O contexto desse versículo é a justificação pela fé em CRISTO JESUS, o fato de JESUS ter redimido todos aqueles que creem nele, seja judeu ou gentio (Gl 3.26—4-27). Distinções raciais, sociais e sexuais que tão facilmente causam divisões não impedem uma pessoa de chegar a CRISTO para receber sua misericórdia. Todas as pessoas podem se tornar herdeiros de DEUS e receber suas promessas eternas (Gl 4-5-7).
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Novo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 489-490.
 
Tanto judeus como gregos, todos estão debaixo do pecado. Pela lógica incessante e pelo discernimento psicológico penetrante, Paulo acaba de provar que os judeus estão na mesma situação pecadora que os gentios; ambos estão igualmente sob o pecado. Estar debaixo do pecado significa não somente estar sob a culpa mas também sob o poder do pecado. “Estes dois significados, o pecado como uma transgressão e o pecado como um poder, são exigidos pelo contexto”. Mas muito mais importante do que qualquer análise deste tipo que eu possa ter feito, prossegue Paulo, é o fato de que este é o veredicto das Escrituras - como está escrito: Não há um justo, nem um sequer.
O pecado é tão universal que não admite sequer uma única exceção.
William M. Greathouse. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 8. pag. 62-63.
 
Rm 3. 9-12. Paulo revive sua afirmação da culpa e corrupção geral da humanidade como um todo.
Aquele que, quando Ele mesmo tinha feito tudo, olhou para tudo que havia feito, e viu que tudo era muito bom, agora que o homem arruinou tudo, Ele olhou, e viu que tudo era muito mau. Vejamos os indivíduos. Observe:
1. Aquilo que é habitual, que é duplicado:
(1) Um defeito habitual de tudo que é bom. [1] “Não há um justo”, nenhum que tenha um princípio bom e honesto de virtude, ou é governado por um tal princípio, ninguém que retenha qualquer coisa daquela imagem de DEUS, que consiste na justiça, na qual o homem foi criado; não, “...nem um sequer”; implicando que se houvesse apenas um, DEUS o teria descoberto. Quando todo o mundo era corrupto, DEUS colocou seus olhos sobre um justo, Noé. Mesmo aqueles que através da graça são justificados e santificados não são, nenhum deles, justos por natureza. Nenhuma justiça nasce conosco.
O homem segundo o coração do próprio DEUS declara-se concebido em pecado. [2] “Não há ninguém que entenda” (v. 11). A falta está na corrupção do entendimento, que é cego, depravado e pervertido. A religião e a justiça têm tanta razão a seu lado que se as pessoas tivessem algum entendimento elas seriam melhores e fariam o melhor. Mas eles não compreendem. Pecadores são loucos. [3] “...ninguém que busque a DEUS”, isto é, ninguém que tenha qualquer respeito por DEUS, qualquer desejo por Ele. Esses que não buscam a DEUS podem com razão ser considerados como não tendo entendimento.
A mente carnal está tão longe de buscar a DEUS que realmente se torna inimizade contra Ele. [4] “...juntamente se fizeram inúteis” (v. 12). Aqueles que abandonaram a DEUS logo não servem para nada, são fardos inúteis da terra. Os que estão em estado de pecado são as criaturas mais infrutíferas debaixo do sol; por isso a sequência: [5] “Não há quem faça o bem”; não, nem um homem justo sobre a terra, que faça o bem, e não peque (Ec 7.23). Mesmo naquelas ações dos pecadores em que há alguma bondade, há um erro fundamental no princípio e no fim; de maneira que se pode dizer: Não há ninguém que faça o bem. Malum oritur ex quolibet defectu - Todo defeito é fonte do mal.
(2) Um defeito habitual em cada coisa que é má: “Todos se extraviaram...”. Não é de admirar-se que esses que erram o caminho certo não busquem a DEUS, a finalidade mais sublime. DEUS fez o homem no caminho, colocou-o na direção certa, mas esse o abandonou. A corrupção da humanidade é uma apostasia.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE Edição completa.Editora CPAD. pag. 323-324.
 
