sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

DISCIPULADO N.3 DIZIMOS, OFERTA,LOUVOR E ADORAÇÃO,



                     Dízimos e ofertas  


"Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa; e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança(Ml 3.10). 


 Lv 27.30-32 - Os dízimos pertencem ao Senhor. O povo deveria dar os dízimos de todos os produtos da terra e dos rebanhos.

 Nm 18.21-32 - Um dos propósitos do dízimo era o sustento dos levitas em troca dos serviços prestados na tenda da congregação; por sua vez, os levitas davam os dízimos dos dízimos ao sacerdote.

 Dt 14.28,29 - Outro propósito era auxiliar aos necessitados.

 Dt 26.12-19; Ml 3.8,10 - Assim como Deus dera bênçãos a seu povo, os que as receberam deviam reparti-las com os menos favorecidos. Dar o dízimo, portanto, traria bênçãos divinas, retê-lo traria a maldição. De início, escreva no quadro de giz apenas as referências. Seus alunos deverão lê-las e interpretar o texto. É natural que tenham dificuldades. Porém, ajude-os com um breve comentário sobre cada texto. 

Contribuição: Em Romanos 12.8 é o ato pelo qual o crente compassivo contribui generosamente com sua renda, a fim de sustentar a igreja em suas necessidades materiais. 

Ao descrever as bênçãos decorrentes do dízimo, afirmou J. Blanchard: "O dízimo não deve ser um teto em que paramos de contribuir, mas um piso a partir do qual começamos". Não há como discordar do irmão Blanchard. Infelizmente, muitos são os que, menosprezando esta tão rica disciplina espiritual, longe estão de experimentar a bênção da mordomia cristã.

Afinal, por que devo eu contribuir, financeiramente, com a Obra de Deus? Que benefícios espirituais obterei com os meus dízimos e ofertas? Em primeiro lugar, conscientize-se: as ofertas e os dízimos não lhe pertencem; a Deus pertencem. Não é Ele o dono da prata e do ouro? Então, dai a Deus o que é de Deus.



I. O QUE SÃO OS DÍZIMOS E OFERTAS



1. Definição. Os dízimos e ofertas, entregues a Deus com ações de graças, são um dos maiores atos da devoção cristã: testemunham de que lhe reconhecemos o senhorio supremo e inquestionável sobre todas as coisas; e evidenciam que lhe aceitamos o império de sua vontade sobre todas as coisas que possuímos (1 Co 10.16).

Em nosso Dicionário Teológico, definimos assim o dízimo: "Oferta entregue voluntariamente à Obra de Deus, constituindo-se da décima parte da renda do adorador (Ml 3.10). O dízimo não tem valor mercantilista, nem pode ser visto como um investimento. É um ato de amor e de adoração que devotamos àquele que tudo nos concede. É uma aliança prática entre Deus e o homem. O que é fiel no dízimo, haverá de usufruir de todas as bênçãos que o Senhor reservou-nos em sua suficiência".

2. Mordomia cristã. A entrega amorosa e voluntária do que possuímos a Deus é conhecida, também, como mordomia cristã. Ou seja: como seus mordomos, cabe-nos administrar, devocional e amorosamente, o que nos entregou Ele, visando o serviço de adoração, a expansão de seu Reino e o sustento dos mais necessitados.

A mordomia cristã, por conseguinte, é a administração de quanto recebemos do Senhor. Por isso requer-se de cada mordomo, ou despenseiro, que se mantenha fiel ao que Deus lhe confiou (1 Co 4.2). 

Os dízimos e as ofertas integram a mordomia cristã e são meios materiais pelos quais reconhecemos a soberania do Senhor sobre nossas finanças.



II. ADORANDO A DEUS COM NOSSOS HAVERES



Vejamos por que os dízimos e ofertas são importantes.

1. Através das contribuições financeiras, honramos a Deus. "Honra ao Senhor com a tua fazenda e com as primícias de toda a tua renda; e se encherão os teus celeiros abundantemente, e trasbordarão de mosto os teus lagares" (Pv 3.9,10).

2. Por meio das ofertas e dízimos, mostramos a Deus nossa alegria."Cada um contribua segundo propôs no seu coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria" (2 Co 9.7).

