sábado, 17 de janeiro de 2015

DISCIPULADO "CONHECENDO O SENHOR DEUS'

                  
                CONHECENDO O SENHOR DEUS

Salmos 136.1-9,26.

1 - Louvai ao SENHOR, porque ele é bom; porque a sua benignidade é para sempre.
2 - Louvai ao Deus dos deuses; porque a sua benignidade é para sempre.
3 - Louvai ao Senhor dos senhores; porque a sua benignidade é para sempre.
4 - Àquele que só faz maravilhas; porque a sua benignidade é para sempre.
5 - Àquele que com entendimento fez os céus; porque a sua benignidade é para sempre.
6 - Àquele que estendeu a terra sobre as águas; porque a sua benignidade é para sempre.
7 - Àquele que fez os grandes luminares; porque a sua benignidade é para sempre.
8 - O sol para governar de dia; porque a sua benignidade é para sempre.
9 - A lua e as estrelas para presidirem a noite; porque a sua benignidade é para sempre.
26 - Louvai ao Deus dos céus; porque a sua benignidade é para sempre.


Deus: 'Ēl (no hebraico, “Deus”). Ser Supremo Criador do Universo, do homem, e de todas as coisas.

Sempre houve e sempre haverá os que costumam questionar: Quem é Deus? Alguns o fazem com sinceridade, buscando compreender a existência e a natureza do Eterno. Todavia, outros perguntam com a intenção de alimentarem sua soberba e descrença. Por esta razão, não conseguem entender a natureza transcendente do Altíssimo. Para os que aceitam a Bíblia como a sagrada fonte de inspiração e de respostas às inquietações do homem, Deus é o Ser Supremo, Criador do Universo, do Homem, e de todas as coisas.

I. A EXISTÊNCIA DE DEUS

1. A existência de Deus questionada. O Deus da Bíblia existe? Se Ele existe, inquirem os críticos da Palavra: por que há tantas tragédias causando sofrimento a milhares de pessoas, inclusive inocentes e piedosos? Por que há tanta injustiça no mundo? Com essas e outras questões, a mente humana procura entender quem é Deus e, de maneira presunçosa, negar sua existência, ou culpá-Lo por todas as mazelas desta vida.
2. A existência de Deus é um postulado. Deus é real e não precisa ser demonstrado com base na lógica humana. A Bíblia denomina a descrença em Deus como insensatez, estupidez e absurdo: "Disse o néscio no seu coração: Não há Deus" (Sl 53.1); "Por causa do seu orgulho, o ímpio não investiga; todas as suas cogitações são: Não há Deus" (Sl 10.4).
3. A existência de Deus não precisa ser provada. Deus é a garantia da lógica do Universo. Sem Ele, o universo não poderia existir. Se o cosmo é uma realidade, e somos testemunhas disso, Deus existe! A ordem e a harmonia que permeiam toda a criação pressupõem a existência de um Criador. A mente humana, limitada e falível, jamais conseguirá provar a existência de Deus à parte da fé (Hb 11.3). O Todo-Poderoso é Espírito infinito (Jo 4.24). Todavia, há na criação inumeráveis evidências da existência de Deus. Ele, por sua infinita bondade, tem se revelado às suas criaturas de diversas formas. Pode ser que as provas sejam necessárias à mente do homem natural, mas o homem espiritual (1 Co 2.14,15), através da fé, tem total convicção até mesmo daquilo que não vê (Hb 11.1).