3. A Grande Comissão hoje.
Após a descida do espírito SANTO, aqueles discípulos que estavam amedrontados, após a morte de JESUS, tornaram-se intrépidos evangelistas e saíram levando o evangelho aonde puderam chegar, mesmo por causa da perseguição religiosa. O apóstolo Pedro, que negara JESUS três vezes, antes de ser revestido pelo ESPÍRITO SANTO, em sua primeira pregação, com altivez e coragem, viu quase três mil almas aceitarem a CRISTO como Salvador. Suas palavras foram simples e objetivas: “E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de JESUS CRISTO para perdão dos pecados, e recebereis o dom do ESPÍRITO SANTO. Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos DEUS, nosso Senhor, chamar” (At 2.38-41).
A Grande Comissão continua até à volta de JESUS. É “tarefa inacabada”. Segundo estatísticas de organizações evangélicas, o mundo tem 33% de cristãos, incluindo católicos evangélicos, espíritas, Testemunhas de Jeová, e outros. Os evangélicos só alcançam 11 % do total da população mundial. Há muito o que se fazer ainda, antes da vinda de JESUS. Há muito trabalho para as igrejas, em busca das almas perdidas. Nesse contexto, o papel dos apóstolos (missionários), profetas, evangelistas (pregadores), pastores e doutores é de grande valia e necessidade. Que DEUS desperte mais obreiros genuínos para fazer a sua obra evangelizadora no mundo. Que os verdadeiros evangelistas se disponham a ganhar almas para CRISTO.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 100-101.
 
COMISSÃO, A GRANDE.
Um novo movimento religioso havia sido inaugurado, que só esperava ser mundialmente propagado. Era preciso contar com a colaboração de obreiros para esse mister. Esses obreiros precisavam ser devidamente instruídos e comissionados. A obra missionária de JESUS precisava ter prosseguimento, pelo esforço dos apóstolos e de seus discípulos. A Grande Comissão, pois, foi a autoridade e a grande inspiração para esse imenso empreendimento.
2. Versões Bíblicas
«E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer, será condenado». Além dessa comissão, temos uma adição concernente aos sinais que acompanhariam aos que creem e pregam o evangelho. Eles expulsariam demônios, falariam novas línguas, não seriam prejudicados com picadas de serpentes ou com a ingestão de algum veneno, e curariam os enfermos.
A ideia das picadas de cobras provavelmente foi tomada por empréstimo de Salmos 91:13. Quanto à Grande Comissão a versão de Mateus é a mais comumente citada.
JESUS, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do ESPÍRITO SANTO; ensinando-os a guardar todas as causas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias, até à consumação do século» (Mat. 28:18-20).
A versão lucana da Grande Comissão aparece em Lc. 24:46-49, vinculada à aparição de JESUS aos seus discípulos, imediatamente antes de sua ascensão. Esse evento é registrado como se tivesse ocorrido no mesmo dia da ressurreição, sem qualquer intervalo de tempo. O livro de Atos, entretanto, informa-nos que entre a ressurreição e a ascensão houve um período de quarenta dias, durante o qual JESUS apareceu por diversas vezes a seus discípulos, para instruí-los acerca do reino de DEUS. No terceiro evangelho, a Grande Comissão diz como segue: «...e lhes disse: Assim está escrito que o CRISTO havia de padecer, e ressuscitar dentre os mortos no terceiro dia, e que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados, a todas as nações, começando de Jerusalém. Vós sois testemunhas destas cousas. Eis que envio sobre vós a promessa de meu Pai; permanecei, pois, na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder». No evangelho de Mateus, pois, aprendemos que a autoridade divina foi investida nos apóstolos mediante o dom do ESPÍRITO. Em Marcos, essa autoridade é ilustrada mediante os feitos miraculosos que os discípulos seriam capazes de realizar. Novamente, devemos supor que todas as narrativas sumariam o conteúdo geral de diversas declarações de JESUS, provavelmente feitas em diversas ocasiões, e não em uma única oportunidade.
No evangelho de João. No quarto evangelho a Grande Comissão é bastante diferente. não se tendo apoiado sobre as mesmas fontes informativas que os evangelhos sinópticos, Ver João 20:21-23: «...Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio. E, havendo dito isto, soprou sobre eles, e disse: Recebei o ESPÍRITO SANTO. Se de alguns perdoardes os pecados, são-lhe perdoados; se lhos retiverdes, são retidos». Tal como no caso do evangelho de Lucas, encontramos menção ao ESPÍRITO, que dá poder e autoridade. Tal como no caso desse evangelho, temos também a questão do perdão dos pecados, com ênfase sobre o poder apostólico de perdoar ou de reter os pecados, mediante o ministério deles.
No livro de Atos. Nesse livro há menção ao intervalo de quarenta dias entre a ressurreição e a ascensão de JESUS (Atos 1:3). Ali a Grande Comissão é vinculada de perto com a promessa do ESPÍRITO (Atos 1:8). A própria Grande Comissão está contida nestas palavras: «... mas recebereis poder, ao descer sobre vós o ESPÍRITO SANTO, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra» (Atos J:8). A menção a Jerusalém, Judéia, Samaria, e, finalmente, os confins da terra, é peculiar ao livro de Atos. E a ascensão é registrada como se tivesse ocorrido imediatamente após JESUS haver dado instruções e anunciado a Grande Comissão.
a. Esse variegado testemunho acerca da Grande Comissão assegura-nos a sua autenticidade.
b, Mas essa mesma variedade também revela-nos que as várias formas em que aparece a Grande Comissão devem corresponder a porções ou sumários de uma série de ensinos de JESUS, após a sua ressurreição.
c. A porção final de tais instruções aparentemente foi dada imediatamente antes da ascensão, e isso deve ter adicionado vigor ao que JESUS dizia, pois, afinal de contas. a Grande Comissão representa as palavras finais de CRISTO, selando suas instruções.
d. A Grande Comissão teve por propósito encorajar a continuação de sua missão, e também ampliá-la, até tomar-se absolutamente universal. O provincialismo relativo de judaísmo foi assim deixado para trás, e o cristianismo haveria de ser uma fé realmente universal, no sentido de estar dispersa pelo mundo inteiro.
e. Não há como cumprir a Grande Comissão sem o concurso do poder, da autoridade e do batismo no ESPÍRITO SANTO.
f. A Grande Comissão convoca os homens de todos os lugares para arrependerem-se e confiarem no evangelho. Ela tem um intuito evangelizador, e a salvação das almas encontra-se no foco das atenções.
g. Uma grande responsabilidade é posta sobre os homens, porquanto a eles cumpre executar a Grande Comissão.
Destarte, o Senhor é sempre o Senhor, é sempre o poder principal no evangelismo. Ele compartilha dessa tarefa com os crentes, mas nunca se ausenta dessa atividade.
Portanto. o resultado será absolutamente universal, conforme Efésios 1:10 nos assegura. Os homens, em sua falsa espiritualidade e em seu orgulho, pensam que a evangelização depende inteiramente deles. Mas o Salvador sempre, e em toda parte será o Salvador. Se isso não fosse verdade, então o propósito da Grande Comissão teria falhado desde há muitos séculos. (ANO FRO GLO)
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 1. Editora Hagnos. pag. 814-815.
 
