sábado, 17 de janeiro de 2015

DISCIPUILADO A FAMILIA E OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO


   A FAMILIA E OS MEIOS DE COMINICAÇÃO

Salmos 128.1-6.

1 - Bem-aventurado aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos!
2 - Pois comerás do trabalho das tuas mãos, feliz serás, e te irá bem.
3 - Atua mulher será como a videira frutífera aos lados da tua casa; os teus filhos, como plantas de oliveira, à roda da tua mesa.
4 - Eis que assim será abençoado o homem que teme ao Senhor!
5 - O Senhor te abençoará desde Sião, e tu verás o bem de Jerusalém em todos os dias da tua vida.
6 - E verás os filhos de teus filhos e a paz sobre Israel.

Concupiscência da carne, concupiscência dos olhos e soberba da vida são ingredientes imprescindíveis à mídia em seu esforço para atrair e persuadir milhares de pessoas ávidas por alguma diversão no pouco tempo de que dispõem.
À medida que o crente atende aos apelos sedutores desta mídia, afasta-se consequentemente de Deus. Isto reflete-se de imediato em sua conduta cristã: Já não é tão assíduo à Escola Dominical; nunca comparece aos cultos de oração; cultos de doutrina, nem pensar; vida diária com Deus não existe mais. Este crente foi vencido pelo assédio irresistível dos meios de comunicação.
Se não formos rigorosos no controle destes veículos, estaremos consentindo que eles influenciem os lares, causando prejuízos irreparáveis à vida conjugal, ao desenvolvimento dos filhos e aos valores cristãos, éticos e morais de toda a família.


Palavra Chave
Ocultista: Referente ao ocultismo (estudo e/ou prática de artes divinatórias e de fenômenos que parecem não poder ser explicados pelas leis naturais, como, p. ex., a astrologia, a quiromancia, a magia, a telepatia e a levitação, hermetismo, esoterismo).

Pode a sua família ser enquadrada no Salmo 128? Muitas famílias cristãs, hoje, não mais se reúnem ao “redor da mesa” para fazer o culto doméstico. Pois acham-se escravizadas aos meios de comunicação. Estes, por sua vez, ignorando e desprezando as reivindicações básicas da Palavra de Deus, vão inescrupulosamente destruindo os alicerces morais e espirituais de nossos lares, através de uma programação imoral, ocultista, consumista e comprometida com a cultura anticristã.
Que atitudes, pois, deve a família cristã tomar quanto aos meios de comunicação? É o que estudaremos neste domingo. Levando sempre em conta as demandas da Palavra de Deus, mostraremos que, com equilíbrio, bom senso e discernimento, poderemos manter nossas famílias incontaminadas diante do irresistível poder da mídia. Que o Senhor Jesus nos ajude neste propósito!