3. Por intermédio do dar, expomos a Deus um coração voluntário:"Então, falou o Senhor a Moisés, dizendo: Fala aos filhos de Israel que me tragam uma oferta alçada; de todo homem cujo coração se mover voluntariamente, dele tomareis a minha oferta alçada" (Êx 25.1,2).

4. Através do ofertar, revelamos o nosso desprendimento. "Porém o rei disse a Araúna: Não, porém por certo preço to comprarei, porque não oferecerei ao Senhor, meu Deus, holocaustos que me não custem nada. Assim, Davi comprou a eira e os bois por cinqüenta sidos de prata" (2 Sm 24.24).Agradar a Deus, sustentar a obra do Senhor e auxiliar os necessitados da igreja local são alguns dos motivos pelos quais é necessário o exercício da contribuição voluntária na obra do Senhor. 


III. A CONTRIBUIÇÃO NA BÍBLIA 


A mordomia cristã, como devoção e adoração a Deus, não surgiu com o Cristianismo; é um ato que nasceu com o homem, e vem perpetuando-se ao longo da História Sagrada. Quer no Antigo quer no Testamento Novo, deparamo-nos com homens e mulheres que, afetuosamente, tudo entregavam ao Senhor, pois do Senhor tudo haviam recebido.

1. Antigo Testamento. Embora a Bíblia não o registre, certamente ofereceu Adão ao Senhor não poucos sacrifícios, pois os seus descendentes imediatos o fizeram, certamente, imitando-lhe o gesto:

a) Abel. Um dos mais perfeitos tipos de Nosso Senhor Jesus Cristo, ofereceu Abel um sacrifício a Deus: "E Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas e da sua gordura; e atentou o Senhor para Abel e para a sua oferta" (Gn 4.4).

b) Abraão. Abraão foi o primeiro herói da fé, segundo o registro bíblico, a trazer os dízimos ao Senhor que, naquela oportunidade, era representado por Melquisedeque que lhe "trouxe pão e vinho; era sacerdote do Deus Altíssimo; abençoou ele a Abrão e disse: Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, que possui os céus e a terra; e bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus adversários nas tuas mãos. E de tudo lhe deu Abrão o dízimo" (Gn 14.18-20 - ARA).

c) Israel. Os filhos de Israel tinham por obrigação trazer os dízimos aos levitas, a fim de manter em perfeito funcionamento o serviço do santuário: "Aos filhos de Levi dei todos os dízimos em Israel por herança, pelo serviço que prestam, serviço da tenda da congregação" (Nm 18.21 - ARA).

2. Novo Testamento. Ao contrário do que supõem muitos crentes, os dízimos não foram instituídos pela Lei de Moisés. Pois Abraão já o honrava com os seus dízimos. Vejamos, pois, como a Igreja de Cristo comportava-se diante da mordomia que nos entregou o Senhor.

a) Jesus não foi contra os dízimos, mas contra a hipocrisia dos que os traziam: "Mas ai de vós, fariseus, que dizimais a hortelã, e a arruda, e toda hortaliça e desprezais o Juízo e o amor de Deus! Importava fazer essas coisas e não deixar as outras" (Lc 11.42).

b) Tipologicamente, Abraão entregou os dízimos a Cristo, já que Melquisedeque era da mesma ordem sacerdotal que o Nazareno: "Porque este Melquisedeque, rei de Salém, sacerdote do Deus Altíssimo, que saiu ao encontro de Abraão, quando voltava da matança dos reis, e o abençoou, para o qual também Abraão separou o dízimo de tudo" (Hb 7.1,2 - ARA).

c) A Igreja Primitiva contribuía regularmente no primeiro dia da semana: "No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperidade, e vá juntando, para que se não façam coletas quando eu for" (1 Co 16.2 - ARA).

d) Na Igreja Primitiva o dízimo era o referencial mínimo. Eis o exemplo de Barnabé: "José, a quem os apóstolos deram o sobrenome de Barnabé, que quer dizer filho de exortação, levita, natural de Chipre, como tivesse um campo, vendendo-o, trouxe o preço e o depositou aos pés dos apóstolos" (At 4.36,37 - ARA). O ensino a respeito da contribuição financeira para sustento da Ceara do Mestre e minorar as necessidades dos crentes é confirmado no Antigo e Novo Testamento e pela prática da igreja cristã primitiva. 