Ill - O DOM MINISTERIAL DE EVANGELISTA
1. O conceito de evangelista.
É um dom de DEUS, concedido através da capacitação espiritual e ministerial para a propagação do evangelho de CRISTO a todas as pessoas que estiverem ao alcance da mensagem do obreiro que tem a chamada para cuidar da evangelização, como prioridade em sua missão. O evangelista esmera-se em buscar de DEUS mensagens inspiradas e cheias de unção para tocarem os corações dos pecadores. O evangelista é por excelência o pregador das Boas-Novas de salvação. O salmista viu o trabalho dos evangelistas, em mensagem profética: “O Senhor deu a palavra; grande era o exército dos que anunciavam as boas-novas” (Sl 68.11). Nos dias presentes, há muitos evangelistas, espalhados pelo Brasil e pelo mundo afora, difundindo a pregação do evangelho de salvação em CRISTO JESUS. Seus corações ardem de amor pelas almas perdidas, e elaboram mensagens, com oração, jejum e estudo da Palavra, para que, na hora do sermão, sejam instrumentos nas mãos de DEUS para alcançar a mente e o coração dos que precisam de CRISTO.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 101.
 
Observação minha - Ev. Luiz Henrique - É uma pessoa dada à igreja, chamada e escolhida por JESUS, sendo capacitada pelo ESPÍRITO SANTO com dons, para exercer o ministério de evangelista, conforme Efésios 4.11, ou seja, ganhador de almas. É um apaixonado por almas.
 
EVANGELISTA - Aquele que é chamado para pregar o Evangelho em muitos lugares. Palavra derivada do verbo evangelizo. Evangelizar significa trazer boas novas a alguém, especificamente anunciar informações a respeito da salvação cristã (1 Co 15.1-4).
A palavra é encontrada três vezes no Novo Testamento. Os evangelistas estão relacionados junto com os apóstolos, profetas, pastores e doutores, como aqueles que são chamados para compartilhar a construção da igreja (Ef 4.11ss). Filipe foi chamado de "o evangelista" (At 21.8). Embora antes fosse um dos sete escolhidos para aliviar os apóstolos da tarefa de distribuir alimentos (At 6.5), ele foi especialmente notado por sua atividade evangelizadora. De Jerusalém, ele foi até Samaria e pregou com grande sucesso (At 8.4ss). Dali foi enviado para evangelizar um oficial da corte etíope, que estava viajando para casa depois de visitar Jerusalém (At 8.26ss). Então pregou o Evangelho desde Azoto até Cesareia, onde veio a ter casa (At 8.40; 21.8).
Timóteo, o jovem ministro, foi exortado a realizar o trabalho de um evangelista (2 Tm 4.5). Está claro que, embora os apóstolos e outros compartilhassem o trabalho de evangelização, havia homens que DEUS chamava especialmente para essa tarefa. Nos anos posteriores, os escritores dos quatro Evangelhos foram chamados de evangelistas porque registraram, de forma persuasiva, os fundamentos do Evangelho de CRISTO.
N. B. B. - PFEIFFER .Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 725-726.
 