I. OS INGREDIENTES PREDILETOS DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO

Deve a família precaver-se contra os assédios da mídia, pois estes são os seus principais ingredientes: a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida (1Jo 2.16). Tais coisas não podem fazer parte do viver cristão por contrariarem frontalmente a Palavra de Deus, que é a regra de fé e de viver do cristão.
1. A concupiscência da carne. Desejo anormal de bens ou de prazeres materiais; apetite sexual desordenado. Assim é definida a palavra concupiscência. É exatamente em cima da vontade carnal incontrolada que os publicitários fomentam suas campanhas, induzindo uma audiência passiva e sem discernimento a consumir ideologias e comportamentos nocivos que desagradam a Deus. Quando se anuncia um produto, embute-se neste, via de regra, uma perigosa inversão de valores.
Em todas as propagandas, principalmente as veiculadas pela televisão, deparamo-nos com estes apelos: adultério, prostituição, homossexualismo, glutonaria e bebedice, como se fossem coisas normais e legítimas. Não nos lembra tais coisas os dias de Noé? (Mt 24.38).
Não permita que a sua família seja vítima da concupiscência dos meios de comunicação. Ensine-a como escapar a estas armadilhas. O que dizer dos filmes e das novelas? E dos programas infantis que, sob aquela pretensa inocência, tem como único objetivo desconstruir a cultura cristã na alma de nossos filhos, de forma sutil e ocultista?
Os meios de comunicação arrastam-nos a necessidades irreais e imaginárias, tornando-nos frustrados quando não consumimos os bens anunciados. Cuidado! Isto pode ser fatal (Hb 13.5,6). Confiemos sempre na suficiência divina.
2. A concupiscência dos olhos. Cientes de que os olhos não se fartam de ver (Ec 1.8), as empresas de comunicação esmeram-se por apresentar as mais sedutoras sugestões visuais, objetivando, com isto, despertar a cobiça no coração humano (Êx 20.17). Foi assim que Eva provou do fruto proibido (Gn 3.6). Além disso, a concupiscência dos olhos gera um incontrolável descontentamento nas pessoas, levando-as a adquirir o supérfluo em detrimento do essencial. Eis porque muitas famílias acham-se arruinadas por dívidas.
Sabe por que os Dez Mandamentos encerram-se com esta recomendação: “Não cobiçarás”? Porque todo pecado é precedido pela cobiça e soberba. A cobiça tem levado muitos crentes ao fracasso espiritual (1Tm 6.10).
3. A soberba da vida. Os meios de comunicação têm induzido nossa geração à soberba e a um desmedido orgulho. Os filmes, novelas e desenhos animados instilam-nos a ideia de que o homem pode viver sem Deus (Sl 14.1).
Quem são os heróis apresentados aos nossos filhos? Homens destituídos de Deus, e que repassam a ideia de que a força bruta, bem como o uso do pensamento positivo são mais do que suficientes para resolver todos os problemas do ser humano. Além disso, zombam dos valores cristãos, afirmando explicitamente estarem estes completamente ultrapassados.
Por conseguinte, se deixarmos os nossos filhos à mercê da televisão, por exemplo, estaremos permitindo que eles se rebelem contra Deus e contra nós. E depois que apostatam, como fazê-los retornar a fé em Cristo?

II. POR QUE OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO PREJUDICAM A FAMÍLIA

Vejamos por que os meios de comunicação prejudicam a família.
1. Roubam o tempo à devoção familiar. Além dos males apontados no item anterior, os meios de comunicação tiram da família o tempo que ela deveria dedicar à devoção doméstica e ao seu próprio convívio. No Salmo 128, mostra-nos a Bíblia não apenas uma família ideal e, sim, o ideal para uma família: todos, em redor de uma mesa, dedicando-se ao convívio e à adoração ao Senhor. Sua família é assim? Você cuida do culto divino em família? Ou já o substituiu por uma programação qualquer?
2. Levam a impureza e o pecado para dentro do lar. Se não vigiarmos e não formos seletivos, acabaremos por permitir que o adultério, a prostituição, o homossexualismo, o uso de drogas e a delinquência, entrem no lar e destruam os valores morais e espirituais (Dt 7.26).
3. Impedem a família de ir à casa de Deus. Quantas famílias, além de não mais praticar o culto doméstico, deixaram de frequentar a casa de Deus, por causa dos meios de comunicação. No Salmo 122, mostra-nos o sacro escritor o seu contentamento em frequentar o santuário divino. Hoje, infelizmente, ir à igreja tornou-se um fardo para muitas famílias que, acomodada e passivamente, preferem ficar diante de um vídeo a entrar nos átrios de Deus. É por isto que devemos saber como controlar os meios de comunicação.

