O
ARREBATAMENTO DA IGREJA
1 Tessalonicenses 4.13-18.
13 - Não quero, porém, irmãos,
que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais,
como os demais, que não têm esperança.
14 - Porque, se cremos que Jesus
morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem Deus os tornará a
trazer com ele.
15 - Dizemo-vos, pois, isto pela
palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não
precederemos os que dormem.
16 - Porque o mesmo Senhor
descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e
os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro;
17 - depois, nós, os que ficarmos
vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor
nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.
18 - Portanto, consolai-vos uns
aos outros com estas palavras.
, Escatologia é a disciplina da
Teologia que estuda os eventos futuros narrados nas Escrituras. O termo é
proveniente de duas palavras gregas: eschatos, que tem o sentido de “último” numa sucessão, e, logia, “estudo” ou “tratado”. Como você já
percebeu, o tema das últimas coisas é recorrente em Lições Bíblicas. Não se
trata de mera repetição, mas de proclamação insistente e contínua de que Jesus
breve virá.
O termo “arrebatado”, em 1
Tessalonicenses 4.17, refere-se ao supremo evento da primeira fase da segunda
vinda de Cristo. A expressão “a encontrar o Senhor”, pode também ser traduzido
“para um encontro com o Senhor”. “Encontro” era um termo técnico freqüentemente
usado para descrever o encontro dos cidadãos com os reis ou generais, nalguma
distância fora da cidade, a fim de os escoltarem a esta. Esse conceito nistonco
descreve com muita propriedade o “encontro de Cristo com os santos”. No
entanto, é o Rei que nos conduzirá à cidade celestial, para lá vivermos para
todo o sempre.
Sendo o Cristianismo um
relacionamento amoroso e vital com o Cristo de Deus (Jo 15.4), leva-nos a
aguardar ansiosamente por sua volta.
Nesta lição, veremos o que a Palavra
de Deus ensina sobre o arrebatamento da Igreja.
Está você preparado para esse grande
dia? Jesus está às portas! Em breve a trombeta soará.
I. A IGREJA SERÁ ARREBATADA ANTES DA GRANDE TRIBULAÇÃO
Não são poucos os que confundem o
pré-milenismo com o pré-tribulacionismo. Vejamos as diferenças entre ambas as
posições.
1. Pré-milenismo. Como
o próprio nome o indica, o pré-milenismo ensina que a Igreja passará pela
Grande Tribulação, mas será arrebatada antes do estabelecimento do Milênio.
2. Pré-tribulacionismo. O
pré-tribulacionismo afirma que Jesus arrebatará a Igreja antes da Grande
Tribulação. Esta posição acha-se em perfeita harmonia com as Sagradas
Escrituras (Ap 3.10). Examinar também Lc 21.35,36; 1 Ts 1.10; 5.9.
O arrebatamento tem a ver com a
Igreja; a manifestação visível de Jesus em glória tem a ver: 1) com o
livramento de Israel do poder do Anticristo, e 2) com o julgamento das nações.
Jesus, por conseguinte, virá buscar a sua Igreja antes da Grande Tribulação. A
seguir, veremos o que é o arrebatamento dos santos.
II. O ARREBATAMENTO DA IGREJA
Consideremos o arrebatamento da
Igreja em dois sentidos: etimológico e bíblico-teológico. Tanto no Antigo
quanto no Novo Testamento, encontramos centenas de passagens sobre essa
doutrina.
1. Sentido etimológico. A
palavra arrebatamento, no contexto da escatologia bíblica significa tirar com
rapidez e de forma inesperada. Quando o Novo Testamento foi traduzido para o
latim, optou-se pelo vocábulo raptus que, originando-se do verboraptare, comporta os seguintes significados:
tirar, arrancar, tomar das mãos alguma coisa de forma violenta.
2. Definição bíblico-teológica. O
arrebatamento é a retirada imprevista e repentina da Igreja deste mundo, pelo
poder de Deus, para que, trasladada às regiões celestes, esteja para sempre com
o Senhor Jesus. O Novo Testamento dedica duas passagens ao arrebatamento da
Igreja: 1 Co 15 e 1 Ts 4. Nesta, Paulo descreve o rapto dos santos; naquela,
mostra como nossos corpos serão glorificados.
III. QUANDO SE DARÁ O ARREBATAMENTO?
Embora o arrebatamento esteja mui
próximo, ninguém sabe, nem pode afirmar, quando ele se dará. Aliás, a Bíblia
adverte para ninguém especular quanto à data do arrebatamento. Tudo o que
sabemos é que Jesus está às portas.
