A
ETICA CRISTÃ
Mateus 5.13-19.
13 - Vós sois o sal da terra; e, se o sal for
insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta, senão para se lançar
fora e ser pisado pelos homens.
14 - Vós sois a luz do mundo; não se pode
esconder uma cidade edificada sobre um monte;
15 - nem se acende a candeia e se coloca
debaixo do alqueire, mas, no velador, e dá luz a todos que estão na casa.
16 - Assim resplandeça a vossa luz diante dos
homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está
nos céus.
17 - Não cuideis que vim destruir a lei ou os
profetas; não vim ab-rogar, mas cumprir.
18 - Porque em verdade vos digo que, até que o
céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei sem que tudo seja
cumprido.
19 - Qualquer, pois, que violar um destes
menores mandamentos e assim ensinar aos homens será chamado o menor no Reino
dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no Reino
dos céus.
Ética: Conjunto de princípios e valores nos quais a
sociedade se pauta.
O
cristão, como sal da terra e luz do mundo, não adere aos valores da sociedade
mundana rebelada contra Deus. Ao contrário, sua vida é orientada pelos altos
princípios esposados pelas Escrituras. Enquanto os valores morais do mundo são
relativos e mutáveis, os padrões éticos divinos mostram-se infalíveis no
combate às trevas morais e espirituais da pós-modernidade: "Lâmpada para
os meus pés é tua palavra e luz, para o meu caminho" (Sl 119.105).
Portanto,
é imprescindível ao crente não apenar afastar-se dos pecados dessa sociedade,
mas condená-los com veemência (Ef 5.11). É grande a nossa responsabilidade
diante de Deus!
I. UM MUNDO SEM A ÉTICA BÍBLICA
1. O mundo jaz no maligno (1 Jo
5.19). Satanás reina sobre os ímpios. Ele é o pai de todos
os que mentem e praticam o mal, imitando-o em suas obras malignas (Jo 8.44; 1
Jo 3.8,10).
Jesus
o chamou de "príncipe deste mundo" (Jo 12.31; 14.30; 16.11). Os
homens sem Deus estão subordinados à sua sinistra vontade e, por conseguinte,
dominados pelos desejos da carne, pela soberba da vida, e pelo pecado (1 Jo
2.16). Esta é a razão pela qual há tantos males nos corações dos ímpios:
atitudes perniciosas, vícios, violência e crimes (Gn 6.2-6). Aqueles que não se
orientam pela Palavra de Deus vivem, geralmente, afastados dos preceitos morais
e éticos mais elevados.
2. A trágica situação espiritual do
mundo e do Brasil. A sociedade descrente está perdida.
No
que diz respeito à saúde e à valorização da vida humana, por exemplo, a
situação é caótica. Mais de 40 milhões de abortos são realizados por ano, em
todo o mundo. No Brasil, morre todos os anos mais gente vítima de acidente de
trânsito (40.000) e de homicídio (50.000) do que nas mais sangrentas guerras do
planeta. Os acidentes rodoviários, quase sempre, são causados por motoristas
embriagados; e as vítimas dos homicídios, geralmente, são jovens entre 15 e 24
anos.
E
as drogas? Infelizmente, elas têm dominado muitas escolas, faculdades e praças
públicas. O sexo livre entre adolescentes e jovens, motivado pela mídia e por
uma educação perniciosa, é outro grande problema que enfrentamos nesta
sociedade pós-moderna. De fato, conforme diz a Bíblia, o mundo jaz no Maligno.
3. A falha da sociedade em educar os
cidadãos. As instituições públicas e privadas, bem como as
famílias, têm falhado na educação de nossas crianças, adolescentes e jovens. A
razão é muito simples. A sociedade de hoje vem desprezando sistematicamente os
princípios morais, éticos e espirituais ensinados pela Palavra de Deus. Muitos
adolescentes são induzidos ao falso "sexo seguro" por determinadas
associações tidas como educacionais. Nossos jovens recebem pouca ou nenhuma
informação acerca do perigo das drogas e, apesar disso, nada é feito para combatê-la
efetivamente. Sob o argumento de que as instituições devem ser amorais, a
própria sociedade contribui para a falta de moral e ética no mundo.
II. PRINCÍPIOS ÉTICOS DA BÍBLIA
1. O princípio da fé (Rm 14.22,23). Aqui
vemos que o crente deve ter fé, ou seja, convicção diante de Deus quanto ao que
faz ou deixa de fazer. Ele não precisa recorrer a modelos humanos para
posicionar-se quanto aos seus atos ou palavras. Se tiver dúvida, não deve
fazer, pois "tudo o que não é de fé é pecado".
2. O princípio da licitude e da
conveniência (1 Co 6.12). O cristão não deve fazer as coisas simplesmente
porque são lícitas, mas porque lhe convém à luz da Palavra de Deus. É lícito,
por exemplo, ausentar-se da Escola Dominical para dedicar-se ao lazer? Claro
que sim. Mas... Convém? O que não é proveitoso nem útil deve ser evitado. A
licitude diz respeito à liberdade do crente, mas a conveniência fala de suas
virtudes, valores e responsabilidades.
3. O princípio da licitude e da
edificação (1 Co 10.23). Não basta ser lícita, é necessário que a conduta do
crente seja proveitosa para sua edificação espiritual. Devemos rejeitar tudo
aquilo que não edifica a vida cristã.
