sábado, 17 de janeiro de 2015

DISCIPULADO O SERVIÇO CRISTÃO

                        
                     O SERVIÇO CRISTÃO

Romanos 12.1-8.

1 - Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.
2 - E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
3 - Porque, pela graça que me é dada, digo a cada um dentre vós que não saiba mais do que convém saber, mas que saiba com temperança, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um.
4 - Porque assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros têm a mesma operação,
5 - assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros.
6 - De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada: se é profecia, seja ela segundo a medida da fé;
7 - se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino;
8 - ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria.

A fim de estimular o raciocínio e a participação da classe, leve seus alunos a discutir um ponto relacionado com a lição. Dê a cada membro da classe uma cópia do ponto a ser discutido ou texto a ser interpretado. Conceda alguns minutos para que cada um possa escrever suas idéias. Depois, divida a classe em grupos de três ou quatro, a fim de falarem do que escreveram. Cada grupo deverá escolher um membro para apresentar os pontos-de-vista do grupo, quando a classe se reunir novamente. Após quatro a seis minutos, junte a classe e deixe que os grupos falem da conclusão a que chegaram. À medida que cada representante expuser suas idéias, anote-as no quadro de giz. Conclua a discussão fazendo um resumo das idéias apresentadas. Esta dinâmica de grupo envolve toda a classe e levanta idéias valiosas para o desenvolvimento da lição.
Pontos para discussão: Qual é a sua função na obra de Deus? Como obter a convicção do nosso ministério eclesiástico?

Serviço: No grego bíblico diakōnia: serviço amoroso prestado a Deus a favor dos santos e da Seara do Mestre.

Trabalhar para Cristo, como a Bíblia o requer, significa tributar-lhe toda a nossa afeição e amor. Ao discorrer sobre a importância do serviço cristão, o pastor inglês, Matthew Henry, mostra-se mais do que claro; faz-se categórico e firme: "Se o trabalho é feito em nome de Cristo, a honra é devida ao nome dele".
Tem você se esforçado pelo Reino de Deus? Quantas almas já ganhou este ano para Jesus? Você contribui para a Obra Missionária e para o Serviço de Assistência Social? Lembre-se destas palavras de Agostinho: "Deus não se torna maior se você o reverencia, mas você se torna maior se o serve". Mas, afinal, o que é o Serviço Cristão?

I. O QUE É O SERVIÇO CRISTÃO

Alguém afirmou, certa feita, que nada há sem importância no serviço de Deus. Aos olhos do Rei, tanto é importante aquele que leva o Evangelho aos tribais das selvas amazônicas, como aquele que se põe a falar da mensagem da cruz ao vizinho; acham-se ambos comprometidos com o serviço cristão (At 10.21-48; 13.1-3).
1. Definição. Serviço Cristão é o trabalho que, amorosa e sacrificalmente, consagramos a Deus, visando a expansão de seu Reino até aos confins da terra, no poder e unção do Espírito Santo (At 1.8).
2. Conceito teológico. O Serviço Cristão não é apenas prática; é doutrina e teologia; encontra-se fundamentado nas Escrituras Sagradas e na experiência histórica da Igreja. Por conseguinte, é-nos permitido afirmar que o Serviço Cristão é a teologia em ação. Leia reflexivamente a Epístola de Paulo aos Filipenses.

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II. AS BASES DOUTRINÁRIAS DO SERVIÇO CRISTÃO

Se o ser humano nasceu para o trabalho, como diz Jó, como fugiremos nós ao serviço cristão? Conheçamos, pois, as suas bases.
1. No Antigo Testamento. O Senhor Deus não criou o ser humano para a ociosidade (Gn 1.26). O trabalho, por conseguinte, não pode ser visto como punição; é uma dádiva dos céus; enobrece-nos, fazendo-nos cooperadores de Deus (1 Co 3.9). Martinho Lutero, referindo-se à sua importância, é convincentemente claro: "O simples ordenhar de vacas pode ser feito para a glória de Deus".
Amorosamente afeiçoados às lidas divinas, os homens de Deus sempre operaram no campo do impossível. Chamado para ser o pai dos que crêem, deixou Abraão a sua terra natal, e foi em busca da formosa herança (Gn 12.1-3). Moisés, já intimado por Deus para libertar Israel do Egito, não vacilou; enfrentou a ira do Faraó e transpôs o Mar Vermelho com as tribos do Senhor (Ex 3.1-10; 14.15-26). E Josué? Sentindo o peso de sua vocação, tomou a terra de Canaã (Js 1.1-9).
De igual modo, convocou Deus os juízes, os reis, os justos e os profetas; todos com a missão de alargar as fronteiras do seu Reino. Leia Hebreus 11, onde se acham narrados os grandes feitos dos heróis que, ousada e amorosamente, acreditaram nas promessas divinas.
2. No Novo Testamento. Foi o Senhor Jesus o primeiro servo de Deus no Novo Testamento; sua encarnação representou o serviço dos serviços ao Pai Celeste. Tomando nossa forma, fez-se servo de todos, embora de tudo Senhor (Fp 2.5-11). Aliás, em Isaías é tratado como o Servo de Jeová (Is 53.11). No Evangelho, é o laborioso obreiro (Jo 5.17).
Mais tarde, convoca os discípulos (Jo 1.35-51). Com o avanço da obra evangelística, o Senhor, já ressurreto, constrange Paulo a que ingresse nesta peleja. E, assim, o apóstolo, deixando Antioquia, chega ao ponto mais extremo do mundo de então, anunciando intrepidamente o Evangelho de Cristo sem impedimento algum (At 28.31). A partir daí, vem o Senhor compelindo os obreiros à sua Seara. Sempre denodados, prosseguem eles no Serviço Cristão até que o Rei dos reis e Senhor dos senhores venha nos buscar (Jo 9.4).