EVANGELISTAS
Os apóstolos eram evangelistas e também profetas; mas, além desses, havia outros, especialmente talentosos, dotados do dom da fé, da exortação e de outras manifestações espirituais apropriadas para seu oficio, os quais eram presenteados à igreja para multiplicá-la em número. O grupo dos evangelistas, era aquele que efetuava a missão evangelizadora da igreja entre os judeus ou os gentios, em posição subordinada aos apóstolos, Geralmente os evangelistas não estavam limitados a qualquer comunidade cristã local, mas foram de lugar em lugarconduzindo os homens à fé e à conversão a CRISTO.
Apenas a epístola aos Efésios menciona especificamente os «pastores». Os evangelistas são os pioneiros no trabalho propagandístico da Igreja cristã. Os evangelistas lançam uma trilha que, em seguida, transforma-se em auto--estrada. Ministros especiais do evangelho, com poderes quase apostólicos. eram chamados «evangelistas" no Novo Testamento, como os casos de Filipe (Atos 21:8) e Timóteo (11 Tim. 4:5).
Os evangelistas são concedidos à Igreja como um «dom» divino à mesma, a fim de expandir as suas fronteiras e aumentar o número de seus membros (Efé. 4:11).
Os Documentos Sagrados e os Evangelistas. Na antiga Igreja cristã falava-se sobre os evangelistas, que seriam os autores dos quatro evangelhos canônicos. Faziam isso com base no fato de que a mensagem evangelizadora fundamental está contida nesses quatro primeiros livros do Novo Testamento, embora saibamos que isso não deve ser entendido literalmente. A mensagem do evangelho cristão é exposta também no livro de Atos, nas epístolas e até mesmo no livro de Apocalipse.
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 2. Editora Hagnos. pag. 606.
 
2. O papel do evangelista.
HOMENS CAPACITADOS PARA PREGAR
Filipe era um dos sete diáconos, escolhidos para cuidarem da assistência social aos primeiros crentes, na igreja nascente, nos primórdios do cristianismo (At 6.1-3). Tinha qualidades espirituais que o credenciavam a ser mais que um diácono, encarregado de ações sociais em favor dos pobres. A igreja viu nele um diácono. DEUS o viu como evangelista. Era homem que tinha intimidade com DEUS. O ESPÍRITO SANTO lhe mandou para uma estrada deserta, entre Jerusalém e Gaza. Obedecendo à voz de DEUS, Filipe descobriu que um alto funcionário do reino da Etiópia viajava em seu carro (carruagem), e foi compelido a aproximar-se do viajante. Ao ouvir o texto que o homem lia, Filipe percebeu que DEUS lhe dera grande mensagem para transmitir ao sedento viajante. (At 8.27-29).
O papel do evangelista é entendido de maneira bastante restrita nas igrejas. No entanto, quando Paulo escreve sua segunda carta ao jovem obreiro Timóteo, mostra que além de ser um arauto da pregação do evangelho, tem o dever, também, de ampliar sua visão e ministério.
Há exemplos de pregadores, que, no meio de uma pregação, são usados por DEUS para entregar uma mensagem de exortação às vezes severa. Quando isso acontece, os efeitos sobre o auditório e sobre a liderança são de aprovação e quebrantamento. Ainda que seja a última vez que venha aqui, que nunca mais seja convidado, vou dar a mensagem...”.
O papel do evangelista envolve a demonstração do poder de DEUS na mensagem. O evangelista Filipe foi a Samaria e fez um trabalho digno de ter seu registro no Novo Testamento (At 8.5-8).
 
