sábado, 17 de janeiro de 2015

DISCIPULADO MISSÃO DA IGREJA ENSINAR NOVOS CONVERTIDOS

    
     Discipulado, a missão educadora da Igreja

Mateus 16.24-26; 28.19,20; 2 Timóteo 2.1-3.

Mateus 16
24 - Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me;
25 - Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á.
26 - Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? ou que dará o homem em recompensa da sua alma?

Mateus 28
19 - Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
20 - Ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém.

2 Timóteo 2
1 - Tu, pois, meu filho, fortifica-te na graça que há em Cristo Jesus.
2 - E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros.
3 - Sofre, pois, comigo, as aflições, como bom soldado de Jesus Cristo.


O pastor Oséas Macedo, na obra Manual de Missões (CPAD, 1997:13), afirma que a tarefa de salvar o mundo não pode ser desassociada do enviar crentes para alcançá-lo. O processo de salvar o mundo começa com enviar. Enviar pessoas capacitadas por Deus para pregar, a fim de que todos possam ouvir, crer e invocar o nome de Jesus para serem salvos. No entanto, a tarefa da igreja não estará completa enquanto o novo crente não for integrado à vida da igreja e tornar-se capaz de ganhar outros para Cristo. Reproduza e apresente graficamente as etapas acima descritas como segue abaixo.



introdução

Palavra Chave
Discípulo: O discípulo não é mero aprendiz, mas alguém que segue as pisadas de seu Mestre e possui íntimo relacionamento com Ele.

A existência da igreja local decorre, essencialmente, de duas atividades conjuntas: da evangelização e do discipulado. Não há como trabalhar com o discipulado sem a evangelização, pois o primeiro complementa a segunda. Essas duas tarefas indissociáveis estão relacionadas à suprema missão da igreja: Pregar o evangelho a toda criatura e ensinar a todas as nações (Mt 18.19,20). Nas palavras de Jesus em Mateus 28.19,20, temos o modelo e o método do discipulado cristão. Porquanto, “pregar o evangelho” implica proclamar as boas-novas de salvação aos pecadores, a fim de convertê-los a Cristo e torná-los discípulos idôneos, fiéis a Jesus e capazes de gerarem outros seguidores (2 Tm 2.2). Devemos ressaltar que a conversão é uma obra espiritual que somente o Espírito Santo pode realizar. Só Ele pode “fazer convertidos”, mas “fazer discípulos” é um ofício que compete a cada crente em Cristo.

I. A TAREFA DA IGREJA NO DISCIPULADO

1. A visão da igreja quanto ao discipulado. Três importantes elementos relacionados aos cristãos locais devem estar vinculados ao propósito de uma igreja que deseja crescer em quantidade e qualidade: conservação, desenvolvimento e multiplicação. O trabalho da semeadura da Palavra possui métodos específicos, assim como o da regadura e da ceifa. A evangelização (o ato de semear o evangelho) e o discipulado (integração do novo crente) requerem tempo, pelo fato de que ambas as atividades envolvem um processo contínuo e, não apenas, um ato isolado. Além disso, demandam muita oração, esforço, paciência, fé e perseverança para alcançar os resultados desejados. A maturidade espiritual do cristão não ocorre de modo rápido e instantâneo, mas progressivamente em Cristo (Cl 1.28,29). Para que conservemos em nossas igrejas os novos convertidos em Cristo, precisamos trabalhar com amor, dedicação e objetividade. Muito da imaturidade espiritual dos membros da igreja local é resultado da ignorância destes em relação às doutrinas básicas da Bíblia (Hb 5.12-14).
2. O quadriforme método de Jesus. O texto de Mateus 28.19,20 apresenta o método quadriforme, ordenado por Jesus: indo, fazendo discípulo, batizando e ensinando. Como se vê, a ordem de Jesus a seus discípulos requer uma ação de natureza crescente e dinâmica. Jesus, ao ordenar “Ide”, estava mobilizando o discipulador a irá pessoa que se quer discipular. No segundo ato da ordem, “fazer discípulos”, a tarefa exige que o discipulador acompanhe e conviva com o aprendiz. O terceiro passo do mandado inclui o ato do batismo, como uma confissão pública, resoluta e definitiva do novo seguidor de Cristo. E, por último, a ordem do Mestre à igreja demanda que o neoconverso seja ensinado na doutrina do Senhor e conduzido à maturidade espiritual, para que possa discipular outros para Jesus.