II. A LIMITAÇÃO HUMANA DIANTE DE DEUS

1. O homem natural não alcança a mente divina. Deus, em sua infinitude, é incompreensível à mente humana. Por isso Zofar inquiriu ao patriarca Jó: "Porventura, alcançarás os caminhos de Deus ou chegarás à perfeição do Todo-poderoso?" (Jó 11.7). Isaías também indagou ao povo: "A quem, pois, fareis semelhante a Deus, ou com que o comparareis?" (Is 40.18). O ser humano pode até conhecer a Deus através da revelação natural (Sl 19.1; Rm 1.19-21), mas de modo limitado, pois o finito não pode abarcar o Infinito (Is 40.28). Entretanto, o Eterno, em sua bondade, revelou-se ao homem através de Cristo (Jo 1.18; 17.3).
2. O homem natural não compreende as coisas de Deus. O ser humano, em razão do pecado, tem dificuldade de crer em Deus. A Bíblia nos esclarece: "Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente" (1 Co 2.14; Sl 10.4). Contudo, a existência de Deus independe da incredulidade dos homens. O néscio, em sua ignorância ou orgulho, diz: "Não há Deus", mas, "os céus manifestam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos" (Sl 19.1).

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III. A DIFERENÇA ENTRE O DEUS DA BÍBLIA E OS FALSOS DEUSES

1. O Deus da Bíblia é o Criador. De acordo com as Escrituras, Deus criou todas as coisas (Gn 1.1). Já os falsos deuses, foram inventados pela imaginação humana. O Antigo Testamento apresenta-nos uma variedade de falsos deuses. Alguns deles, inclusive, de caráter demoníaco, tais como Baal, Moloque e Aserá. Na Babilônia, o deus Marduk era considerado "deus dos deuses". Segundo a mitologia, Marduk matou a Tiamat, deusa das águas profundas, e dividiu-a em duas partes, criando o céu e a terra. Todavia, a Palavra de Deus nos ensina: "Só tu és Senhor; tu fizeste o céu, o céu dos céus e todo o seu exército, a terra e tudo quanto nela há, os mares e tudo quanto neles há; e tu os guardas com vida a todos; e o exército dos céus te adora" (Ne 9.6).
2. O Deus da Bíblia é Eterno. Nas Escrituras, temos várias referências à eternidade de Deus. "O Deus eterno te seja por habitação, e por baixo de ti estejam os braços eternos..." (Dt 33.27; Is 40.28) "Mas o Senhor Deus é a verdade ele mesmo é o Deus vivo e o Rei eterno" (Jr 10.10). Os deuses falsos são mortais. Segundo a mitologia grega, a deusa Perséfone morria a cada ano. As folhas secas do outono representavam o seu fim. No inverno, os deuses morriam, e ressurgiam na primavera.
3. O Deus da Bíblia é Santo. Os deuses mitológicos nivelam-se às baixezas morais dos seus seguidores. Muitos rituais dedicados a esses falsos deuses são cultos aos demônios, movidos por orgias sexuais, alucinógenos e sacrifícios humanos (1 Co 10.14-21). A santidade do Senhor, nosso Deus, é um atributo inerente à sua majestade, pureza e perfeição (Hc 1.13). "Porque eu sou o Senhor, vosso Deus; portanto, vós vos santificareis e sereis santos, porque eu sou santo" (Lv 11.44; Jó 34.10; Sl 99.9; Ap 4.8).
4. O Deus da Bíblia é o Supremo Juiz do Universo. Ele tem suas leis, mandamentos, estatutos e juízos. "Porque o Senhor é o nosso Juiz; o Senhor é o nosso Legislador; o Senhor é o nosso Rei; ele nos salvará" (Is 33.22). Ele é o "Juiz de toda a terra" (Gn 18.25; Sl 75.7). Juízo e justiça são a base do trono do Eterno (Sl 89.14). Ninguém escapará ao juízo de Deus: "porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do varão que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dos mortos" (At 17.31).
5. O Deus da Bíblia é o Deus Salvador (Gn 32.30; Sl 7.10). No Salmo 115, versículos de 1 a 8, o salmista demonstra claramente a diferença entre o Deus da Bíblia e os falsos deuses, obras "das mãos dos homens". Na Índia, são catalogados muitos milhões de deuses! O rio, a vaca, e até o rato, são considerados divinos (Rm 1.23). São falsos deuses que não têm poder para salvar o homem de seus pecados, garantindo-lhe vida eterna. No Brasil, o sincretismo religioso vem transformando o país em um santuário de falsos deuses. Todas essas manifestações fazem parte de um elaborado programa do Maligno para afastar as pessoas do Verdadeiro Deus, o Deus da Bíblia (2 Co 4.4).