O RESULTADO DO TRABALHO DO EVANGELISTA
A mensagem do evangelista foi tão impactante, que o homem converteu-se e desejou ser um seguidor de CRISTO. Após a bem-sucedida evangelização, ao lado do alto dignitário etíope, Filipe deve ter-lhe falado sobre a necessidade do batismo em águas. Sem perda de tempo, o novo convertido a JESUS quis logo ser batizado em águas. Diz o texto (At 8.36, 37). Ali, na estrada deserta, entre Jerusalém e Gaza, três coisas importantes ocorreram, na vida do evangelista Filipe.
Ele pregou o evangelho, na unção do ESPÍRITO SANTO; o atento ouvinte aceitou a CRISTO como Salvador; o discipulado foi tão eficaz, que o novo decidido quis logo batizar-se em águas; e Filipe mostrou qual é a condição para um novo crente ser batizado: “E lícito, se crês de todo o coração ’. “E mandou parar o carro, e desceram ambos à água, tanto Filipe como o eunuco, e o batizou” (At 8.38). O novo convertido foi batizado no mesmo dia em que ouviu a mensagem evangelística.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 102-103.
 
O Ofício de Evangelista - Brian Schwertley
Muitas denominações ainda têm um oficial chamado evangelista. O evangelista moderno gasta a maior parte do tempo fazendo a obra de evangelismo. Contudo, mesmo o título de “evangelista” estando ainda em uso hoje, se deve fazer distinção entre o ofício de evangelista do Novo Testamento e seu conceito moderno.
Os evangelistas do Novo Testamento receberam poderes sobrenaturais do ESPÍRITO para operar sinais e milagres (e.g., Estevão – At. 6:8; Filipe – At. 8:13; Barnabé – At. 14:3). Os dons miraculosos foram necessários para autenticar a mensagem do evangelho a cada vez que havia nova revelação (cf. Ex. 4:5; 1 Re. 17:4; Jo 17:4; 2 Co. 12:12; etc.).
Os evangelistas do Novo Testamento frequentemente se envolviam em obras especiais. Quando os apóstolos tinham um trabalho especial para fazer eles escolhiam um evangelista para a tarefa. Eles eram em certo sentido vigários apostólicos; isto é, eram homens investidos com poderes especiais para um propósito específico. Eles desempenharam tarefas ministeriais.
“Espero, porém, no Senhor JESUS, mandar-vos Timóteo, o mais breve possível, a fim de que eu me sinta animado também, tendo conhecimento da vossa situação.” (Fp. 2:19). Paulo ordenou Tito para “constituir presbíteros em cada cidade” (Tt. 1:5; cf. At. 15:22; 2 Tm. 4:9; Tt. 3:12).
Sempre que Paulo lista os oficiais da igreja ele sempre coloca o evangelista antes do pastor. Esta posição é logicamente determinada pelas habilidades do evangelista para operar sinais e milagres e suas funções como representantes apostólicos para inspecionar as igrejas, designar presbíteros e assim por diante.
Extraído de Spiritual Gifts, Part 3 – Evangelist. Copyright © 2004 Brian Schwertley, Haslett, MI. Tradução: Márcio Santana Sobrinho.
 
3. A finalidade do ministério do evangelista.
Todos os crentes, que formam a igreja, estando unidos em CRISTO pela fé, e entre si pela caridade cristã, “...crescem para templo santo...”, tornando-se uma sociedade sagrada, na qual há muita comunhão entre DEUS e seu povo, como no templo. Na igreja eles o adoram e servem, e Ele se manifesta no meio deles. Eles oferecem sacrifícios espirituais a DEUS, e Ele reparte suas bênçãos e favores a eles. Assim, o edifício, pela sua natureza, é um templo, um templo santo; porque a igreja é o lugar que DEUS escolheu para colocar o seu nome, e ela se tornou um templo pela graça e força obtida dele - no Senhor. A igreja universal sendo edificada sobre CRISTO como a pedra fundamental, e unida em CRISTO como a principal pedra da esquina, vem finalmente a ser glorificada nele como a pedra mais elevada:
“...no qual também vós juntamente sois edificados...” (v. 22). Observe: Não somente a igreja universal é chamada de templo de DEUS, mas as igrejas locais também o são. Cada crente verdadeiro é um templo vivo, um edifício “...para morada de DEUS no ESPÍRITO”. DEUS habita em todos os crentes que se tornaram o templo de DEUS por meio da operação do abençoado ESPÍRITO, e essa moradia agora é uma garantia da moradia deles junto com Ele na eternidade.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE Edição completa.Editora CPAD. pag. 585.
 