III. COMO DEVEMOS USAR OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO

Não é fácil controlar os meios de comunicação, porque estes, a cada dia que passa, introduzem-se na vida do homem moderno, tornando o seu uso como que obrigatório. Todavia, como responsáveis pela santidade de nosso lar, empreguemos todos os esforços possíveis, a fim de que a nossa família não venha a sofrer devido à nossa falta de responsabilidade.
1. Seja um exemplo no uso dos meios de comunicação. Se quisermos que nossos filhos sejam preservados dos malefícios gerados pelos meios de comunicação de massa, devemos ser um exemplo no uso destes. Não podemos transigir neste particular.
Se assistirmos a filmes e a programas imorais, com que autoridade haveremos de aconselhar nossos filhos? Se nos deixamos contaminar pelos sites impróprios da internet, de que forma poderemos recomendar-lhes a que se abstenham dessas abominações? Se temos falhado neste particular, oremos a Deus, humilhados e arrependidos, para que nos dê autocontrole e autoridade para orientarmos convenientemente nossos filhos. Imitemos ao patriarca Jó (31.1-5).
2. Seja seletivo e crítico. Selecione os programas que podem ser vistos por você e por sua família sem ferir os princípios cristãos. Isto não é fácil hoje. A recomendação é de Paulo: “Examinai tudo. Retende o bem” (1Ts 5.21). Não aceite passivamente o que os imperadores da comunicação querem nos empurrar.
3. Seja rigoroso quanto ao horário do culto doméstico. Nada deve substituir ao culto doméstico. Um programa de televisão, um filme ou qualquer outro atrativo, por melhor que seja, não pode ser encarado como substituto da devoção familiar. Lembre-se: “Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6.33).
Enfim, que cada um de nós tenha a necessária sabedoria para manter a pureza e a santidade no lar que, segundo o ideal do Novo testamento, tem de funcionar como uma verdadeira igreja.

CONCLUSÃO

Como você tem lidado com os meios de comunicação? Não se deixe prender por eles nem permita que eles contaminem sua família. Como servos de Deus, não podemos deixar-nos prender por nada dessas coisas; o nosso compromisso com o Senhor Jesus é inadiável e urgente.
Se você tem falhado neste particular, arrependa-se, peça perdão e ore a Deus. Peça-lhe forças para ser um exemplo de autocontrole, moderação e seletividade. E, assim, o nome de Cristo será exaltado em sua vida e na vida de seus entes queridos.

“Um pouco da mesma tecnologia usada no desenvolvimento de bombas teleguiadas está disponível para civis através de computadores pessoais. Os computadores no trabalho e em casa estão revolucionando nossa forma de vida. Desde relatórios de orçamento, edição de textos a jogos educacionais, quase todos os aspectos de nossas vidas podem ser relacionados de alguma forma às habilidades de um computador. Os computadores até mesmo falam uns com os outros através de modems. Eu posso criar um documento em meu computador e enviá-lo para outro computador a milhares de quilômetros de distância. Incrível!...
...Mesmo que essa tecnologia seja uma grande bênção, o seu uso imoral é uma maldição. Humanos pecadores, seduzidos pelo príncipe das potestades do ar e incitados pelo lucro, inundaram a Internet com pornografia. Informações úteis são fáceis de serem obtidas via computador, mas o mesmo ocorre com a estimulação sexual explícita. Isto é o sexo virtual, sexo via computador.

A pornografia costumava estar disponível apenas em grandes cidades, nos locais marcados pela ‘luz vermelha’. Como as leis contra a obscenidade abrandaram, esses negócios ligados ao sexo expandiram. Graças ao videocassete, os homens começaram a alugar filmes imorais e levá-los para suas próprias casas. Com o progresso da televisão a cabo, e tecnologia de satélite, a sujeira pode ser levada diretamente para a sala de estar. Com o progresso dos computadores modems, o pecado sexual fica cada vez mais privado e oculto do que nunca. Assim como a superior tecnologia de guerra americana esmagou os iraquianos, Satanás, ao promover a licença para cobiçar e pecar, tem usado tecnologia avançada para destruir muitos homens na privacidade dos seus lares e ambientes de trabalho. Devemos estar alertas” (Pureza Sexual, CPAD, pp.210,211).

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