4. O princípio da glorificação a Deus
(1 Co 10.31). Este é um princípio elevadíssimo. Tudo o que o
crente faz deve ser feito "como ao Senhor e não aos homens" (Cl
3.23); isto é, toda a glória deve ser dada unicamente a Deus.
5. O princípio da ação em nome de
Jesus (Cl 3.17). Tudo que o crente faz deve ser feito em nome de
Jesus, isto é, debaixo da autoridade e do poder desse nome. Tudo o que você se
dispõe a fazer pode ser feito em nome de Jesus?
6. O princípio do respeito ao irmão
mais fraco (1 Co 8.9-13). Este princípio fala dos nossos relacionamentos.
Aqui, o fundamento é o amor e não a liberdade cristã. A Palavra afirma que não
devemos escandalizar o crente mais fraco, mesmo que tenhamos consciência de que
o que estamos fazendo não é pecado.
III. A ÉTICA CRISTÃ É PARA TODAS AS
FAMÍLIAS
As
leis de muitos países favorecem à imoralidade e à falta de ética na sociedade.
Muitas delas são estabelecidas sob a égide de filosofias materialistas,
relativistas e pluralistas. A Bíblia, todavia, trás em seu âmago todos os
referenciais éticos e morais para a plena felicidade da família em qualquer
civilização. Os que os rejeitarem ficarão perdidos, inseguros, sem rumo e
orientação. O resultado disso é a tragédia moral que vem se abatendo,
especialmente sobre a família, e a sociedade como um todo.
1. A ética para os pais (Ef 6.4). Deus
estabeleceu um padrão ético e moral para toda a família. O marido não é apenas
a cabeça da mulher, mas da família (Ef 5.22,23; 1 Tm 3.4). Ele deve amar sua
esposa como Cristo amou a Igreja; e a mulher deve sujeitar-se ao marido como a
Igreja está sujeita a Cristo (Ef 5.22-33). Contudo, a educação dos filhos é
dever de ambos, marido e mulher: "E vós, pais" (Ef 6.1). Vejamos
alguns princípios éticos para os pais.
a) O relacionamento com os filhos. A
Bíblia ensina que os pais não devem provocar a ira a seus filhos, mas sim,
criá-los na doutrina e admoestação do Senhor (Ef 6.4). Eles devem ter pelos
filhos o mesmo respeito, amor e paciência que o Pai celestial demonstra para
com eles. Muitos pais modernos preocupam-se mais com o desempenho de seus
filhos na escola, no trabalho e na igreja, do que com o bom relacionamento que
devem ter com eles. Em função disso, tratam-lhes com austeridade e injustiça,
razão pela qual alguns se tornam desobedientes e rebeldes. Quanto à disciplina,
deve ser aplicada com moderação e sabedoria (Pv 19.18; 1 Tm 3.4).
b) O cuidado com a educação
espiritual dos filhos. A responsabilidade dos pais sobre os filhos também
envolve o crescimento espiritual deles: "criai-os na doutrina e na
admoestação do Senhor" (Ef 6.4). "Criar" aqui refere-se tanto ao
desenvolvimento do caráter (admoestar) quanto ao ensino no caminho da justiça
(doutrina). Os filhos, quando bem instruídos, jamais se esquecem da Palavra de
Deus (Pv 22.6). É a educação dos pais que os protege e previne contra as
drogas, a prostituição, a imoralidade e todo tipo de vícios e males (Dt
11.18-21).
2. A ética para os filhos (Ef 6.1,2). A
obediência dos filhos aos pais deve refletir a mesma submissão manifestada no
relacionamento com o Senhor Jesus: "sede obedientes a vossos pais no
Senhor" (Ef 6.1). Assim como obedecem a Deus, devem também obedecer aos
pais, pois isto é justo e "agradável ao Senhor" (Cl 3.20). Os filhos
devem "honrar" os pais porque é um mandamento do Senhor (Ef 4.2). É
obedecendo aos pais que eles serão ricamente abençoados por Deus: "para
que te vá bem". Dentre essas prósperas bênçãos está a longevidade: "e
vivas muito tempo sobre a terra".
"A moral bíblica
Essa
nova abertura para argumentos morais dá aos cristãos uma extraordinária
oportunidade para defender a posição de que viver de acordo com a ordem moral
bíblica é mais saudável tanto para indivíduos como para a sociedade. E há uma
crescente gama de evidências científicas que podemos usar para apoiar nossa
argumentação. Estudos médicos estão confirmando que aqueles que frequentam a
igreja com regularidade e agem coerentemente com a fé têm melhor saúde física e
mental. Considere alguns achados recentes.
Uso do álcool. O
uso do álcool é maior entre aqueles com pouco ou nenhum compromisso religioso.
Um estudo descobriu que quase 89% dos alcoólatras perderam o interesse pela
religião durante sua juventude [...].
Estabilidade familiar. Vários
estudos descobriram uma forte correlação inversa entre a frequência à igreja e
o divórcio, enquanto outro determinou que a frequência à igreja é o indicador
mais importante da estabilidade do casamento.
(COLSON, C.;
PEARCEY, N. E
agora, como viveremos. RJ:
CPAD, 2000, p.367-69.)
Exigimos verdade de nossas crianças,
no entanto, naturalmente contamos nossas mentiras aqui e ali, sem nos darmos
conta. Demandamos santidade de nossos jovens, entretanto, vivemos uma vida de
pecados ocultos, por pensamentos, palavras ou obras. Pregamos a unidade da
igreja, mas participamos de disputas e contendas entre nós mesmos. É hora de
vivermos aquilo que ensinamos.
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