Os dízimos e as ofertas, por conseguinte, devem ser trazidos a Deus não como uma penosa obrigação; devem ser entregues como um ato de ações de graças. Não agiam assim os santos do Antigo e do Novo Testamento? Mostremos, pois, ao Pai toda a nossa gratidão; ofertemos não para sermos abençoados, mas porque já fomos abençoados. O ofertar faz parte tanto do nosso culto público como individual. 

             A  verdadeira oferta no espírito da liberdade


'Dai, e ser-vos-á dado; boa medida, recalcada, sacudida e transbordando vos darão' (Lc 6.38a). Nessas palavras, Jesus - o Mestre - deu-nos um resumo do plano total de libertação de Deus. Ele transcende às questões de dinheiro, embora as inclua; entendê-lo é apropriar-se da Chave do Mestre. Significa aprender a ofertar no espírito divino. A compreensão genuína faz a diferença. Se você crescer no conhecimento do coração de Deus, irá cultivar a verdadeira oferta no espírito da liberdade. Isto o levará além dos programas de formulação humana, regulamentos, etc. É algo que conta com pleno respaldo bíblico. A oferta feita com alegria e louvor (nascida da oração e do Espírito ao invés de promoções e sistemas) dá lugar à verdadeira generosidade, e possibilita a libertação completa do espírito de mesquinhez. Crescer, conhecer, ver e ofertar, tudo deve estar em compasso com o coração de Jesus. Tais coisas afastar-nos-ão da tradição morta, de um lado; e de outro, do 'evangelismo-saúde-riqueza'. Por quê? Porque o contribuir torna-se arraigado no espírito das palavras de Jesus. Examine melhor o texto que lemos, e meditemos juntos em cada frase".(HAYFORD, J. A chave de tudo. RJ: CPAD, 1994, pp.63-4.)

A promessa dada por Deus através de Malaquias impõe uma condição: primeiro trazer os dízimos, depois fazer prova do Senhor, que garante derramar bênção tal, trazendo maior abastança. Porém, é preciso que fique claro: isto não anula as aflições da vida, onde podem aparecer os momentos de sequidão. Agora, com certeza garante vitória aos que, com fidelidade em tudo, atravessam estas horas mais difíceis, pois a Palavra de Deus jamais cai por terra. Fazer prova não é chantagear o Senhor, mas saber que Ele é recíproco para conosco, se cumprirmos a nossa parte. "Se vós estiverdes em mim", disse Ele, "e as minhas palavras estiverem em vós". 



O louvor que chega ao Trono da Graça


Música: Arte e ciência de combinar os sons de modo agradável. 


Entoar louvores a Deus também faz parte das disciplinas da vida cristã. Aliás, o maior livro das Sagradas Escrituras é o de Salmos. No Saltério Hebreu, Davi, Asafe, Salomão, Moisés, os filhos de Jedutum e os de Corá, enaltecem sublime e altissonantemente o Deus de Israel. Quer lhe cantando os atributos, quer lhe cantando as obras, deixam mui claro que não há Deus como o de Israel.



I. O QUE É O CÂNTICO CONGREGACIONAL



Neste tópico, entraremos a ver duas coisas: a música sacra e o cântico congregacional.

1. A música sacra. É a arte que, dispondo das ciências musicais e acústicas, das cordas vocais e de instrumentos músicos, tem por objetivo primacial enaltecer a Deus como o Criador e Mantenedor de todas as coisas através da harmonia, melodia e ritmo (1 Cr 16.23; Sl 96.1). Jubal foi o primeiro ser humano a interessar-se pela arte musical (Gn 4.21).

2. O cântico congregacional. É a participação de toda a congregação dos fiéis nos hinos em louvor ao Todo-Poderoso. O cântico congregacional teve início com o rei Davi, segundo podemos depreender, da história do Filho de Jessé; atinge, porém, o auge no reinado de Salomão. O primeiro organizou os músicos e cantores em turnos e corais (1 Cr 23.1-26.32); o segundo sustentou-os, a fim de que o culto a Jeová fosse coroado de glória e divino resplendor (2 Cr 5.12-14).A música sacra e o cântico congregacional são dois elementos indispensáveis na liturgia do culto cristão.