1. O tempo do arrebatamento. O
arrebatamento dar-se-á a qualquer instante. Jesus Cristo virá como o ladrão (1
Ts 5.4; 2 Pe 3.10). Vigiemos para que este dia não nos surpreenda. A exortação
é do próprio Cristo: “Eis que venho como ladrão. Bem-aventurado aquele que
vigia e guarda as suas vestes, para que não ande nu, e não se vejam as suas
vergonhas” (Ap 16.15).
2. Prenúncios do arrebatamento. A
maioria dos sinais e das profecias, prenunciando o retorno de Cristo, já é uma
realidade. O que dizer da criação do Estado de Israel? E as guerras e rumores
de guerra? E as fomes? E as pestes? E as sucessivas catástrofes? Permaneceremos
indiferentes à imoralidade que vai enlameando os lares? Não reagiremos à
apostasia que ameaça a Igreja de Cristo? Leia com atenção todo o capítulo 24 de
Mateus. É impossível não ver os sinais da vinda de Cristo.
As advertências aí estão; não podemos
brincar de crentes; temos de levar a sério nossa vida espiritual.
IV. COMO SE DARÁ O ARREBATAMENTO?
O apóstolo Paulo assim descreve o
arrebatamento da Igreja de Cristo aos irmãos de Tessalônica:
1. Ressoada
a trombeta de Deus, descerá o Senhor Jesus dos céus com alarido e voz de
arcanjo (1 Ts 4.16).
2. Ato
contínuo, os que dormem em Cristo ressuscitarão e, imediatamente, serão
trasladados às regiões celestes para encontrar o Senhor nos ares (1 Ts 4.16).
3. Quanto
aos que estiverem vivos, seremos transformados, arrebatados e levados ao
encontro do Senhor (1 Ts 4.17).
A glorificação dos santos, quer vivos
quer mortos, ocorrerá num momento (1 Co 15.52). A palavra no original grego,
para “momento”, é mui expressiva: atomō. Trata-se de uma fração de tempo tão ínfima que
não comporta nenhuma divisão. Ao exemplificar tal fração, Paulo traz à tona uma
imagem comum a todos nós: o abrir e fechar de olhos; um instante pequeno demais
para ser mesurado segundo a noção de tempo do ser humano.
Afinal, o que temos aqui? Um ato ou
um processo? Sem dúvida, um ato repentino; um milagre. É algo que desafia as
leis da física.
A qualquer momento, virá o Senhor
Jesus arrebatar a sua Igreja. Esta é a nossa bendita esperança (Tt 2.13). Não
fora este lenitivo, nossa vida seria insuportável. Como, porém, nossa
existência não se acha circunscrita a este mundo, em breve, ante o estrugir da
última trombeta, seremos tomados pelo Senhor e, com o Cordeiro de Deus, estaremos
para sempre.
“Portanto, consolai-vos uns aos
outros com estas palavras” (1 Ts 4.18).
Está você preparado para o
arrebatamento? Como está a sua vida espiritual? Tem orado regularmente? Tem
guardado o seu coração do mal? Que o Senhor não nos encontre despercebidos.
“O
Arrebatamento
A definição da ‘segunda vinda de
Cristo’ é bastante ampla; é vista pelo menos de duas maneiras diferentes. É
localizada, às vezes, para indicar o drama dos tempos do fim, abrangendo tanto
o arrebatamento da Igreja quanto a revelação de Cristo em glória no monte das
Oliveiras (Zc 14.4). Outras vezes, é enfocada especificamente para diferençar a
revelação de Cristo do arrebatamento da Igreja que a antecederá.
A primeira fase da segunda vinda de
Cristo, tomada em sentido mais amplo, refere-se ao arrebatamento da Igreja.
Abruptamente, e sem aviso prévio, Jesus levará os que se acharem preparados à
sua vinda (1 Ts 4.16-18; 2 Ts 2.1). Os que estiverem ‘em Cristo’, tanto os
ressuscitados quanto os que se encontram vivos, serão conjuntamente
‘arrebatados’. O vocábulo grego harpagesometha significa ‘arrebatados poderosamente’ às nuvens
(possivelmente nuvens de glória) para se encontrarem com Ele nos ares.
Em harpazo, há um tempo verbal futuro passivo usado para
descrever a ação dos ladrões e das águias: ambos, furtivamente, apropriam-se de
seus despojos. É o caso de Paulo que foi levado de repente e com grande poder
ao terceiro céu (2 Co 12.2). O latim traduziu esse termo por raptus, que é a raiz da palavra portuguesa
‘arrebatamento’, mostrando que essa palavra torna-se um termo legítimo para
designar este tão maravilhoso evento previsto tantas vezes pela Bíblia”.
(MENZIES, W. W.; HORTON, S. M. Doutrinas bíblicas: Os fundamentos da nossa fé. RJ: CPAD, 2005, p.179.)
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