III. OS OBJETIVOS DO SERVIÇO CRISTÃO

Sempre preocupado com o Serviço Cristão, afirmou J. H. Jowett: "O ministério que nada custa, nada realiza". Como discordar do irmão Jowett? Os objetivos do Serviço Cristão, na difusão universal do Evangelho de Cristo, são mui amorosos e abrangentes.
1. Adorar a Deus. O autor do Apocalipse registra esta convocação, a fim de que todos adoremos a Deus na beleza de sua santidade: "Temei a Deus e dai-lhe glória, porque vinda é a hora do seu juízo. E adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas" (Ap 14.7).
Não há trabalho tão elevado como adorar a Deus. A palavra culto, em inglês, é representada pelo vocábulo service; significa este tanto um culto quanto um préstimo, obséquio ou ocupação.
2. Pregar o Evangelho. Antes de ascender aos céus, o Senhor Jesus comissiona os discípulos a pregar o Evangelho até aos confins da terra: "É-me dado todo o poder no céu e na terra. Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém!" (Mt 28.18,19).
3. Exercer o magistério eclesiástico. Notemos como é importante a Educação Cristã: "Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra" (2 Tm 3.16,17). Por conseguinte, temos de nos dedicar ardentemente ao ensino sistemático e ordenado da Palavra de Deus.
4. Visitar os santos em suas necessidades. É o que nos recomenda o enérgico Tiago: "A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e guardar-se da corrupção do mundo" (Tg 1.27).
Tem você se dedicado ao serviço de assistência social? Se você realmente adora a Deus, haverá de socorrer os irmãos em suas necessidades e tribulações. Não podemos esquecer-nos de nossas responsabilidades sociais. O mesmo Deus que nos conclama a evangelizar, requer ajudemos nós os domésticos na fé.


Se não nos dedicarmos integral, sacrifical e amorosamente ao Serviço Cristão, como nos haveremos ante o Tribunal de Cristo? Exige Ele de cada um de seus filhos não somente que se envolva, mas principalmente que se comprometa com a divulgação do Evangelho até aos confins da terra.
O Senhor Jesus foi, em todas as coisas, um singular exemplo de serviço. Porque, então, como seus discípulos, não nos dedicamos também ao Serviço Cristão?

"Tudo o que você foi feito para ser
Deus não espera que você seja quem não é. Isto lhe traz algum alívio? Deus tem baldes cheios de graça para derramar sobre nós - mas temos que estar onde o aguaceiro cair.
Deus não espera que você seja quem não é, mas Ele realmente deseja que você seja tudo o que Ele criou para ser. Quando sabemos para que fomos designados e convocados, podemos poupar muitos esforços em áreas para as quais não fomos criados. Se soubermos quem Deus quer que sejamos, poderemos parar de tentar se alguém que não somos e abandonar a tensão que vem com esse tipo de vida. Deus lhe criou para ocupar um determinado lugar onde você poderá servi-lo melhor, onde Ele poderá derramar a graça sobre você. Bem, pense em uma pessoa que cumpre um ministério profético e faz uma rápida tentativa para ensinar. Ele passa horas e horas preparando as aulas, nunca se sentindo 100% seguro de que está no caminho certo. Quando as aulas começam, os seus alunos parecem confusos, desorganizados ou sem um foco específico. Não importa o quanto ele se esforce, o profeta convertido em professor simplesmente parece não acertar em termos de instruir o seu grupo e a sua frustração está se acumulando [...]".
(BREEN, M.; KALLESTAD, W. Uma vida apaixonante. RJ: CPAD, 2005, pp.137-8.) 

Deus nos dá muitas habilidades e dons para que possamos edificar sua Igreja. Para usá-los eficientemente, devemos: entender que todas as nossas habilidades e todos os nossos dons vêm de Deus; entender que nem todos são dotados das mesmas habilidades e dos mesmos dons; saber quem somos e o que fazemos melhor; dedicar nossas habilidades e nossos dons ao serviço de Deus, não para alcançar sucesso pessoal; estar dispostos a empregar as habilidades e os dons que temos com todo o nosso coração, colocando tudo à disposição da obra de Deus, sem reter coisa alguma.

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