II. OS FUNDAMENTOS DA MÚSICA SACRA



1. O preparo teológico dos músicos e compositores bíblicos. Os compositores bíblicos foram notáveis teólogos. Autor do Salmo 90, foi Moisés o legislador dos hebreus e o maior profeta do Antigo Testamento (Dt 34.10). Quanto a Davi, considerado profeta do Senhor, compôs a maioria dos salmos (At 2.29,30). Já Salomão, seu filho, celebrado pelo mesmo Deus como o mais sábio dos homens, além de compor os cantares, os provérbios e o Eclesiastes, deixou-nos um belíssimo salmo (Sl 127; Pv 1.1).

No Salmo 73, Asafe louva ao Senhor tratando de um dificílimo problema existencial: "Por que sofrem os justos". Jeremias, por seu turno, inspirado pelo Espírito Santo, cantou as tristezas e desditas da Cidade Santa. E os poemas de Isaías e de Habacuque? O primeiro cantou os sofrimentos do Messias, retratando-lhe o ministério com vivas cores. Como não chorar ante o capítulo 53 de seu livro? Já o segundo mostra a alegria que deve acompanhar o servo de Deus nas adversidades e tribulações.

2. Qualificações de um músico verdadeiramente cristão. De um músico sacro exige-se não somente a arte, mas principalmente a correção doutrinária; ele é o teólogo que verseja o conhecimento bíblico. Com singular habilidade, harmoniza e ritma a verdadeira teologia. Aliás, parte da hinódia cristã foi composta por doutores nas Escrituras como Ambrósio, Martinho Lutero e Charles Wesley.Infelizmente, com o esfriamento do amor à Palavra de Deus, a música sacra é logo substituída por arremedos melódicos e heréticos. 



Aos músicos e compositores bíblicos exige-se não somente a arte, mas principalmente correção doutrinária, pois eles, à semelhança de Davi, são também teólogos.



III. A MÚSICA NO CRISTIANISMO PRIMITIVO



A Igreja de Cristo, desde o seu nascedouro, compreendeu perfeitamente a função da música em sua liturgia.

1. O exemplo do próprio Cristo (Mt 26.30). Na noite de sua paixão, o Senhor Jesus cantou um hino, mostrando que, mesmo nos momentos mais difíceis e lutuosos é possível entoar louvores ao Pai Celeste. Que hino era aquele? Provavelmente um dos salmos messiânicos de Davi. O Salmo 22? Um dos hinos pascais? Embora não o saibamos, de uma coisa temos absoluta certeza. Jesus ensina-nos que a música, autenticamente sacra, faz parte de nossas disciplinas espirituais; por intermédio destas, edificamos o nosso caráter e fortalecemos a nossa fé.

2. A doutrina litúrgica de Paulo. Algumas vezes, confundimos liturgia com formalismo. Entre ambos, contudo, há abismais diferenças. Liturgia é o culto público que prestamos a Deus; formalismo, o culto que, embora belo, é destituído de seu real valor. Voltemos ao Novo Testamento. Sua liturgia era mui singela; entretanto, carregada de significados.

Quando nos reunimos, um tem salmo, outro apresenta cânticos espirituais e ainda outro, a doutrina cristã. E os dons espirituais? Este manifesta-se em línguas estranhas; aquele as interpreta. Este traz a revelação; aquele a palavra da ciência. Este a cura divina; aquele as maravilhas. Eis uma reunião verdadeiramente pentecostal.

Aliás, o apóstolo Paulo, à semelhança do Senhor Jesus, utilizava-se também, em suas devoções, a música sacra. Quando encarcerado em Filipos, de tal forma cantou juntamente com Silas, que o seu louvor a Deus veio a abalar os alicerces da prisão (At 16.25-31).

Tem você cantado ao Senhor?Liturgia é o culto público que prestamos a Deus, enquanto o formalismo é o culto que, embora belo, é destituído de seu real valor.É urgente voltarmos à música sacra. Deus merece (e reivindica) uma música de excelência.  

                              Adoração diária a sós 

A adoração como um estilo de vida diário começa na mais simples e mais óbvia das condições. É algo que cada um de nós pode fazer, porém algo que muitos negligenciam. Se você quiser viver toda a sua vida na maravilha da adoração, deve começar com seu tempo pessoal com Deus.

Talvez você esteja desapontado com o fato de ter sido lembrado de algo tão simples. Talvez você já tenha um tempo regular e compromissado para a adoração. Mas acredito que é impossível ser tudo o que Deus pretende para nós, se não estivermos dispostos a passar algum tempo para chegar a conhecê-Lo pessoalmente.