“Templo SANTO no Senhor” (20-22)
O uso da palavra “família” (oikeioi), no versículo 19, conduziu a esta caracterização da igreja. Oikeioi é derivado da palavra que significa “casa” no sentido de residência, moradia, habitação. Robinson comenta: “Eles não são meros membros da casa, mas fazem parte da casa de DEUS”. A igreja é um santo templo em construção, e é uma habitação de DEUS no ESPÍRITO (22).
Os apóstolos e profetas são as pedras da fundação do templo (20a). Recebem esta designação, porque sua função é proclamar a Palavra do Senhor. Wesley observa que “a palavra do Senhor, declarada pelos apóstolos e profetas, sustenta a fé de todos os crentes”. Nesta relação, CRISTO é a pedra da esquina. Todos os outros são pedras de menor significação. Mas, mesmo sendo de menor importância, os apóstolos e outros ministros na igreja são pedras de fundação no edifício de DEUS.
Era a pedra colocada na fundação em um canto, não só para firmar tudo, mas para estabelecer o alinhamento para os muros. Esta opinião está de acordo com 1 Pedro 2.7 e apoia a ideia de que CRISTO é aquele de quem a construção depende.
 
Os crentes em CRISTO são as pedras vivas, que bem ajustadas, crescem para templo santo. Paulo está interessado em mostrar que a igreja ainda está no processo de construção. Por isso, emprega a metáfora do crescimento. Mackay comenta: “E permanente o acréscimo de outras pedras vivas ao edifício inacabado. As pedras que já estão e as que ainda serão postas na estrutura sagrada devem ‘crescer para templo santo no Senhor’”. Este crescimento ocorre e fica bonito somente quando seus novos membros, “pela qualidade do seu discipulado em manter-se estritamente fiel ao Senhor, contribuem para a unidade, força e perfeição da igreja”.
O templo no qual os gentios são edificados é a habitação de DEUS. Paulo escreveu aos crentes coríntios: “Não sabeis vós que sois o templo de DEUS e que o ESPÍRITO de DEUS habita em vós?” (1 Co 3.16). No novo concerto, DEUS não só chama um povo, mas mora com eles. Como afirma Mackay: “A Igreja Cristã, quando é verdadeiramente a Igreja, é a Casa da Presença”.
Willard H. Taylor. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 9. pag. 143-144.
 
“No qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para templo santo no Senhor” (Ef 2.19-23). O que quer que possa nos dividir, CRISTO nos une. Quaisquer que sejam os medos ou as desconfianças que gerem hostilidade, CRISTO traz a paz. E devemos permitir que Ele faça isso. Pois o “templo santo no Senhor” que JESUS está edificando hoje só surge quando o seu povo está “bem ajustado”.
Não permita que algum partidário lhe divida. Não deixe que um pregador estridente de divergências doutrinárias lhe isole de irmãos e irmãs cuja fé é uma com a sua, só porque as crenças deles são diferentes das suas. E não deixe que a raça, ou a idade, ou a posição social, ou a educação, ou a riqueza ou a pobreza, lhe dividam. Tente alcançar os outros, e de mãos dadas sejam edificados “para morada de DEUS no ESPÍRITO”.
Lawrence O. Richards. Comentário Devocional da Bíblia. Editora CPAD. pag. 856.
 
Filipe em Samaria (8.4-8)
Aqueles que tinham sido dispersos pela perseguição (cf. 1) iam por toda parte (4). Uma tradução mais precisa é “passavam de um lugar para outro” (ASV). No livro de Atos, é usado para descrever uma atividade missionária da igreja.
Aonde quer que fossem, estavam anunciando a palavra. O verbo euangelizo é um outro termo favorito de Lucas. Com o significado de “anunciando novidades jubilosas”, é uma palavra que se encaixa perfeitamente para descrever a pregação do Evangelho, por estes missionários do século I.
Dos sete homens escolhidos para cuidar dos assuntos materiais da igreja (6.1-6), dois representaram papéis importantes. Estêvão tornou-se o primeiro mártir. Filipe (5) foi o primeiro a ser chamado de “evangelista” (21.8). Este capítulo conta o início dos seus esforços para evangelizar.
Ele desceu a Samaria (5). Embora Samaria esteja ao norte da Judéia, na mente dos judeus, as pessoas sempre “subiam” a Jerusalém e “desciam” dali para qualquer outro lugar.
Descendo Filipe à cidade de Samaria. No Antigo Testamento, Samaria é o nome da capital do Reino no Norte de Israel, embora às vezes a palavra se refira à nação. Mas, no Novo Testamento, o termo normalmente se refere ao distrito localizado entre a Judéia, ao sul, e a Galiléia, ao norte.
Filipe pregava. Esta palavra é kerysso, “anunciar” ou “proclamar como um arauto”. Os samaritanos, juntamente com os judeus, estavam procurando o Messias que viria (Jo 4.25).
Os ouvintes de Filipe prestavam atenção (6) ao que ele anunciava. Eles ouviam as palavras que ele dizia porque viam e ouviam os sinais (trad. literal) que ele realizava. A realização de milagres representou um papel importante no ministério de JESUS e no início da evangelização dos judeus e samaritanos. Paulo declarou: “Porque os judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria” (1 Co 1.22).
Expulsavam espíritos imundos (demônios) e curavam os enfermos e aflitos (7). Paralíticos e coxos eram sarados.
O resultado desta manifestação de poder divino foi grande alegria naquela cidade (8). Quando DEUS nos abençoa, segue-se sempre um período de regozijo.
 