IV. DEUSES QUE NÃO SÃO DA BÍBLIA

1. O deus do Teísmo Aberto. Trata-se de uma doutrina herética e capciosa que, a despeito de considerar-se teológica, é uma violação à verdadeira interpretação da Bíblia. Os adeptos do teísmo aberto afirmam as seguintes heresias: "Deus não é soberano"; "Deus não é onisciente"; "Deus se arrisca"; "Deus é falho"; "Deus é mutável", e outros inomináveis absurdos. Refutações: Ler Dt 18.13; Sl 139.1-18; Is 43.13; 46.9,10; Mt 5.48; Hb 4.13; Tg 1.17.
2. O deus da Nova Era. A Nova Era é uma mistura de idéias extraídas de seitas orientais, judaísmo, cristianismo e ocultismo. Uma de suas principais finalidades é confundir a mente das pessoas para que não se aproximem do Deus da Bíblia. Através de elementos místicos, tais como tarôs, pirâmides, cartas, búzios, e da crença em bruxas, duendes, fadas, e outros seres inventados pela mente humana, procuram confundir os homens quanto ao conhecimento do Verdadeiro Deus.


O Deus da Bíblia é o Criador eterno, imutável, onipotente, onisciente, onipresente, infalível, absoluto e soberano. É o Senhor do Universo que "amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele" (Jo 3.16,17).


"A Existência de Deus
Embora a Bíblia não apresente argumentos em favor da existência de Deus, (...) argumentos clássicos vem sendo apresentados desde a Era Medieval. Apesar de limitados em si mesmos, provêem eles, em seu conjunto, o apoio intelectual suficiente para corroborar a verdade da Bíblia. O primeiro desses argumentos é oontológico. Defende este que um Ser Perfeito implica numa existência real. Por conseguinte, para se conceber um Ser Perfeito, é necessário se acreditar que este Ser Perfeito realmente exista. O segundo argumento clássico é o cosmológico. Segue-se de maneira coerente ao ontológico. O universo, como todos o admitimos, não existe por si mesmo. Todos os eventos que presenciamos dependem de alguma causa além deles mesmos. O terceiro argumento clássico em prol da existência de Deus é o teleológico, ou argumento do desígnio. O mundo maravilhoso descoberto pela inquirição científica desvenda uma notável e espantosa ordem em toda a natureza. As improbabilidades matemáticas de todas estas maravilhas terem ocorrido por mero acaso, leva-nos a enaltecer aquEle que é o autor de tudo quanto vemos e admiramos. O quarto argumento clássico é omoral. Ele apresenta-se como o senso inato do que é certo e do que é errado. Que ser humano não o possui? Similar ao anterior é o quinto argumento. Acha-se ele alicerçado sobre a estética ou beleza".
(MENZIES, W. W.; HORTON, S. M. Doutrinas Bíblicas: os Fundamentos da Nossa Fé. RJ: CPAD, 2005, pp.36-37.)

"Deus quer ser a sua habitação. Ele não está interessado em ser uma fuga de fim de semana, ou um bangalô para os domingos, ou um chalé para o verão. Não considere usar Deus como uma cabana de férias, ou uma eventual casa de retiro. Ele quer você sob o seu teto agora e sempre. Ele quer ser o seu endereço, seu ponto de referência; Ele quer ser o seu lar...
Para muitos este é um conceito novo. Pensamos em Deus como uma divindade para ser discutida, não um lugar para viver. Pensamos em Deus como um misterioso fazedor de milagres, não uma casa para se morar. Pensamos em Deus como um criador a quem recorrer, não um lar onde habitar. Contudo, nosso Pai quer ser muito mais. Ele deseja ser aquEle em quem 'vivemos, e nos movemos e existimos' (At 17.28)".

(LUCADO, M. Promessas Inspiradoras de Deus. RJ: CPAD, 2005.)

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