Também creio que o melhor momento para a maioria das pessoas é conseguir ficar a sós com Deus é de manhã - este período pode determinar como será o restante do seu dia. Deus deseja que você seja um servo melhor e mais efetivo possível. Então Ele mostrará e lhe dirá coisas que farão a diferença em momentos de crise durante as próximas doze horas, mais ou menos. Depois de você conversar com o Senhor e caminhar com Ele durante as suas tarefas do dia, Ele o fortalecerá e o encorajará a fazer de cada momento do seu dia um ato de adoração".(JEREMIAH, D. O desejo do meu coração. RJ: CPAD, 2006, p.56.) 

"Perto da meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam hinos a Deus, e os outros presos escutavam" (At 16.25). O silêncio noturno foi cortado pelo suave cicio da oração. Os únicos instrumentos que acompanhavam o louvor dos acorrentados eram os grilhões soturnos. Na tormenta, Paulo e Silas adoravam! Na angústia, suplicavam! A dor foi vencida pela oração. A tristeza renegada pelo louvor a Deus. Somente os que descobriram o poder da oração e do louvor são capazes de adorar no centro do furacão. O turbilhão era apenas mais um ritmo para compor os mais melodiosos versos ao glorioso Senhor: "Andando eu no meio da angústia", dizia o salmista, "tu me revivificarás" (Sl 138.7). E assim ocorreu com os denodados missionários. O Deus que ouviu os apóstolos na prisão é o mesmo que atende as nossas orações e louvores hoje. Adoremos ao Senhor "na beleza da santidade". Se tremermos diante dEle, o cárcere estremecerá diante de sua majestosa presença (Sl 96.9).  


 Vencendo as tentações: Agradando a Deus 


a) A concupiscência da carne: "Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães".

b) Soberba da vida: "Se tu és o Filho de Deus lança-te daqui abaixo".

c) Concupiscência dos olhos: "Mostrou-lhe todos os reinos do mundo".

Cristo respondeu sempre usando a Palavra de Deus: "está escrito". O contra ataque ao inimigo ocorre de imediato. "Mas Jesus lhe respondeu... (Lc 4.8). Jesus, o Filho de Deus... Não ignorou os ardis de Satanás. Não discutiu teologia com o inimigo. Não negociou com o príncipe deste mundo. 

"Resisti ao Diabo, e ele fugirá de vós" (Tg 4.7). 


Tentação: É o estímulo ou indução, externa ou interna, que impulsiona o ser humano à prática do pecado.


O teólogo inglês, Matthew Henry, mostra quão perigosa é a tentação na vida de um servo de Deus: "O melhor dos santos pode ser tentado pelo pior dos pecados". Como não reconhecer essa realidade?

Às vezes somos de tal forma tentados, que almejamos venha o Senhor, e leve-nos de imediato para os céus. Se Ele, porém, o fizer, como haverá de contar com as vozes santas e redimidas que protestem contra a iniqüidade do presente século?Portanto, lembre-se: vencer a tentação faz parte das disciplinas da vida cristã.


I. O QUE É A TENTAÇÃO 


Mas, afinal, que praga é esta? Que doença vem a ser a tentação que, desde os nossos primeiros genitores, vem comprometendo até mesmo os gigantes na piedade?

1. Definição. Oriunda do vocábulo latino tentatione, a palavra "tentação" significa: indução, seja externa, seja interna, que impulsiona o ser humano à prática de coisas condenáveis.

2. Definição teológica. Estímulo que leva à prática do pecado. Embora a tentação, em si, não constitua pecado, o atender às suas reivindicações caracteriza a transgressão das leis divinas. Eis porque, na Oração Dominical, ensina-nos o Senhor a clamar ao Pai: "E não nos induzas à tentação, mas livra-nos do mal; porque teu é o Reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém!" (Mt 6.13). (Dicionário Teológico);Tentação é o estímulo externo ou interno, que impulsiona o ser humano à prática do pecado. 