FilipeTestemunhando ao Eunuco Etíope, 8.26-40
Filipe era um evangelista versátil, cheio do ESPÍRITO e guiado pelo ESPÍRITO. Ele podia pregar para grandes multidões em um “avivamento que alcançasse uma cidade inteira”. Mas ele também podia realizar um trabalho pessoal com um único indivíduo em uma estrada deserta. A lição essencial a ser aprendida é que, quando o ESPÍRITO SANTO nos impele a levar algum ministério a outros, Ele nos dá o poder necessário para cumprirmos a missão. Onde DEUS guia, DEUS provê. Outra lição é que, aos olhos do Senhor, nenhuma tarefa orientada pelo ESPÍRITO é pequena. Somente a onisciência divina pode antever os resultados dos poucos momentos de um testemunho dado a uma pessoa cujo coração o ESPÍRITO SANTO preparou para acolher este testemunho.
1. Um Peregrino Buscando a DEUS (8.26-31)
No meio das atividades de Filipe na cidade samaritana, com muitos convertidos para cuidar, o anjo — lit., “um anjo” — do Senhor chamou-o para uma nova tarefa. O contexto sugere que esta é uma outra maneira de dizer que o ESPÍRITO conduziu-o (cf. 29, 39). A ordem era: Levanta-te — tempo aoristo de ação imediata — e vai — tempo imperfeito de ação continua, “ir” — para a banda do sul (26).
Filipe devia ir ao caminho que desce de Jerusalém para Gaza, que estava deserto. Gaza estava a cerca de 96 quilômetros a sudoeste de Jerusalém. Era a cidade mais ao sul da Palestina, quase na fronteira do Egito. Nos tempos do Antigo Testamento, era uma das cinco cidades dos filisteus. Talvez fossem 56 quilômetros de Samaria a Jerusalém e cerca de 96 quilômetros a mais para Gaza.
Filipe levantou-se e foi (27). Os dois verbos estão no tempo aoristo e sugerem obediência imediata, Como ele foi imediatamente, encontrou um homem. Se tivesse demorado por qualquer razão, Filipe teria perdido seu encontro divino com o eunuco.
Seguindo orientações divinas, Filipe viu um etíope, que tinha ido a Jerusalém para adoração, ou “em peregrinação”, e estava agora voltando. Etiópia era o nome de um reino no Nilo, entre a atual Assuã e Khartoum. A maioria dos estudiosos atuais reconhece que a referência aqui não é à Abissínia, hoje conhecida comumente como Etiópia. Entretanto, o Westminster Dictionary ofthe Bible afirma que a profecia de Salmos 68.31 — “A Etiópia cedo estenderá para DEUS as suas mãos” — “foi cumprida com a conversão do eunuco etíope (At 8.26-40) e a introdução do Evangelho na Abissínia”.
O viajante que Filipe encontrou era um eunuco, mordomo-mor (ou alto official) de Candace, rainha dos etíopes. Mordomo-mor é dynastes, que significa “príncipe”. Candace era um título, como Faraó. Lake e Cadbury observam: “O título era dado à rainha-mãe, chefe real do governo”. O eunuco era superintendente de todos os seus tesouros, portanto, um homem de alto cargo e grande responsabilidade.
Como um homem digno de sua posição, o eunuco tinha um dos melhores meios de transporte da época. Assentado no seu carro [uma carruagem], lia o profeta Isaías (28). Pergaminhos escritos à mão eram raros e dispendiosos, mas ele era um homem rico e podia tê-los. De acordo com os costumes da época, ele lia em voz alta, pois Filipe o ouviu (30). Os rabinos determinavam que a Lei devia ser lida em voz alta por quem estivesse viajando.
Em obediência à voz interior do ESPÍRITO (29), Filipe correu (30) para emparelhar- se ao carro. Ouvindo o eunuco ler o pergaminho de Isaías, ele perguntou: Entendes tu o que lês? — uma questão pertinente em qualquer época. Entendes significa literalmente: “Você conhece?”
A resposta do eunuco etíope foi quase patética: Como poderei entender, se alguém me não ensinar? (31) Ensinar é o mesmo verbo usado por JESUS em João 16.13 como “guiar” — “Quando vier aquele ESPÍRITO da verdade, ele vos guiará em toda a verdade”. Filipe, cheio do ESPÍRITO, era capaz de dar orientações sobre as Escrituras.