II. DISCIPULADO E DISCÍPULO

1. Que é discipulado? É o trabalho cristão efetuado pelos membros da igreja, a fim de fazer dos novos crentes - crianças, jovens e adultos -, autênticos cristãos, cujas vidas se assemelham em palavras e obras do ideal apresentado pelo Senhor Jesus Cristo, conforme lemos em Mateus 28.18-20; Colossenses 1.28,29; Efésios 4.13-16. A igreja precisa, no discipulado cristão, de uma visão celestial multiplicadora, selecionando e treinando homens e mulheres para que, por suas vidas santas e ungidas e, pelo ensino das verdades cristãs, possam educar os novos discípulos e torná-los aptos para fazer outros.
2. Que significa ser discípulo? A palavra discípulo no Novo Testamento quer dizer um “aprendiz” e “seguidor do seu mestre”. Na Leitura Bíblica em Classe (v.24), Jesus chama seus discípulos para seguirem seus passos como Mestre, Salvador, Guia e Senhor. Jesus, em certa ocasião, ensinou sobre a relação entre o mestre e o discípulo, dizendo: “Não é o discípulo mais do que o mestre, nem o servo mais do que o seu senhor. Basta ao discípulo ser como seu mestre, e ao servo como seu senhor” (Mt 10.24,25). Em Lucas, o Senhor Jesus reitera o princípio anterior e reforça-o afirmando: “O discípulo não é superior a seu mestre, mas todo o que for perfeito será como o seu mestre” (Lc 6.40).

III. A IGREJA REALIZANDO O DISCIPULADO


1. A Igreja deve selecionar pessoas para o discipulado. Os primeiros crentes que Jesus escolheu para trabalhar foram: João e André (Jo 1.35-40); este último trouxe seu irmão Pedro (Jo 1.41,42); Filipe e Natanael (Jo 1.43-46); Mateus (Mt 9.9) e outros mais. Na força do Senhor, a igreja precisa investir o máximo na preparação de discipuladores, a fim de fazer mais discípulos.
2. A igreja deve concentrar sua atenção sobre os discipuladores. O pastor da igreja é o ponto de partida para a dinâmica do ministério do discipulado. Nesse sentido, o progresso do trabalho do discipulador depende muito da visão do pastor da igreja. Jesus devotou grande parte do seu ministério terreno aos seus discípulos, para que eles pudessem “fazer discípulos” posteriormente. Dentre a massa de seus seguidores, Jesus escolheu 12 homens, sobre os quais concentrou toda a sua atenção na preparação dos mesmos para cuidarem da sua Igreja, que surgiria depois da sua morte no Calvário.
3. A igreja deve treiná-los para a tarefa do discipulado. Foi num grupo pequeno, distinto, mas coeso, que Jesus investiu a maior parte do tempo do seu ministério. Temos a tendência de acreditar que a maior parte do tempo da igreja deve ser dedicado à multidão. Entretanto, os Evangelhos mostram que o treinamento individual de homens e mulheres para o serviço do Mestre surte maior efeito. A igreja que deseja conservar os frutos da evangelização precisa priorizar o trabalho do discipulado.

DO TÓPICO (III)

CONCLUSÃO


“O que é ser discípulo
A palavra grega mathēthēs, traduzida para o português, significa discípulo. O dicionário grego de Taylor a define como se referindo aos que aderiam a Jesus. Portanto, ser discípulo de Jesus é aderir a Ele e a seus ensinos. Aderir no sentido de viver com Ele e para Ele. É estar a seus pés e dEle retirar ensinos e exemplos a serem seguidos. Este é o sentido de discípulo no Novo Testamento.
Há uma coisa importante que precisa ser dita sobre o que significa ser discípulo de Jesus. Nenhum ser humano que já viveu sobre a face da Terra conseguiu ser discípulo de Cristo, sem antes passar por uma experiência de conversão com esse próprio Cristo. Do Senhor é que obtemos forças e condições para a eficácia do discipulado. Aliás, o padrão de vida que o Senhor estipulou para o discípulo é tão elevado que ninguém pode alcançá-lo baseado em sua condição natural, humana. Precisamos de uma capacitação espiritual, moral e ética que só pode ser obtida pela própria presença de Jesus Cristo. Ele vivendo em nós e através de nós. O apóstolo Paulo chega a dizer que o verdadeiro discípulo tem a ‘mente de Cristo’ (1 Co 2.16). O discípulo, portanto, deve agir e reagir como se fora o Senhor mesmo”.
(CIDACO, J. A. Um grito pela vida da igreja. RJ: CPAD, 1996, p.104-5.)

Centenas de pecadores convertem-se anualmente, experimentam o novo nascimento, mas não chegam à maturidade espiritual, pois lhes faltam pais espirituais. Muitos daqueles que permanecem se desenvolvem com anomalias e atrofias éticas e doutrinárias. Onde estão os discipuladores? Você está disposto a “fazer discípulos”? Assim como o recém-nascido necessita de cuidados para desenvolver-se de modo saudável, o novo convertido precisa de cuidados espirituais para chegar à maturidade na fé. Isso só é possível se cada crente assumir o inalienável compromisso de ser um discipulador cristão. Alguém em certo lugar afirmou que a igreja é um hospital. Mas perguntamos: “Será que e uma geriatria?” — uma vez que não há renovação de seus membros. “Será que é uma ortopedia?” — uma vez que o corpo está atrofiado. “Será que é uma pediatria?” — pois todos os que nascem recebem os cuidados espirituais necessários. Façamos de nossas igrejas um hospital geral, que trate do ser humano em todas as suas necessidades espirituais.


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