II. O AGENTE DA TENTAÇÃO 


Sentindo-se premido pelas dificuldades espirituais que, constantemente, entristecem os seguidores do Nazareno, Thomas De Witt Talmage endereça-lhe esta oração: "Ó Senhor, ajuda-nos a ouvir o guizo da serpente antes de sentir suas presas". Que Satanás é o agente da tentação, não há o que se discutir; a própria Bíblia assim no-lo aponta: "Quem comete o pecado é do diabo, porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo" (1 Jo 3.8).

1. O tentador. Nas Sagradas Escrituras, Satanás é o tentador por natureza (Mt 4.3; 1 Ts 3.5). É o grande opositor de Deus e o arquiinimigo do ser humano.

2. Os nomes do tentador. Além de tentador, recebe o agente da tentação as seguintes alcunhas nas Sagradas Escrituras: Satanás que, em hebraico, significa adversário (1 Cr 21. 1; 2 Co 2.10,11); Diabo que, em grego, quer dizer: caluniador (Mt 4.1; At 13.10); Homicida e pai da mentira (Jo 8.44); Acusador (Ap 12.10). Ele é conhecido também como o dragão e a antiga serpente (Ap 12.9).

3. O principal trabalho do tentador. O trabalho que mais agrada ao maligno é desviar-nos da disciplina da vida cristã. Ele sabe que temos "uma carreira para correr"; por isto, busca, de todas as formas, colocar obstáculos em nosso caminho (Gl 5.7). Não foi o que ocorreu com os irmãos da Galácia? Embora progredissem eles na carreira cristã, caíram no fascínio do adversário e, neste fascínio, acabaram por cair da graça (Gl 3.1; 5.4).Satanás é o agente da tentação. O trabalho que mais o agrada é desviar o crente das disciplinas da vida cristã. 


III. POR QUE O SER HUMANO É TENTADO 


Em nossa jornada espiritual, vemo-nos constrangidos a inquirir de nós mesmos: "Se eu aceitei a Cristo, como o meu Salvador, por que sou, ainda, tentado?" Martinho Lutero parece ter encontrado a resposta: "Minhas tentações têm sido minhas mestras de teologia". Não vêm elas, porém, atrapalhar-me nas disciplinas espirituais? Sem as tentações, convenhamos, não existiriam as disciplinas. Por isso, esforça-se o adversário, a fim de nos desviar delas; somente assim, haverá de seduzir-nos com as suas tentações.

1. O ser humano é tentado por causa da transgressão de nossos primeiros pais. Se você ler reflexivamente o capítulo três de Gênesis, entenderá a teologia do pecado original. À semelhança de Adão, todos pecamos (Sl 51.5); veio, entretanto, o Senhor Jesus, como o segundo Adão, redimir-nos da morte espiritual, proporcionando-nos um novo nascimento (Jo 3.8). Estando nós, agora, em Cristo, tudo se nos fez novo (2 Co 5.17). Apesar das tentações, o Espírito fortalece-nos para que sigamos, rigorosamente, as disciplinas de uma autêntica vida cristã.

2. O ser humano é tentado por suas próprias concupiscências. Leia Tiago 1.14. Eis porque devemos vencer cada uma de nossas concupiscências; estas não provém do Pai; do mundo procedem e para o mundo convergem, causando a destruição dos filhos de Deus (1 Jo 2.16). O consolo é que podemos vencer cada uma de nossas concupiscências (Gl 5.16).

3. Positivamente considerada, a tentação pode (e deve) impulsionar o santo a ser ainda mais santo. Afirmou mui oportunamente Frederick P. Wood: 'Tentação não é pecado; é o chamado para a batalha". O Senhor Jesus, embora Deus, foi tentado, como homem, dando-nos um exemplo de que é possível vencer a tentação (Mt 4.1; Hb 2.18). Por conseguinte, não deve a tentação ser considerada pelo crente, como se fora uma oportunidade para pecar; é uma oportunidade para que nos tornemos ainda mais santos (Ap 22.11).As razões pelas quais o cristão é tentado são: transgressão de Adão, concupiscências pessoais, e impulsionar o crente a ser mais santo. 

 IV. COMO VENCER A TENTAÇÃO 


Ponderou alguém, certa feita: "São necessárias duas pessoas para fazer da tentação um sucesso; você é uma delas". A outra, como todos o sabemos, é o adversário de nossas almas. De nada adianta, porém, pôr-lhe a culpa por nossas transgressões; por estas, apenas nós seremos responsabilizados (2 Co 5.10). Todavia, é possível vencer as tentações; os exemplos bíblicos não são poucos.