Ávido por aprender o verdadeiro significado da passagem profética, o eunuco rogou que Filipe subisse à carruagem. O verbo rogou (parakaleo) é muito forte, significando “exigiu” ou “suplicou”.
2. Uma Profecia Incomum (8.32-33)
A expressão O lugar da Escritura (32) pode ser traduzida como “a passagem da Escritura”. Literalmente significa “uma porção circunscrita, uma seção”.
A citação em 32-33 foi copiada quase literalmente da Septuaginta de Isaías 53.7-8, e é uma parte de uma das “Canções do Servo” de Isaías, encontrada em um importante capítulo messiânico do Antigo Testamento. A profecia, Assim não abriu a sua boca, foi cumprida quando JESUS “nada respondeu”, quando foi falsamente acusado perante Pilatos (Mt 27.12). A frase difícil, foi tirado o seu julgamento, provavelmente significa: “lhe negaram justiça” (RSV). Gloag assim a interpreta: “O seu julgamento — o julgamento que lhe era devido — os seus direitos de justiça — lhe foram negados por seus inimigos”.
Porque a sua vida é tirada da terra.
3. Um Pregador Cheio do ESPÍRITO (8.34-40)
A questão que preocupava o eunuco etíope era: de quem diz isto o profeta? De si mesmo ou de algum outro? (34). O eunuco pareceu sentir que ela deveria ser aplicada a um indivíduo. Mas a quem?
Filipe estava à altura das exigências da situação. Abrindo a boca e começando nesta Escritura, lhe anunciou a JESUS (35). Esta era a resposta. O Servo sofredor do Senhor, de quem Isaías falara, não era nenhum outro senão JESUS, o Messias escolhido por DEUS.
Sem dúvida, a carruagem já havia percorrido uma grande distância enquanto Filipe comentava a passagem de Isaías e revelava JESUS. Finalmente, chegaram ao pé de alguma água (36), e o eunuco solicitou o batismo. Talvez Filipe tivesse repetido as palavras de Pedro no dia de Pentecostes: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de JESUS CRISTO para perdão dos pecados...” (2.38).
O eunuco mandou parar o carro (38), enquanto ele e Filipe desceram para um lago ou riacho. A água corrente era considerada preferível para o batismo cristão na Igreja Primitiva (Didache 7.1).
Quando os dois homens saíram da água, o ESPÍRITO do Senhor arrebatou a Filipe (39). Ele desapareceu. O eunuco... jubiloso, continuou o seu caminho, como todos fazem quando encontram CRISTO como Salvador. Filipe se achou — i.e., apareceu — em Azoto (40). Esta é a Asdode do Antigo Testamento, uma das cinco cidades dos filisteus. Estava situada cerca de 32 quilômetros ao norte de Gaza, a mais ou menos metade do caminho entre aquela cidade e Jope (ver o mapa 1). Em seu caminho para o norte, pela costa, Filipe anunciava o evangelho em todas as cidades — lit„ “ia evangelizando todas as cidades”. Estas incluiriam Lida e Jope, onde os crentes são mencionados logo depois disso (9.32-42). Filipe evangelizou as cidades litorâneas no extremo norte, como Cesaréia, onde o encontramos na próxima vez em que aparece no livro de Atos (21.8). Esta cidade foi construída por Herodes o Grande, e passou a chamar-se Cesaréia Sebaste em honra ao Imperador Augusto de Roma. Concluída em aproximadamente 13 a.C., foi a sede do governo romano na Judéia nos dias de JESUS.
Este capítulo pode ser usado para enfatizar a importância dos “Dois Tipos de Evangelização”: evangelização em massa (4-25) e evangelização pessoal (26-40). Sob a primeira, se destacam: 1. O método é pregar (5); 2. A mensagem é CRISTO (5); 3. O motivo é que as pessoas sejam salvas e santificadas (12-17). Sob a evangelização pessoal, chamamos a atenção para: 1. A importância da obediência imediata (27); 2. A oportunidade oferecida (27-29); 3. O lugar da Escritura profética (30-32); 4. A interpretação da passagem, (34-35); 5. A aplicação à necessidade pessoal (36-39).

Ralph Earle. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 7. pag. 265-266; 270-273. APAZDOSENHOR.ORG

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