1. Orando e vigiando. A advertência é do próprio Cristo: "Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca" (Mt 26.41). O piedoso F. B. Meyer é enfático: "Cristo não irá guardar-nos se nos colocarmos descuidada e temerariamente no caminho da tentação". Tem você vigiado? Tem orado constantemente? Lembre-se: Não se pode brincar com o pecado; ele não é um brinquedo: é uma serpente prestes a dar o bote contra os incautos (Gn 4.1).

2. Não dando lugar ao Diabo. Em sua epístola aos efésios, admoesta o apóstolo: "Não deis lugar ao diabo" (Ef 4.27). O que vem a significar esta admoestação? Willard Taylor, do Comentário Bíblico Beacon, é conclusivo: dar lugar ao Diabo é permitir que ele tenha liberdade para "semear atitudes erradas em nosso espírito".

3. Andando em Espírito e não cumprindo as concupiscências da carne. Aos irmãos da Galácia, escreveu Paulo: "Digo, porém: Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne" (Gl 5.16). Quem anda no Espírito Santo, não cumpre as concupiscências da carne; e não as cumprindo, como haverá de ceder às tentações?

4. Guardando a Palavra de Deus no coração. O salmista, demonstrando quão temente era ao Senhor, confessou-lho: "Guardo no coração as tuas palavras, para não pecar contra ti" (Sl 119.11 - ARA). Em seu comentário do saltério hebraico, Charles Spurgeon assim interpreta este versículo: "A Palavra de Deus deve ser compreendida e retida no coração; ela tem de ocupar nossas afeições e entendimento. Nossa mente demanda ser impregnada pela Palavra de Deus. Somente assim não haveremos de pecar contra Ele".O crente pode vencer a tentação se: orar e vigiar, não dar lugar ao Diabo, andar em Espírito e guardar a Palavra de Deus no coração. 



Se as tentações são fortes, temos abundantes promessas divinas que nos asseguram: podemos resisti-las com a Palavra de Deus.Veja quão consoladoras são as palavras do autor da Epístola aos hebreus: "Porque, naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados" (Hb 2.18). E estas de Pedro: “Assim, sabe o Senhor livrar da tentação os piedosos” (2 Pe 2.9).Por conseguinte, mantenhamos sempre a disciplina da vida cristã, evitando o pecado que tão de perto nos rodeia. 

              Motivos para manter-se livre e puro


Deus pode livrar-nos dos vícios e tentações de toda espécie. Ele é nosso aliado quando lutamos por nossa pureza pessoal e liberdade.

Motivo 1: Somos unidos a Cristo. 'Não sabeis vós que os vossos corpos são membros de Cristo?' (1 Co 6.15). Esse fato nos dá o direito de cortar todas as nossas obrigações com os vícios e tentações. Nossa ligação com Cristo é mais forte do que a nossa ligação com o comportamento destrutivo .

Motivo 2: Somos a habitação do Espírito Santo. 'Ou não sabeis que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?' (1 Co 6.19). Em termos práticos, isso significa que o Santo dos Santos foi transferido para nossos corpos humanos. Deus habita em nós. Assim, aquele 'buraco na alma' que alimenta a tentação pode ser preenchido com plenitude. Solidão, culpa, concupiscência e vergonha podem ser substituídas por aquilo que o Espírito Santo se dedica a trazer à nossa vida, ou seja, a força emocional e espiritual para resistirmos os vícios e tentações.A vitória sobre o poder da tentação não é fácil, especialmente se o problema vem de longa data. Aliás, a propensão de ceder a tentação sempre estará presente. Mesmo quando somos sinceros em nosso compromisso com Cristo, o poder da carne, reforçado por Satanás, batalha dentro de nós".(LUTZER, E. W. Deixando seu passado para trás. RJ: CPAD, 2005, pp.70-2.) 


Há algo importante que seus alunos precisam saber a respeito da tentação: Deus está sempre à disposição quando somos tentados. Ele não olha passivamente, mas intervém ativamente. O Todo-Poderoso não somente limita a força da tentação como também mostra o caminho do escape. O Pai celestial não deseja que pequemos, por isso, Ele próprio faz tudo o que for necessário, em qualquer tentação, para nos dar um meio de saída: "Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis; antes, com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar" (1 Co 10.13).

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